Bebê Lima e Castro: Uma Jornada Fascinante pelos Salões do Rio em 1900
No agitado cenário literário do Rio de Janeiro, Marcelo Fagerlande lança seu mais recente trabalho, “Muito além dos salões: Bebê Lima e Castro, musa do Rio em 1900,” pela Editora 7Letras. A obra, que revela os detalhes intrigantes da vida da icônica Bebê Lima e Castro, está prestes a encantar os leitores com uma narrativa que transcende o glamour dos salões cariocas da Belle Époque.
Revelações Marcantes do Livro
Com um lançamento programado na Livraria Janela do Shopping da Gávea em 28/11 e na Livraria Martins Fontes Paulista em 30/11, Fagerlande desvenda a história de Bebê Lima e Castro, uma das mulheres mais célebres da Belle Époque carioca. Eleita a mais bela da cidade em 1900, Bebê se destaca como a primeira musa dos concursos de miss, um fato até então pouco conhecido.
Ilustrado com mais de 50 imagens, o livro mergulha na vida de Bebê através de fotos, programas e anúncios da época. Ruy Castro, renomado escritor, apresenta a obra, questionando por que a história de Violeta — Bebê — Lima e Castro permaneceu oculta por tanto tempo. O livro oferece um retrato musical e social do Rio entre 1910 e 1920, revelando segredos guardados nos salões da alta sociedade carioca.
Uma Vida de Arte e Ambição
A trajetória de Bebê é meticulosamente recriada por Fagerlande, utilizando documentos oficiais, notícias de jornais e relatos de pessoas próximas. Sua infância, marcada por histórias contadas pelos pais e avós, moldou a narrativa do autor sobre essa mulher ousada.
Curiosamente, a vida de Marcelo Fagerlande se entrelaça com a de Bebê, pois foi através dela que adquiriu seu primeiro cravo de qualidade. O testamento generoso de Bebê beneficiou amigos, fiéis empregados e instituições, permitindo que Fagerlande começasse sua jornada musical.
A Ascensão e Queda nos Salões Cariocas
Bebê, nascida Violeta em Paris, desafiou as convenções de sua família tradicional ao seguir uma carreira artística após um casamento malsucedido. Sua forte personalidade e ambição a levaram de volta aos salões, onde declamava, cantava e dançava coreografias inspiradas em Isadora Duncan e Loïe Fuller.
Musa de poetas e escritores, Bebê brilhava nos palcos dos teatros Phenix, Lyrico e Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Contudo, após a morte do pai, sua busca por aperfeiçoamento levou-a à Itália, onde teve uma estreia profissional aclamada, seguida por uma reviravolta em 1928, quando enfrentou vaias em “O Barbeiro de Sevilha.”
Legado Duradouro
Bebê Lima e Castro retornou ao Brasil em 1935, aos 86 anos, encerrando uma carreira marcada por altos e baixos. O livro de Fagerlande não apenas resgata a vida dessa figura marcante, mas também oferece um mergulho na sociedade carioca da Belle Époque, destacando a importância dos salões no contexto cultural da época.
Marcelo Fagerlande, cravista e renomado professor, não apenas presenteia os leitores com uma biografia envolvente, mas também nos conduz por uma viagem fascinante pelos salões cariocas do início do século XX.
