Marco do cinema brasileiro retorna em 4K à tela da Cinemateca

Marco do cinema brasileiro retorna em 4K à tela da Cinemateca

O clássico “Tônica Dominante”, de Lina Chamie, será exibido em sessão especial na 49ª Mostra de São Paulo, com cópia restaurada em 4K. O longa, marco do cinema nacional, retorna à tela grande no dia 26 de outubro, às 22h, na Sala Grande Otelo da Cinemateca Brasileira.

“Tônica Dominante” celebra o encontro entre cinema e música

Estreia da diretora Lina Chamie, “Tônica Dominante” acompanha três dias na vida de um jovem musicista, interpretado por Fernando Alves Pinto. Lançado originalmente em 2001, o longa combina poesia, som e imagem em uma narrativa sensível e musical. O elenco conta ainda com Vera Zimmermann, Carlos Gregório e Vera Holtz.

Segundo Lina Chamie, o filme representa “um diálogo entre duas paixões, o cinema e a música”, expressando sua crença no poder transformador da arte.

Obra pioneira e premiada do cinema brasileiro

Além de seu valor artístico, “Tônica Dominante” foi o primeiro longa de ficção brasileiro com direção de fotografia assinada por uma mulher, Katia Coelho, premiada pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). A obra também foi exibida em festivais como Cannes e Festival do Rio, onde abriu a Première Brasil.

A sessão especial homenageia as trajetórias de Lina Chamie, Katia Coelho e da produtora Zita Carvalhosa, falecida em 2025. Os ingressos estarão disponíveis quatro dias antes da exibição pelo aplicativo da Mostra ou no site da Velox Tickets.

Restauração em 4K valoriza o legado de Lina Chamie

A restauração foi realizada pela Cinecolor Brasil, a partir dos negativos originais preservados pela Cinemateca Brasileira. O som foi remasterizado pelo Estúdio JLS, com supervisão técnica de Paulo Sacramento e artística de Lina Chamie.

O projeto foi viabilizado pela Lei Paulo Gustavo, por meio do Edital de Digitalização de Acervos no Estado de São Paulo, com apoio da Secretaria da Cultura e do Ministério da Cultura.

Com essa nova exibição, “Tônica Dominante” reafirma seu papel como um símbolo do cinema brasileiro contemporâneo, unindo arte, memória e inovação tecnológica.

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