Setores da cultura pedem proteção de direitos autorais na IA

Setores da cultura pedem proteção de direitos autorais na IA

Em uma ação em defesa dos direitos autorais, entidades dos setores musical, jornalístico, audiovisual e literário entregaram, no dia 12 de novembro, uma carta ao Senado Federal. A iniciativa, liderada pela Pro-Música Brasil e outras entidades, busca assegurar a proteção dos direitos dos criadores frente ao avanço da Inteligência Artificial (IA) no Brasil. O documento, endereçado ao Senador Eduardo Gomes, relator do Projeto de Lei 2338/2023 sobre a regulação da IA, apresenta diretrizes específicas para preservar os direitos autorais e conexos no país.

Entidades destacam a necessidade de proteção autoral

A carta entregue ao Senado sublinha a importância de se manter os direitos dos criadores no texto do Projeto de Lei. Os setores cultural e de comunicação ressaltam que a IA, embora inovadora, utiliza conteúdos protegidos por direitos autorais para seu desenvolvimento, o que torna essencial a garantia de que artistas, produtores e criadores sejam devidamente valorizados. Paulo Rosa, presidente da Pro-Música Brasil, afirma: “A defesa dos direitos autorais é crucial em um momento de rápida evolução tecnológica. Precisamos assegurar que os criadores brasileiros tenham seus direitos preservados”.

Proposta sugere medidas para preservação dos direitos na IA

A carta sugere a implementação de medidas que permitam aos titulares de direitos autorais monitorar o uso de suas obras e proibir seu uso em sistemas de IA, caso desejem. Além disso, propõe restrições para fins de pesquisa e jornalismo sem fins lucrativos, assegurando que a utilização de obras protegidas respeite os princípios de segurança e privacidade.

Entidades como o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a União Brasileira de Compositores (UBC) uniram-se à Pro-Música Brasil para fortalecer o apelo por uma regulamentação ética e equilibrada da IA.

A expectativa é de que o Senado considere as recomendações, promovendo um marco regulatório que equilibre inovação e direitos autorais, reforçando o valor da criação intelectual no Brasil.

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