https://abacus-market-onion.top FESTIVAL DE CINEMA TEM 2ª EDIÇÃO EM NOVEMBRO E FIRMA CENÁRIO CULTURAL DO LITORAL PAULISTA - Marramaque

FESTIVAL DE CINEMA TEM 2ª EDIÇÃO EM NOVEMBRO E FIRMA CENÁRIO CULTURAL DO LITORAL PAULISTA

* Totalmente gratuita, programação acontece presencialmente de 4 a 6/11, e online de 4 a 10/11

* Na agenda, exibição de premiadas produções brasileiras e debates com cineastas 

* Atividades têm como palco um dos principais destinos turísticos do estado de São Paulo – Ilhabela, no Centro Cultural da Vila

Com duração de três dias, no formato presencial – de 4 a 6 de novembro de 2022 – e de uma semana, no formato online – de 4 a 10 de novembro –, a segunda edição do Citronela Doc – Festival de Documentários de Ilhabela apresenta documentários brasileiros contemporâneos, elogiados pela crítica e premiados em festivais, além de ciclo de debates com participação de cineastas e convidados. 

A programação presencial acontece no Centro Cultural da Vila, em Ilhabela, Litoral Norte de São Paulo (Av. da Padroeira, 140 – Centro Histórico). Já o acesso online se dá através da plataforma digital de streaming todesplay (https://todesplay.com.br/). O evento é totalmente gratuito.

Nesta segunda edição, são exibidos 15 títulos, reunindo oito longas e sete curtas-metragens, lançados em 2021 e 2022. Realizadores e representantes dos filmes marcam presença no festival e participam de conversas com o público após as projeções e integram mesas de debate.

Um dos grandes destaques da programação é “O Território”, vencedor do prêmio de público e do prêmio especial do júri na competição internacional de documentários do prestigioso Festival de Sundance, evento norte-americano criado pelo ator Robert Redford. Esta coprodução entre Brasil, Estados Unidos e Dinamarca segue um jovem líder indígena do povo Uru-eu-wau-wau lutando contra agricultores, colonizadores e colonos que invadem uma área protegida da Floresta Amazônica. A obra é considerada como o mais devastador retrato fílmico da política de destruição ambiental e indígena do atual governo federal brasileiro.

Dois longas-metragens abordam temas ligados à música popular brasileira. Exibido no Festival do Rio e no É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, “Belchior – Apenas um Coração Selvagem” reúne raros materiais de arquivo que permitem traçar uma espécie de autorretrato do poeta, cantor e compositor cearense Antônio Carlos Belchior Fontenelle Fernandes, ou simplesmente Belchior (1946-2017), autor de canções icônicas como “A Palo Seco” e “Como Nossos Pais”. Já “Manguebit”, vencedor do prêmio de melhor filme no In-Edit Brasil – Festival Internacional do Documentário Musical, radiografa o movimento pernambucano do manguebeat, que revelou Chico Science e inúmeros artistas e grupos musicais nos anos 1990, através de depoimentos de seus criadores, companheiros e herdeiros.

O protagonismo feminino está presente em três longas. “A Mãe de Todas as Lutas” acompanha a trajetória de duas mulheres que estão à frente da luta pela terra no Brasil: Shirley Krenak, herdeira das Guerreiras Krenak, da região de Minas Gerais e Maria Zelzuita, e Shirley, uma das sobreviventes do Massacre de Eldorado dos Carajás (1996). Selecionado para eventos na Europa, América do norte e na África, “Gilda Brasileiro – Contra o Esquecimento”, focaliza uma filha de pai afrodescendente e mãe judia-alemã que pesquisa a história de uma estrada que, no século 19, era usada como rota secreta por traficantes de escravos na mata atlântica. Por sua vez, “O Bem Virá” parte em busca de 13 mulheres que, em 1983, em uma seca no Sertão do Pajeú pernambucano, lutaram pelo direito à sobrevivência. A produção foi vencedora do prêmio de melhor filme da competição latino-americana da Mostra Ecofalante de Cinema.

Completam as exibições de longas-metragens dois títulos premiados internacionalmente. “Deus Tem Aids”, eleito como melhor filme e vencedor do prêmio do público no festival Queer Porto (Portugal) reúne sete pessoas vivendo com o HIV e oferece novas imagens e perspectivas para lidar com a sorofobia no Brasil. “Rolê – Histórias dos Rolezinhos” foi celebrado no Festival de Rhode Island (EUA), no qual foi vencedor do grande prêmio, e discute os “rolezinhos” em shoppings centers no Brasil que mobilizaram milhares de pessoas, uma forma inusitada de manifestação que escancarou as barreiras impostas pela discriminação racial e exclusão social. 

A programação de curtas-metragens apresenta obras realizadas nos estados do Pará, Rio de Janeiro e São Paulo. O paraense “Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões”, que apresenta do Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi e sua atuação na Terra Indígena Sawré Muybu, no sudoeste do Pará, foi vencedor do prêmio de melhor curta-metragem da competição latino-americana da Mostra Ecofalante de Cinema. Já o carioca “Noite das Estrelas” recupera um evento que marcou a comunidade LGBTQIA+ dos anos 1980 e 90 na comunidade da Maré, uma das maiores favelas do país. Por sua vez, o paulista “Mutirão: O Filme” resgata a luta popular pela moradia no bairro paulistano do Capão Redondo e o papel determinante das mulheres. 

Uma programação especial focaliza quatro produções realizadas no Litoral Norte paulista. De Ubatuba, “Canoa – Caminhos de Terra e Mar” é dirigido por Felipe Scapino e documenta a canoa caiçara, trazendo a história das corridas de Canoa de Ubatuba. De Caraguatatuba, a dupla Rodrigo Pereira e Felipe Vernizzi registra no curta “Dito” o trabalho deste artista, que transforma em arte objetos do cotidiano. O inédito “Jardim”, de Ilhabela, trata da rotina de confinamento e a vida no jardim do diretor Matias Borgström a partir da criação de um universo composto de diversos ambientes reais e modificáveis. Já o delicado “Tao Kae”, de São Sebastião, mostra a relação entre a bailarina japonesa Toshiko e seu filho de 11 anos, portador de Síndrome de Down e possivelmente autismo. A direção é de Paulo Alberton.

As produções foram selecionadas por um conselho curador independente e diverso, formado por respeitados profissionais da área: Francisco Cesar Filho é consultor do festival e também assina a curadoria ao lado de Márcia Vaz, Carol Misorelli e Márcio Miranda Perez. Durante o evento serão realizadas três mesas de debate sobre temas contemporâneos relacionados aos filmes em exibição: O Audiovisual no Litoral Norte de São Paulo, A Arte e a Tecnologia como Aliadas das Lutas Indígenas e Cinema Plural: Documentário e Diversidade.

O FESTIVAL

Nascido em 2021, o Citronela Doc – Festival de Documentários da Ilhabela começa a se firmar como referência em cinema documental e, ao mesmo tempo, na agenda cultural anual da cidade de Ilhabela. Com transmissão via TodesPlay, uma plataforma global de filmes, séries e produções via streaming, o festival vai muito além das fronteiras da Ilha, com as portas e possibilidades abertas para se conectar com amantes do audiovisual das mais diversas regiões do país. 

A segunda edição do evento foi viabilizado pela Prefeitura Municipal de Ilhabela por meio do Programa de Estímulo à Cultura e produzido pela Salga Filmes, produtora brasileira com sede em Ilhabela.

ILHABELA

O arquipélago de Ilhabela, no Litoral Norte de São Paulo, a 200 quilômetros da capital paulista, é um dos principais destinos turísticos do Estado. Além de reunir algumas das praias mais bonitas do país e ser o município com maior percentual de Mata Atlântica preservada do Brasil (80% do território), a cidade dispõe também de um rico patrimônio cultural material e imaterial.  Além disso, a região representa o cenário ideal, por permitir atividades ao ar livre num cenário paradisíaco.

SERVIÇO:
2º Citronela Doc – Festival de Documentários de Ilhabela

gratuito

4 a 6 de novembro de 2022 

Centro Cultural da Vila (Av. da Padroeira, 140 – Centro Histórico, Ilhabela)

4 a 10 de novembro de 2022

plataforma todesplay (https://todesplay.com.br/


redes sociais: Instagram @citroneladoc / citroneladoc.com.br 

produção: Salga Filmes

financiamento: Prefeitura Municipal de Ilhabela por meio do Programa Estímulo à Cultura

SOBRE OS CURADORES

Francisco Cesar Filho – Consultor do festival e curador

Cineasta, curador, diretor de televisão e dirigente de entidades audiovisuais brasileiras. Estudou Cinema e Filosofia na Universidade de São Paulo e recebeu, em 1993, Bolsa Intercultural para Cinema e Vídeo das fundações norte-americanas Rockefeller e MacArthur. É diretor e curador do dh fest – Festival de Cultura e Direitos Humanos e curador da Mostra Ecofalante de Cinema. Foi diretor e curador do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, curador da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul e das programações Cine Direitos Humanos e Cinema e Reflexão. Foi diretor-adjunto do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários e diretor associado do Festival Internacional de Curtas de São Paulo – Curta Kinoforum. Assina a direção dos longas-metragens “Augustas” e “Futuro do Pretérito – Tropicalismo Now!”, além de documentários como “Rota ABC”, eleito melhor curta-metragem no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Foi homenageado pelo Festival de Cingapura em 1993, com a exibição integral de sua filmografia, e, em 2011, pelo festival Goiânia Mostra Curtas. O Festival de Roterdã programou em 1993 três de seus filmes na seção New Authors From Brazil. 

Carol Misorelli – Curadora

É cofundadora do Instituto Taturana, distribuidora de cinema com foco em impacto social. Formada em administração de empresas e relações internacionais, mestre em antropologia visual e pós graduada em história da África. Na Taturana, foi responsável pelo desenvolvimento de estratégias de distribuição de impacto de filmes como “Sem Pena” (2015), “ParaTodos” (2016), “Corpo Delito” (2017), “Chega de Fiu Fiu” (2018), “Espero Tua (re)volta” (2019) e “Sementes: Mulheres Pretas no Poder” (2020).

Márcio Miranda Perez – Curador

Coordenador de programação do Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade e coordenador da programação latino-americana do Festival Internacional de Curtas de São Paulo – Curta Kinoforum.

Como realizador de curtas-metragens e editor, teve seus trabalhos exibidos e premiados no Brasil e no exterior. Atuou por vários anos como coordenador de edição das Oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual. Foi jurado de comitês de seleção e premiação no Brasil, Argentina, Chile e Colômbia.

Márcia Vaz – Curadora

Formada em Comunicação Social com habilitação em Rádio e Televisão pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), é curadora de filmes e produtora cultural. É membra do Programmers of Colour Collective. Entre comunicação, produção e curadoria vem desenvolvendo inúmeros projetos em instituições como Cinemateca Brasileira, Museu da Imagem e do Som (MIS), Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Bienal de Arte Contemporânea Sesc Videobrasil, Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, Pivô Arte e Pesquisa e Instituto Moreira Salles, entre outros. Como curadora de filmes faz parte dos comitês do Festival Internacional de Mulheres no Cinema, Festival Internacional de Curtas de São Paulo – Curta Kinoforum, Mix Brasil – Festival de Cultura e Diversidade e Mostra Ecofalante de Cinema.

SOBRE A TODESPLAY

A TodesPlay é uma plataforma global de filmes, séries e produções audiovisuais via streaming que tem como objetivo contribuir e consolidar um mercado mais diverso e representativo. Um espaço revolucionário e importante de conservação, memória e preservação da narrativa identitária. Onde passado, presente e futuro se conectam. É gerida pela Apan (Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro).

SOBRE A SALGA FILMES

A Salga Filmes é a produtora brasileira que está à frente do Citronela Doc. Com origem em Ilhabela, no Litoral Norte de São Paulo, a produtora surgiu em 2017 a partir da sociedade entre Matias Borgström e Ricardo Imakawa, com a proposta de produzir filmes documentários que abordam desde questões culturais e sociais a viagens, natureza e arte.

Engajada com o registro da história e das tradições caiçaras, a Salga já produziu diversos curtas e médias-metragens que retratam personagens e manifestações culturais de Ilhabela. Desde 2018, os sócios da Salga Filmes integram a equipe organizadora e curatorial do Cineclube Citronela, que promove exibições mensais de documentários nacionais, com a presença do diretor(a) e/ou convidados nos debates realizados após a projeção dos filmes.

*** DADOS SOBRE OS FILMES ***

LONGAS-METRAGENS

“A Mãe de Todas as Lutas” (Brasil, 2021, 84 min) – Susanna Lira

A trajetória de Shirley Krenak e Maria Zelzuita, mulheres que estão à frente da luta pela terra no Brasil. Shirley traz a missão de honrar as mulheres e a sabedoria das Guerreiras Krenak, da região de Minas Gerais. Maria Zelzuita é uma das sobreviventes do Massacre de Eldorado dos Carajás (1996), no Pará. As trajetórias destas duas mulheres nos ligam ao conceito da violência e apropriação do corpo feminino.

Selecionado para o Festival de Cinema Brasileiro de Paris, Fest Aruanda – Festival Aruanda do Audiovisual Brasileiro e FICASC – Festival de Cinema Ambiental da Serra Catarinense.

“Belchior – Apenas um Coração Selvagem” (Brasil-RJ, 2022, 90 min) – Natália Dias e Camilo Cavalcanti

Antonio Carlos Belchior Fontenelle Fernandes, ou simplesmente Belchior (1946-2017), em um autorretrato que mergulha no coração selvagem do poeta, cantor e compositor cearense, que, com sua obra e suas ideias cortantes, marcou e ainda marca a vida de tanta gente. 

Selecionado para o É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, Festival do Rio, In-Edit Brasiil – Festival Internacional do Documentário Musical.

“Deus Tem Aids” (Brasil-SP/PE, 2021, 82 min) – Fabio Leal e Gustavo Vinagre

Quarenta anos depois do início da epidemia de Aids, sete artistas e um médico ativista, pessoas vivendo com o HIV, oferecem novas imagens e perspectivas para lidar com a sorofobia no Brasil.

Vencedor do prêmio de melhor filme e do prêmio do público no Queer Porto (Portugal); selecionado para o IDFA – Festival Internacional de Documentários de Amsterdã, MIX Copenhagen LGBTQ+ Film Festival, Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade, Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba e para o Panorama Internacional Coisa de Cinema.  

“Gilda Brasileiro – Contra o Esquecimento” (Brasil-SP [Caraguatatuba]/Alemanha/Suíça, 2018, 90 min) – Roberto Manhães Reis e Viola Scheuerer

Gilda, filha de pai afrodescendente e mãe judia-alemã, começa a pesquisar a história de uma estrada que, no século 19, era usada como rota secreta por traficantes de escravos na mata atlântica. Ela encontra documentos relevantes, mas ninguém quer vasculhar o passado de sua cidade. Sua busca incansável contagia os cineastas Roberto Manhães Reis e Viola Scheuerer. Eles vêem esse capítulo obscuro da história da escravidão no Brasil chegar ao presente, aqui e agora, através de imagens da época feitas pelo fotógrafo Marc Ferrez (1843-1923). 

Selecionado para o Festival do Rio, Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Pan Africa Film Festival (Los Angeles), RapidLion – Festival Internacional de Cinema de Joanesburgo, Smithsonian African American Festival (Washington) e Festival de Solothurn (Suíça).

“Manguebit” (Brasil-PE, 2021, 101 min) – Jura Capela 

Com depoimentos de seus criadores, companheiros e herdeiros, o filme revela como que um movimento estético, vindo do mangue, aumentou a visibilidade das periferias e manifestações culturais da região metropolitana do Recife. Unindo diversas vertentes como música, cinema, artes visuais e literatura, o Manguebeat não só se consolidou um dos mais importantes movimentos culturais das últimas décadas, mas também gravou para a posteridade nomes como Chico Science & Nação Zumbi, Mundo Livre S/A e o festival Abril Pro Rock, entre outros.

Vencedor do prêmio de melhor filme no In-Edit Brasil – Festival Internacional do Documentário Musical; selecionado para o Festival do Rio e Mostra de Tiradentes. 

“O Bem Virá” (Brasil-PE, 2021, 80 min) – Uilma Queiroz

Treze mulheres, 13 ventres, 13 esperanças, uma foto. E uma busca pelas mulheres que, em 1983, em uma seca no Sertão do Pajeú pernambucano, lutaram pelo direito à sobrevivência, num contexto em que ser mulher era se limitar à função de administrar a miséria.

Vencedor do prêmio de melhor filme da competição latino-americana da Mostra Ecofalante de Cinema; selecionado para o Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba e para o CachoeiraDoc – Festival de Documentários de Cachoeira (BA).

“O Território” (Brasil-RO/Dinamarca/EUA, 2022, 86 min) – Alex Pritz

Dentro do território Uru-eu-wau-wau, no estado de Rondônia, há menos de 200 pessoas para defender mais de 11 mil quilômetros quadrados de floresta tropical. Nas margens do território protegido, um grupo de posseiros se organiza para reivindicar oficialmente um pedaço de terra, enquanto grileiros individuais começam a desmatar trechos de floresta tropical para si mesmos. Com a sobrevivência da comunidade em jogo, Bitaté Uru-eu-wau-wau e Neidinha Bandeira – um jovem líder indígena e sua mentora – devem encontrar novas maneiras de proteger a floresta e a si mesmos.

Vencedor do prêmio especial do júri e do prêmio do público no Festival de Sundance; menção honrosa no CPH:DOX (Dinamarca); Prêmio da Anistia Internacional no DocsBarcelona (Espanha); melhor documentário no Festival de Seattle e no FICMEC – Festival de Cinema Meioambiental das Ilhas Canárias (Espanha); melhor filme no Festival Wildlife (EUA); selecionado para o É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários.

“Rolê – Histórias dos Rolezinhos” (Brasil-RJ, 2021, 82 min) – Vladimir Seixas

Os rolezinhos em shoppings no Brasil mobilizaram milhares de pessoas nos últimos anos. Essa forma inusitada de manifestação escancarou as barreiras impostas pela discriminação racial e exclusão social. Acompanhe neste documentário a vida e as lembranças de três personagens negras que enfrentaram situações traumáticas de racismo e participaram das ocupações em shoppings. Descubra os sonhos, a beleza, a poesia, a arte e a política de uma geração que encontrou novas maneiras de lidar com a violência vivida promovendo um intenso debate pelo país.​

Vencedor do grande prêmio no Festival de Rhode Island (EUA); melhor documentário no Festival do Rio; prêmio especial do júri e prêmio do público no Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba; menção honrosa na Mostra Ecofalante de Cinema; melhor longa-metragem na Mostra de Cinema de Gostoso; menção honrosa no Atlantidoc – Festival Internacional de Documentários do Uruguai; selecionado para o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Forumdoc.bh – Festival do Filme Documentário e Etnográfico e Festival de Culver City (EUA).

CURTAS-METRAGENS

Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões (Brasil-PA, 2022) – Joana Moncau, Elpida Nikou e Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi

Na Terra Indígena Sawré Muybu, no sudoeste do Pará, três mulheres munduruku integram o Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi, que divulga as denúncias dos indígenas para além das margens do rio Tapajós. O filme acompanha essas jovens durante a produção de um documentário sobre as ações de seu povo para proteger a Amazônia e defender o território de invasores, sobretudo de madeireiros e garimpeiros. Expulsar os invasores sempre foi arriscado, mas em tempos de governo Bolsonaro é ainda mais.

Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem da competição latino-americana da Mostra Ecofalante de Cinema. 

“Mutirão: O Filme” (Brasil-SP, 2022, 10 min) – Lincoln Péricles

A luta popular pela moradia no bairro paulistano do Capão Redondo e o papel determinante das mulheres. Conduzido por uma criança que narra, o filme recupera documentos sobre a organização dos mutirões na Cohab Adventista. 

Selecionado para a Mostra de Tiradentes, Curta Kinoforum – Festival Internacional de Curtas de São Paulo, Festival de Taguatinga, CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto, Mostra Pajeú, BEIRA – Festival de Cinema de Porto Velho e Festival Perifericu de Cinema e Cultura de Quebrada. 

“Noite das Estrelas” (Brasil-RJ, 2021, 23 min) – Wallace Lino e Paulo Victor Lino

Na festa de aniversário de 46 anos de Madame, uma das artistas da histórica Noite das Estrelas, veteranas e novatas se encontram numa laje da favela da Maré. Entre glamour, closes, performances e memórias, costuram o tempo e celebram seus corpos, que vivem e resistem coletivamente através das artes. O curta-metragem é uma realização do Entidade Maré, projeto de pesquisa voltado para o resgate de narrativas de pessoas LGBTI+ do conjunto de favelas da Maré, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Selecionado para o Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul.

CURTAS-METRAGENS LITORAL NORTE SP

“Canoa – Caminhos de Terra e Mar” (Brasil-SP [Ubatuba], 2022, 16 min) – Felipe Scapino

Primeiro de uma série de três documentários sobre a canoa caiçara, o filme conta a história das corridas de Canoa de Ubatuba. Traz a história de quatro pescadores que construíram uma canoa para fazer uma travessia de Ubatuba até Santos. Segundo os remadores da cidade “A canoa é o último elo que une os pescadores do norte e do sul de Ubatuba”.

“Dito” (Brasil-SP [Caraguatatuba], 2021, 11 min) – Rodrigo Pereira e Felipe Vernizzi 

Registro do artista de Caraguatatuba Dito, que através do seu olhar sensível transforma em arte objetos do cotidiano, incluindo materiais recolhidos por ele que tinham o lixo como destino.

“Jardim” (Brasil-SP [Ilhabela], 2021, 15 min) – Matias Borgström

A partir da criação de um universo composto de diversos ambientes reais e modificáveis, o autor busca conciliar, de forma poética e experimental, a sua rotina de confinamento com a vida em seu jardim, antes invisível ao seu olhar.

Filme inédito.

“Tao Kae” (Brasil-SP [São Sebastião], 2022, 27 min) – Paulo Alberton 

A relação entre a bailarina japonesa Toshiko, 49, e seu filho Kae, 11, portador de Síndrome de Down e possivelmente autismo. É uma relação sensível e não verbal, composta de diálogos corporais entre mãe e filho. A construção da linguagem entre eles se dá inicialmente através da música de Iggor Stavinsky (1882-1971) e se estende ao contato com o mar. Kae apenas reage espontaneamente por estar ao mar, onde ele se sente bem e se expressa livremente. A bailarina Toshiko, com sua sensibilidade e técnica, compõe de forma improvisada com o movimento do filho e com o ritmo do mar. Inicia-se então um diálogo poético, coreografado na ilha de edição.

PROGRAMAÇÃO

4/11, sexta-feira

15h00 – “Gilda Brasileiro – Contra o Esquecimento” – Roberto Manhães Reis e Viola Scheuerer (90 min)

17h00 – curtas-metragens Litoral Norte de São Paulo

“Canoa – Caminhos de Terra e Mar” – Felipe Scapino (Ubatuba, 16 min)

“Jardim” – Matias Borgström (Ilhabela, 15 min)

“Dito” – Rodrigo Pereira e Felipe Vernizzi (Caraguatatuba, 10 min)

“Tao Kae” – Paulo Alberton (São Sebastião, 27 min)

18h30 – debate 

O Audiovisual no Litoral Norte de São Paulo

20h00 abertura

pocket show

21h00 – “O Território” Alex Pritz (86 min)

22h30 – DJ Norma Nascimento

5/11, sábado

15h00 – curtas-metragens

“Mutirão: O Filme” – Lincoln Péricles (10 min)

“Noite das Estrelas” – Wallace Lino e Paulo Victor Lino (23 min)

Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões” – Joana Moncau, Elpida Nikou e Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi (17 min)

16h30 – “A Mãe de Todas as Lutas” – Susanna Lira (84 min) 

18h00 – debate 

A Arte e a Tecnologia como Aliadas das Lutas Indígenas

19h30 – “Rolê – Histórias dos Rolezinhos” – Vladimir Seixas (82 min)

21h00 – “Belchior – Apenas um Coração Selvagem” – Natália Dias e Camilo Cavalcanti (90 min)

22h30 – DJ Kost 

6/11, domingo

15h00 – “Deus Tem Aids” – Fabio Leal e Gustavo Vinagre (82 min) 

17h00 – “O Bem Virá” – Uilma Queiroz (80 min)

18h30 – debate

Cinema Plural: Documentário e Diversidade

19h30 – cerimônia de encerramento

apresentação circense: Las Titis

20h00 – “Manguebit” – Jura Capela (101 min)