Diego Mendonça lança Boneca de Estanho: um tributo à herança africana e à tradição cultural de São João del-Rei

Diego Mendonça lança Boneca de Estanho: um tributo à herança africana e à tradição cultural de São João del-Rei

O conceituado artista plástico Diego Mendonça lança, na próxima quinta-feira (02 de junho), a Boneca de Estanho, uma obra que dá vida à sua coleção de pinturas que retratam crianças com roupas da realeza, mas com estampas africanas, cada uma delas representando um direito ou sentimento necessário ao desenvolvimento infantil.

Ancestralidade, herança africana e tradição do estanho

Com a Boneca de Estanho, Diego Mendonça empresta sua arte para dar voz à ancestralidade e à herança africana, tão presentes em nossa cultura, bem como confirma a tradição do estanho na identidade histórica de São João del-Rei, cidade natal e sede de seu ateliê.

A boneca será produzida no ateliê Estanhos Faemam, fundado em 1984, pelas mãos do artista Luciano Roberto do Nascimento, que trabalha com estanho desde 1987.

Uma mensagem para a sociedade

Com uma técnica aprimorada e esse conceito, o artista mostra aquilo que as crianças, seja qual for a sua cor, necessitam: amor, alimento, palavra de Deus, oração, cuidado, luz e dedicação. Dessa maneira, por intermédio da arte, oferece ao observador aspectos da nossa sociedade que precisam ser urgentemente revisitados.

A potência da cultura negra brasileira

Se existe um objetivo, é acabar de vez com qualquer dúvida que recaia sobre a existência e a potência da cultura negra brasileira. Essas crianças não são notas de rodapé, são o tema que atravessa todos os capítulos do que se chama de arte brasileira, pelas mãos de Diego Mendonça que, em 2023, recebeu o Prêmio Top of Mind, na categoria Artista Internacional, e vem se destacando no Brasil e no exterior, com trabalhos seus nas mãos de diversas personalidades.

O papel do Estanho em São João del-Rei

Em uma das principais cidades históricas do Brasil, as peças artesanais em estanho trazem consigo uma natureza simbólica que mantém viva sua identidade cultural. A produção de estanho teve início no século 18, quando era usado na confecção de utensílios domésticos e litúrgicos.

Mas, mesmo feitas hoje em dia, as peças guardam as mesmas características coloniais do século 18. Um elo com o passado que guarda a tradição e a identidade histórico-cultural da região.

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