https://abacus-market-onion.top Entrevista:  Kleber Del Claro, professor e escritor - Marramaque

Entrevista:  Kleber Del Claro, professor e escritor

1. O que o motivou a escrever um livro sobre Ecologia Comportamental voltado para uma audiência mais ampla?

Há 33 anos oriento na área, incluindo programas de pós-graduação na UFU, UFMS, UFJF e USP. Fui duas vezes presidente da sociedade de etologia (comportamento animal). Como tenho livros anteriores que venderam muito e são procurados até hoje, passados 14 anos do último livro, achei que era hora de produzir uma obra nova, muito diferente das anteriores, mais amdura, uma conversa com os cientistas mais jovens sobre como estudar, pesquisar e publicar nessa área. Tenho um vanal no Youtube onde meus cursos são gfratuitos e sempre me perguntam sobre um livro novo, aí está!

2. Quais aspectos da Ecologia Comportamental você considera mais fascinantes e como procurou abordá-los no livro?

Todos, mas principalmente a manipulação experimental e a forma de elaborar hipóteses, fatores fundamentais para o sucesso na pesquisa e na sua publicação em veículos internacionais de maior relevância. 

3. Você menciona que o livro é uma “conversa letrada”. Como foi o processo de transformar temas complexos em uma leitura acessível e envolvente?

A ideia é de que o livro fluisse como uma orientação, eu conversando com o aluno, ou colega, uma coisa bem direta, quase pessoal, acho que deu certo. A intimidade responsável na orientação leva, geralmente, ao sucesso.

4. O livro tem como público-alvo estudantes de graduação e pós-graduação. Que conselhos você daria para aqueles que estão começando seus estudos em Ecologia Comportamental?

Leiam esse livro! kkk

5. O livro parece trazer um apelo para a curiosidade naturalista de seus leitores. Quais são as principais ferramentas e métodos de comportamento animal que você aborda para fomentar essa curiosidade?

A obervação cautelosa e diretamente na natureza. A busca por informações na literatura e o retorno ao campo ou laboratório para checar novamente as observações, para pensar e desenvolver hipóteses e saber como testá-las. Trabalhar com algo que goste e não contra limitações pessoais. 

6. Como você enxerga a relação entre Ecologia Comportamental e Biologia Evolutiva? Que contribuições essa área de estudo traz para nosso entendimento da evolução?

 A ecologia comportamental testa os valores adaptativos dos diferentes comportamentos animais, ou seja, ela testa os processos evolutivos, como mostro através de exemplos nesse livro.

7. Quais histórias ou exemplos você incluiu no livro para ilustrar a aplicação prática da Ecologia Comportamental?

São muitas, o livro todo é baseado e ilustrado por exemplos por exemplos de estudos concretos, feitos por cientistas e estudantes de nosso grupo de trabalho, mostrando ao aluno a realidade da pesquisa nesse campo no Brasil, penso que isso estimula muito.

8. Na introdução, você convida o leitor para uma “jornada fascinante”. Que tipo de impacto você espera que essa leitura tenha na formação dos leitores e futuros pesquisadores?

Acredito ue o livro irá estimular muitos jovens apensar a história natural, dentro do comportamento animal e de como testar a aptidão comportamental, com manipulação experimental, ou seja, vai despertar o cientista verdadeiro dentro de cada estudante.

9. Você tem uma vasta experiência acadêmica e de campo. Como essa experiência influenciou a abordagem que você escolheu para o livro? Foi fundamental, a gente trabalha melhor quando trabalha com o que ama, com o que conhece bem, com o que nos estimula. Esse é o propósito. 

10. Ao longo da sua carreira, quais foram os principais desafios que você enfrentou ao pesquisar Ecologia Comportamental?

Falçta de recursos, de apoio, de reconhecimento institucional. Até hoje, somos muito mais reconhecidos no exterior do que em nossas próprias universidades. 

11. Você é considerado um dos cientistas mais influentes do mundo segundo a PLOS Biology. Como foi receber esse reconhecimento, e o que isso significa para você?

Muito feliz, um reconhecimento importante. Mas o que me deixa mais feliz é encontrar jovens estudantes que leram meus livros de comportamento e escutar deles que eu fiz diferença nas suas esolhas e no seu sucesso.  Dá uma enorme felicidade. 

12. Você já escreveu outros livros e mais de 200 artigos. Em sua opinião, o que torna esse livro diferente dos seus trabalhos anteriores?

Esse livro é especial, pois traz todo o meu amadurecimento em orientação dentro de cada linha. Como orientei mais de 70 ICs, 78 mestrados e 25 doutorados, era hora de mostrar esse amadurecimento em palavras, é essa a concersa com os alunos nesse livro. 

 
13. Considerando sua atuação como presidente da Sociedade Brasileira de Etologia e outras posições de liderança, como você vê o crescimento e o desenvolvimento da Ecologia Comportamental no Brasil?

Cresceu muito nos últimos 20 anos,  muita gente nova muiiiiito boa, mas precisamos amadurecer uma sociedade específica e atuante no Brasil.

14. Em tempos de mudanças ambientais significativas, qual você acredita ser o papel da Ecologia Comportamental na conservação e sustentabilidade?

Muito, ela nos permite comnhecer a história natural e o comportamento de cada espécie animal, como se relacionam com outros animais e plantas, como impactam e são impactados pelo ambiente. Fundamental!

15. Como você vê o futuro da Ecologia Comportamental? Que áreas de pesquisa estão ganhando destaque atualmente?

Vai crescer cada vez mais, os avanços tecnológicos nos permitem hoje saber mais, nos parofundar mais em questões que antes não conseguiamos por questãp de aparelhos que não existiam ou que eram muito caros. O relacionamento com a química, física, matemática, tem pernitido também enormes avanços. 

16. Você também coordena o site de divulgação científica “A Ciência que nós fazemos”. Como iniciativas de divulgação científica podem contribuir para o maior interesse e compreensão do público sobre Ecologia Comportamental?

É fundamental a gente divulgar o que produz, se a população não conhece, não valoriza, não aprender a amar.

17. A professora Vera Lucia Imperatriz Fonseca destacou a importância de reconectar o ser humano com a natureza. Que recomendações você daria para professores que desejam utilizar seu livro como ferramenta de ensino?

Que adaptem às suas aulas seus próporios exemplos e vivências, que sejam os Paulo Freires do comportamento animal, é através da nossa realidade pessoasl que melhor ensinamos.  

18. Além dos estudantes, você acredita que o livro possa ser atrativo para leitores fora do meio acadêmico? Quais são as mensagens principais que gostaria que eles levassem?

Claro, vai estimular muitos leigos e, por exemplo, ornitólogos amadores, amantes das borboletas, observadores animais, gente que faz trilha, que convive com a natureza. E pode também estimular um olhar mais singelo sobre um jardim, uma praça, um passarinho no fio. Aguçar a curiosidade, é uma ideia. 

19. O que você espera que os leitores mais jovens sintam ao ler o livro? Como espera inspirá-los para que se interessem pela ciência?

Que sintam o livro como uma conversa, um bate papo leve, que lhes traga alguma luz.