Rotas do café: turismo nacional e internacional cativa os amantes da bebida

Rotas do café: turismo nacional e internacional cativa os amantes da bebida

Maior exportador do grão no mundo, o Brasil oferece uma variedade de destinos para quem quer conhecer a bebida a fundo

Nesta sexta-feira, 14/04, celebra-se o dia mundial de um grão que faz parte do cotidiano de todos os brasileiros: o café. Mas o impacto da bebida no país vai muito além do início do dia. O Brasil é o maior produtor de café no mundo, assim como seu maior exportador. Cravada pela International Coffee Association, a data promove uma celebração única para esse produto, cujo consumo se difundiu nos quatro cantos do planeta. Empresa de tecnologia com a maior plataforma de viagens online na América Latina, o Hurb conta um pouco mais sobre os destinos nacionais e internacionais que devem fazer parte do roteiro dos amantes do café.

Apesar de não ser reconhecida hoje como um dos maiores produtores do grão, identificou-se que a origem do coffea – nome científico da planta – leva à Etiópia. A lenda conta que os efeitos da ingestão desse produto natural foram constatados pela primeira vez no país africano por um pastor, que notou que seu rebanho de ovelhas percorria uma distância maior que a média depois de consumi-lo. Depois disso, os habitantes da região quiseram experimentar esses mesmos efeitos, dando início ao consumo de uma das bebidas mais vendidas no mundo.

Historicamente, sua exportação começou a ser realizada pelo Oriente Médio, vizinho da Etiópia, graças ao seu papel medicinal. De lá, partiu para o Egito e continuou arrebatando apreciadores pela Turquia até chegar ao continente europeu, onde passou a ser consumido pela nobreza.

No Brasil, a primeira muda de café chegou de forma clandestina em 1727, trazida por um sargento estrangeiro. Depois de tentativas de produção no Maranhão e no Rio de Janeiro, chegou a São Paulo e Minas Gerais, onde o plantio não só emplacou, como veio a consolidar um dos maiores ciclos econômicos do país, nos séculos XIX  e XX. Hoje, o grão ainda é uma das nossas principais commodities. De acordo com o Sumário Executivo do Café de 2022, produzido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, suas lavouras ocupam cerca de 3,2% do território nacional, o que corresponde a quase 2 milhões de hectares. A produção do ano passado foi estimada em 55,7 milhões de sacas de 60kg. E, no ano anterior, mais de 40 milhões dessas sacas foram destinadas à exportação.

Além do país ser o principal produtor do mundo, o brasileiro também é um dos seus maiores consumidores, ficando atrás apenas do estadounidense. E nessa sexta-feira, Dia Mundial do Café, o Hurb recebe o barista Emerson Nascimento, especialista em latte art e campeão na competição nacional Coffee in Good Spirits em 2017 e 2020, para um episódio dedicado ao tema do Hurbcast, programa em vídeo da travel tech lançado no Youtube. Para quem deseja celebrar a paixão nacional com experiências em campo, o Hurb indica destinos que exploram o café.

Em Minas Gerais, principal expoente da produção, a Rota do Café se estende por 35 km, passando por cidades como Carmo de Minas e São Lourenço, na região da Serra da Mantiqueira. Com uma combinação entre solo, temperatura e altitude ideais – chamado pelos especialistas no assunto de terroir -, Carmo de Minas surpreende pela produção do café arábico, umas das espécies de maior consumo mundial. Já a cidade vizinha, São Lourenço, oferece experiências alternativas, como um relaxante banho de banheira com aroma de café, acompanhado de massagem nos pés e ducha escocesa.  

No Nordeste, a Rota Verde do Café corta o sertão cearense, passando pelos municípios de Guaramiranga, Mulungu, Pacoti e Baturité. Cultivado na penumbra, o Café da Sombra é produto de destaque do estado. Sem receber luz direta do sol, o solo rico é umedecido pelo orvalho das árvores, possibilitando o cultivo desse produto único.

A cafeicultura também acontece na Bahia, graças ao clima ameno nas altitudes da Chapada Diamantina. No top 10 nacional da premiação Cup of Excellence, que avalia anualmente os melhores grãos do Brasil e do mundo, seis são de fazendas da chapada, inclusive o primeiro lugar, produzido pela Fazenda Tijuco.

No município de Serra Negra, em São Paulo, a Rota Turística do Café, reconhecida pelo Ministério do Turismo, abriga cafezais em meio à região de Mata Atlântica. Além de conhecer a produção dos seus cafés especiais, a região oferece mais atrações aos turistas, como passeios por alambiques, cachoeiras, destilarias, entre outros.

Já o Vale do Café compreende 15 municípios do Rio de Janeiro, na região conhecida como Vale do Paraíba, que compreende o sul do estado. Na década de 1860, eles foram responsáveis pela produção de 75% de todo o café consumido no mundo e, segundo a ABIH-RJ, 30 fazendas do vale estão abertas à visitação. Com a popularização do café gourmet, o trecho já aparece entre as cinco mais atrativos para o turismo no estado. 

No sul brasileiro, o Paraná teve um papel importante para produção cafeeira na história brasileira, até ser atingido por intensas geadas nas décadas de 1960 e 1970, que prejudicaram o potencial produtivo do solo. A Rota do Café paranaense cruza nove municípios e inclui atividades voltadas especialmente para esse público, como cardápios que ressaltam seu sabor e a Semana do Café, evento anual que realiza experiências gastronômicas e interativas no Museu Histórico de Londrina.

Para quem está disposto a sair do Brasil em busca de novos sabores e conhecimentos, Colômbia, Cuba e Estados Unidos são alguns dos destinos mais próximos que fazem parte da história de produção e cultura do café.

Com toda uma tradição de consumo, que vai muito além de uma fonte de energia para começar o dia, o café colombiano é aclamado em todo o mundo. Na capital Bogotá, cafeterias especializadas investem em grãos in natura, ou seja, sem passar pelo processo de torra, de pequenos produtores locais. Na produção, o Triângulo do Café Colombiano – que compreende os estados de Caldas, Quindío e Risaralda – concentra grande parte da produção nacional.

Em Havana, o encorpado expresso cubano faz parte da maioria das refeições, sendo servido em grande parte dos restaurantes. Por isso, não é difícil achar uma boa bebida na capital, onde evitam-se as versões no estilo americano, como as popularizadas pela rede Starbucks, original de Seattle. A cidade norte-americana é mais um destino  que pode ser incluído na lista dos amantes do café. Ainda que a cadeia mundial de cafeterias não seja a primeira opção daqueles que valorizam um bom café, sua fundação ocupa um papel na recente popularização do café. Além disso, Seattle conta com muitas opções de negócios menores voltados para produtos artesanais.

Já quem pretende chegar ainda mais longe pode embarcar para Austrália e Taiwan. No primeiro, as cafeterias se popularizaram como lugar de encontro após um movimento popular que visava diminuir o consumo alcoólico no país. Hoje, a terra dos cangurus tem cafés com longas filas na entrada, arquitetura e estilos diferenciados e produtos especiais.

Taipei, em Taiwan, é mais uma das cidades impactadas pela popularização do café, que entra nesse roteiro graças às lojas temáticas de todos os tipos, além do povo simpático e receptivo aos turistas. Afinal, um bom café fica ainda melhor em boa companhia.

Sobre o Hurb

O Hurb é uma empresa de tecnologia e inovação que se consolidou como a maior plataforma de viagens online do Brasil. Com a missão de potencializar viagens através da tecnologia, a empresa visa otimizar o tempo dos seus clientes através da ciência. Cumprindo o princípio primordial de livrar pessoas da preocupação, conectamos clientes a novos lugares. Fundada em 2011, a empresa vende 1 diária a cada 8 segundos, sendo responsável por 1,56% (2020) do PIB do turismo no Brasil. Em menos de 10 anos, alcançou 25 milhões de viajantes cadastrados, 35 mil destinos em todo o mundo e mais de 15 milhões de seguidores nas redes sociais, chegando a ser considerada a maior fanpage do turismo mundial. Com 1100 funcionários, o Hurb é uma marca global com sede no Rio de Janeiro e atuação em todo o Brasil e no exterior, com escritórios em Porto e Lisboa (Portugal), Sorocaba (SP) e Montreal (Canadá).

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