Terry Eagleton redefine o conceito de cultura

A obra Cultura, de Terry Eagleton, investiga os sentidos da cultura e seus embates históricos. O livro oferece uma análise profunda sobre a evolução do conceito e suas múltiplas camadas. Mais do que definir cultura, Eagleton apresenta um panorama filosófico e histórico, mostrando como disputas simbólicas, políticas e materiais moldaram seu significado ao longo do tempo.

A trajetória do conceito de cultura

Eagleton destaca que a palavra “cultura” é multifacetada e complexa. O autor britânico explora diferentes sentidos do termo, contrapondo cultura à civilização e analisando conceitos como diversidade, pluralidade e relativismo cultural. O livro combina erudição e acessibilidade, abordando pensadores de Herder a Marx, Burke, Nietzsche, Freud, T. S. Eliot, Oscar Wilde e Wittgenstein.

Segundo Eagleton, cultura não é neutra. Ela foi símbolo de resistência à industrialização, mas também instrumento de colonialismo e nacionalismo. A obra evidencia que a cultura possui um papel político na transformação da sociedade, sempre ligada a bases materiais e ao legado de críticos como Raymond Williams.

Cultura e suas contradições históricas

A obra examina literatura, arte, filosofia e antropologia, destacando a ambiguidade da cultura: elevada e idealizada, mas permeada por contradições. Eagleton revela como a cultura se alinha ou se opõe a ideias de natureza, alienação e civilização, reforçando a importância de compreendê-la como campo de disputas ideológicas.

Sobre Terry Eagleton

Terry Eagleton é crítico literário, filósofo e intelectual público inglês. Entre suas obras publicadas pela Editora Unesp estão Ideologia: uma introdução (1997), Marx e a liberdade (2002), Doce violência (2013) e Tragédia (2025). Eagleton é reconhecido por unir análise erudita e popular, tornando a reflexão sobre cultura acessível e instigante.

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