Davi Fonseca lança “Apocalipse à brasileira”: um samba sobre força, luta e esperança

Davi Fonseca lança “Apocalipse à brasileira”: um samba sobre força, luta e esperança

O pianista, compositor, arranjador e cantor Davi Fonseca lançará no dia 30 de maio, nas plataformas digitais, “Apocalipse à brasileira”, segundo single autoral do disco “Viseira”, que será lançado no mês de julho. A gravação conta com a participação especial do cantor, compositor e violonista Artur Pádua.

Inspirado na força da luta por moradia e reforma agrária

A canção foi inspirada em uma viagem pela Chapada Diamantina, onde o compositor conheceu, após uma queda de bicicleta, o Assentamento Boa Sorte, em que moradores lutam por moradia e reforma agrária. “Me inspirei na força política dos sambas de João Bosco e Aldir Blanc para transformar esta experiência em música”, conta Davi. E continua, “de um lado a ladeira de cascalho virou metáfora para a pandemia, crimes ambientais, rompimentos de barragens e absurdos políticos que vivemos continuamente. Por outro lado, ‘no fim dessa ladeira’ existe otimismo: os moradores do Assentamento Boa Sorte e sua humanidade e força coletiva”.

Parceria com Artur Pádua e um arranjo rico

Para cantar esta história, o músico convidou Artur Pádua, sambista respeitado pela nova e velha guarda. O arranjo começa com um pagode de mesa, com pandeiro, cavaco, caixa de fósforo e violão. À medida que o tema fica mais denso, mais instrumentos entram e a canção ganha peso com metais, bateria, baixo, synths e um coro, transformando a experiência individual em um grito coletivo.

Dedicado à luta por moradia digna

Esta música é dedicada ao Celso e à Joilza, personagens do assentamento, assim como todas as pessoas que lutam por moradia digna neste país, seja na cidade ou no campo.

O disco “Viseira”: um universo de realidade e ficção

O disco “Viseira” trará um universo que mescla realidade e ficção, em que o compositor utiliza a tradição da literatura oral, especialmente a arte da contação de histórias. Junto com Lucas Filipe Oliveira, seu parceiro nesse trabalho, Davi elabora letras repletas de imagens e metáforas, convidando o ouvinte a visualizar suas canções além de simplesmente ouvi-las. E para enriquecer essas narrativas, o compositor e arranjador reuniu 22 músicos no álbum, cada faixa apresentando uma instrumentação distinta e uma sonoridade única, e buscou destacar a percussão brasileira e sua rica expressividade.

Sobre Davi Fonseca

Natural de Belo Horizonte (MG), Davi Fonseca é Bacharel em Composição pela UFMG, tem forte atuação no cenário independente de sua cidade, tocando ao lado de músicos como Rafael Martini, Alexandre Andrés, Luiza Brina, PC Guimarães, entre outros. Além disto já trabalhou com grandes nomes da música brasileira, como Elza Soares, Letieres Leite, Mônica Salmaso, Léa Freire, Teco Cardoso, Nelson Ayres, Tiago Costa, Otto e artistas em crescimento no cenário brasileiro e mundial, como Castello, Luedji Luna, Pedro Martins, Lio e Lay Soares, da banda TUYO.

Em 2019 lançou seu primeiro disco: Piramba, considerado pela lista Embrulhador o 8º Melhor Álbum Brasileiro do Ano (2019), 3º Melhor Álbum do Mundo (2020) pelo site japonês Música Terra e 12º Melhor Álbum do Mundo pelo site japonês zippu21. No processo de amadurecimento do repertório do disco, o compositor ganhou os Prêmios BDMG Instrumental XVIII (2018) e o Jovem Instrumentista BDMG (2017) com suas composições e arranjos. O disco Piramba foi lançado pelo selo Savassi Festival Records e conta com as participações especiais de Mônica Salmaso, Rafael Martini e Felipe Vilas Boas.

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