Violeta Parra é celebrada em espetáculo no Glaucio Gill

Violeta Parra em destaque no teatro carioca
O espetáculo Violeta Parra em dez cantos encerra sua temporada nesta sexta-feira (25), no Teatro Glaucio Gill, em Copacabana. A peça presta uma poderosa homenagem à trajetória de Violeta Parra, ícone da cultura latino-americana e símbolo da resistência artística contra as injustiças sociais.
Com texto de Luís Alberto de Abreu, direção de Luiz Antônio Rocha e atuação da talentosa Rose Germano, a montagem revive a intensidade e a poesia de uma das maiores artistas chilenas de todos os tempos. A direção musical é de Aline Gonçalves.
Homenagem à trajetória de Violeta Parra
A frase-chave “Violeta Parra em dez cantos” é representada na essência do espetáculo, que reconta, com lirismo e força, a vida da artista que compôs “Gracias a la Vida”. Violeta foi a primeira latino-americana com uma exposição solo no museu do Louvre, além de bordadeira, poeta e ativista.
O espetáculo é a segunda parte de uma trilogia dedicada às mulheres latinas, iniciada com “Frida Kahlo, a deusa tehuana”. A próxima produção celebrará uma figura feminina brasileira.
Cultura latina e voz feminina no palco
A atriz paraibana Rose Germano costura sua própria história à de Violeta, criando um elo simbólico entre suas origens nordestinas e os povos indígenas do Chile. Temas como amor, dor, ancestralidade e identidade são tratados com intensidade.
A trilha sonora conta com sucessos como Volver a los 17, El Gavilan e Rin del Angelito. A interpretação musical ao vivo, acompanhada pelo violonista Luciano Camara, resgata as raízes sonoras da América Latina.
Arte decolonial e resistência feminina
Segundo o diretor Luiz Antônio Rocha, homenagear Violeta Parra é resgatar a cultura latina e combater a invisibilização das mulheres artistas. Já Aline Gonçalves, diretora musical, destaca o uso de instrumentos típicos como charango e quena, que ecoam a identidade do continente.