Documentário sobre Bob Fosse estreia no Curta!

Documentário sobre Bob Fosse estreia no Curta!

Bob Fosse: O gênio que transformou a dança em emoção pura

O americano Bob Fosse (1927-1987) criou coreografias icônicas — como a famosa “jazz hands” — e se consagrou como um dos diretores mais influentes de todos os tempos. Em 1973, ele venceu os três principais prêmios da indústria do entretenimento no mesmo ano: conquistou o Oscar, por “Cabaret”, o Tony Award, por “Pippin”, e o Emmy, por “Liza with a Z”. Alunos de teatro musical estudam seus passos de dança até hoje e mantêm vivo o seu legado. O documentário inédito no Brasil, ‘Bob Fosse — It’s Showtime!”, que estreia com exclusividade no Curta!, narra a trajetória desse revolucionário bailarino, coreógrafo e diretor.

Com produção da Vision Films e direção de Lucia Helenka, a produção traz imagens de arquivo e depoimentos inéditos de especialistas e de atores que trabalharam com Fosse. 

“Era como se fosse o Picasso dos coreógrafos. Ele subverteu tudo, era um rebelde”, afirma o cantor e ator Will Young. 

O estilo Fosse: Como um corpo imperfeito mudou o teatro musical

Com um corpo não talhado para a dança, Bob Fosse usou suas limitações físicas para criar movimentos de dança desalinhados, angulosos e bastante disruptivos, abrindo espaço na dança para novas possibilidades.

Para entender a origem de sua coreografia, o filme se volta à infância do artista. Nascido em Chicago, nos anos 1920, ele fez sua primeira aula de dança aos oito anos. Na pré-adolescência já frequentava boates e cabarés, ambientes que mais tarde iriam influenciar seu trabalho. 

Da TV à consagração na Broadway

Seu talento logo chama atenção, e ele começa seus primeiros trabalhos na televisão. A era de ouro dos musicais havia passado em Hollywood. Ainda assim, graças a suas habilidades, Fosse chega à Broadway. No mais celebrado espaço teatral do mundo, ganha seu primeiro Tony pelo musical “Um Pijama para Dois”, e, depois, fatura outro com “O Parceiro de Satanás”. 

“Ele era muito inteligente. Teve uma oportunidade e fez o que era esperado para um espetáculo funcionar. Acho que ele manobrou habilmente a mente dos produtores e realizadores sobre o que o espetáculo deveria ser”, avalia a atriz Louise Redknapp. 

Inteligência e manobra: o método Fosse

Com o passar do tempo, o coreógrafo foi aprimorando o seu estilo de dança, que se tornou sua assinatura. O documentário mostra como se formou o chamado “estilo Fosse”, com dançarinos em sincronia, jogo de luzes, corpos contraídos, ombros curvados, pés virados, movimentos incomuns de quadril, as charmosas “mãozinhas de jazz” e um jeito próprio de caminhar. 

O impacto cultural: de Michael Jackson a Beyoncé

Os movimentos desenhados pelo coreógrafo eram desgastantes para os dançarinos, mas sensuais e provocativos. Seus passos influenciaram artistas que variam desde Michael Jackson até Beyoncé. Em 1979, Bob Fosse expõe sua vida no autobiográfico e super premiado “All The Jazz”. 

“Acho que ele chegou ao cerne do que faz as pessoas quererem dançar. E acertou em cheio. Acho que ninguém mais na história da Broadway ou do cinema se construiu na dança. Ele trabalhou até as emoções ficarem tão fortes que só restava dançar”, destaca o crítico de cinema e escritor Jason Solomons. 

“A dança expressa alegria melhor do que qualquer outra coisa”, defendia Fosse. 

Onde e quando assistir “Bob Fosse — It’s Showtime

“Bob Fosse — It’s Showtime!” é uma produção da Vision Films. O documentário também pode ser visto no CurtaOn – Clube de Documentários, disponível no Prime Video Channels, da Amazon, na Claro tv+ e no site oficial da plataforma (CurtaOn.com.br). A estreia é no dia temático Quartas de Cena e Cinema, 30 de abril, às 22h45.

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