Homeopatia e ciência: novo livro analisa crenças persistentes

A homeopatia continua a desafiar a medicina moderna, mantendo-se influente apesar da falta de evidências científicas robustas. O socólogo Lenin Bicudo Bárbara investiga esse fenômeno em seu novo livro, Cultura homeopática: uma investigação sobre a comunicação do desconhecimento, lançado pela Editora Unesp.
A persistência da homeopatia na sociedade
Desde o século XVIII, a homeopatia gera debates entre seus defensores e a comunidade científica. Enquanto métodos antigos como a sangria foram abandonados, a prática homeopática resiste. Lenin Bicudo Bárbara explica essa permanência através do conceito de agnotologia, que estuda a produção da ignorância e a difusão de informação questionável.
O impacto da homeopatia em diferentes áreas
Além do uso humano, a homeopatia se expandiu para setores como agronomia e pecuária, consolidando-se como prática alternativa. O livro também discute o papel de instituições como o Conselho Federal de Medicina e o SUS na manutenção dessa prática.
Reflexões críticas sobre crenças médicas
Com abordagem histórica e sociológica, Cultura homeopática incentiva uma análise crítica sobre como discursos e tradições moldam a percepção popular sobre saúde. “A cultura em torno dos glóbulos de lactose explica por que muitos ainda acreditam em sua eficácia”, destaca o autor.
Sobre o autor
Lenin Bicudo Bárbara é socólogo, com doutorado pela USP e experiência como pesquisador no Departamento de Sociologia da mesma instituição. Atua no Ibama e possui publicações em revistas acadêmicas renomadas.