1. “Sertanejo da Fio” é descrito como uma homenagem ao gênero sertanejo. Como foi o processo de seleção das músicas para o álbum? Houve algum critério especial na escolha dos sucessos que você regravou?
“Sertanejo da Fio” foi realmente uma homenagem ao gênero que tanto amo, e o processo de seleção das músicas foi algo muito especial para mim. Quando comecei a pensar nas músicas que eu queria regravar, o critério foi, acima de tudo, escolher aquelas que não só marcaram a história do sertanejo, mas também aquelas que de alguma forma tinham uma conexão comigo e não ficam de fora da minha playlist. No fim das contas, a seleção foi um processo bem intuitivo, guiado pelo coração e pela memória afetiva.
2. Os arranjos acústicos são uma marca do projeto. Como você trabalhou junto com Ray Ferrari na produção musical para trazer essa sonoridade intimista?
Trabalhar com o Ray Ferrari é sempre bom! Desde o início tínhamos em mente que queríamos algo mais intimista, com a essência do sertanejo, mas com uma pegada mais acústica, algo que trouxesse uma conexão direta e sincera com o ouvinte. A ideia era não só regravar as músicas, mas dar uma nova cara para elas. O Ray tem um talento incrível para entender o que cada música pede, e nós trabalhamos juntos para que o foco fosse realmente na voz e na letra das músicas.
3. Você menciona que esse álbum é como um presente de Natal para os fãs do sertanejo. O que você espera que o público sinta ao ouvir essas reinterpretações?
Eu realmente vejo “Sertanejo da Fio” como um presente de Natal para os meus fãs, porque é uma forma de agradecer todo o carinho que recebo, especialmente em um momento tão simbólico do ano. Eu espero que, ao ouvir essas reinterpretações, o público sinta uma mistura de nostalgia e renovação. Quero que eles reconheçam a essência das músicas, mas, ao mesmo tempo, percebam o meu toque pessoal. Acho que, no fim, minha maior expectativa é que as pessoas sintam a sinceridade de cada interpretação, que elas vejam o quanto me entreguei a esse projeto, e que isso toque o coração de quem está ouvindo, seja no Natal ou em qualquer outra época do ano.
4. “Sertanejo da Fio” foi gravado de forma intimista no interior de São Paulo. Por que você escolheu esse cenário e como ele contribuiu para a atmosfera do projeto?
Escolhi o interior de São Paulo porque esse ambiente tem uma energia muito especial que combina perfeitamente com a proposta do álbum. O sertanejo é um gênero que nasceu e cresceu com as raízes do campo, da simplicidade e da natureza, então nada
mais natural do que buscar um lugar que tivesse essa vibe mais tranquila. O interior traz essa sensação de aconchego, de proximidade, e foi isso que eu queria para o projeto.
5. Com apenas 16 anos, você já se consolidou como uma das grandes promessas do sertanejo. Como foi conciliar essa responsabilidade com a produção desse novo álbum?
Conciliar essa responsabilidade com a produção do novo álbum foi um grande desafio, mas também foi muito motivador. Eu sabia que o “Sertanejo da Fio” era um projeto importante, não só por ser um álbum de releituras, mas porque ele representava um marco na minha carreira, um jeito de mostrar meu carinho pelo gênero e também minha identidade dentro dele. Então, acho que o segredo foi aprender a equilibrar tudo com muito foco, mas também se permitindo viver cada fase, cada conquista. Apesar da responsabilidade ser grande, estou fazendo tudo com muito amor e a sensação é que estou no caminho certo.
6. Seu primeiro grande projeto, “Meio Cidade, Meio Interior”, foi um enorme sucesso, com mais de 86 milhões de streams. Como você vê sua evolução desde esse lançamento até “Sertanejo da Fio”?
“Meio Cidade, Meio Interior” foi um marco muito importante para mim, sem dúvida! Lembro que quando lancei, estava muito nervosa e empolgada ao mesmo tempo, porque era meu primeiro projeto audiovisual, e eu queria que as pessoas vissem meu trabalho com o coração. Ver que o álbum foi tão bem recebido, somando mais de 86 milhões de streams, foi uma surpresa maravilhosa, algo que nunca imaginei alcançar tão rápido. Ele foi a base para muitas coisas que vieram depois. De lá pra cá, eu sinto que evoluí muito, tanto musicalmente quanto pessoalmente. Sinto que estou mais madura, com uma visão mais clara do que eu quero e de como posso levar a minha música mais longe.
7. Músicas como “Faz Um Favorzão” e “Namorando Sem Namorar” tiveram uma recepção incrível. Como você lida com a pressão de repetir ou superar esses sucessos?
A forma como eu lido com essa pressão é tentando focar no que realmente importa: a autenticidade. Eu não fico me comparando com os sucessos passados ou tentando repetir a fórmula que deu certo. O que eu busco é continuar sendo fiel ao meu estilo, à minha verdade e aos meus sentimentos. Se uma música tem sucesso, é porque ela foi verdadeira naquele momento, então acredito que, se eu continuar nesse caminho de fazer o que gosto e me entregar de coração, o sucesso vai acontecer naturalmente.
8. Quais são seus próximos passos na carreira após o lançamento de “Sertanejo da Fio”? Podemos esperar novas composições ou outros projetos para 2025?
Ah, depois de “Sertanejo da Fio”, posso dizer que o próximo capítulo da minha carreira vai ser bem empolgante, mas vou deixar um pouco de mistério no ar… O que posso garantir é que 2025 vai ser um ano cheio de novidades!
9. Você é paraguaia e traz um estilo único ao sertanejo brasileiro. Como sua origem influencia sua forma de interpretar o gênero?
Minha origem paraguaia tem uma grande influência na forma como interpreto o sertanejo, e isso traz algo único para o meu trabalho. Cresci ouvindo muitos estilos musicais, mas o sertanejo sempre foi um som presente na minha casa. No entanto, a minha cultura paraguaia também me trouxe um contato forte com a cúmbia, que é um ritmo muito popular no meu país e em outros territórios da América Latina. A cúmbia tem essa energia contagiante, dançante e cheia de melodia, e eu gosto de trazer essa mistura para a minha música. Isso traz uma sonoridade bem particular para o meu estilo.
10. Entre as 15 faixas do álbum, há alguma música ou medley que tenha um significado especial para você? Por quê?
Sim, cada faixa de “Sertanejo da Fio” tem um significado especial, porque cada uma delas foi escolhida com muito carinho. Mas se eu tivesse que destacar uma, eu diria que “Seu Astral / Mistérios”, porque eu simplesmente amo as músicas antigas do Jorge & Mateus.
11. Quais artistas ou momentos na sua vida foram os maiores responsáveis por despertar sua paixão pelo sertanejo?
Minha paixão pelo sertanejo começou lá na infância, em casa, graças à influência dos meus pais. Eles sempre ouviram muito sertanejo, então cresci em um ambiente onde a música fazia parte do dia a dia. Acho que esse foi o fator responsável pela minha paixão. Também fui influenciada por grandes artistas do gênero, como Marília Mendonça e, claro, meus padrinhos Fernando & Sorocaba.
12. Como você enxerga a importância de se conectar com o público jovem no cenário sertanejo?
Como eu também sou jovem, entendo bem a importância de me conectar com o público da minha idade. Acho que no sertanejo, essa interação com os jovens é fundamental, porque a música tem que acompanhar as nossas vivências e sentimentos, sabe? Eu tento trazer para as minhas canções algumas emoções que falem diretamente com o que a galera tá vivendo, mas também misturando um pouco de modernidade, para não ficar só no tradicional. O legal de ser jovem e estar nesse cenário é que podemos ajudar a renovar o sertanejo, sem perder a essência, é claro! A música se espalha muito rápido entre os jovens, então é legal poder ser essa ponte entre o sertanejo e as novas gerações.
13. Além de “Sertanejo da Fio”, o que você gostaria de dizer ou oferecer aos seus fãs neste fim de ano?
Para esse fim de ano, eu quero oferecer não só música, mas também momentos de alegria, leveza e diversão. Acho que a música tem esse poder, né? De fazer a gente se sentir mais perto, mais unido, e até de trazer esperança para o novo ciclo que está por vir. Então, além das canções de “Sertanejo da Fio”, espero que meus fãs sintam meu amor e gratidão por todo o apoio que recebo, e que o próximo ano seja repleto de novos sonhos e conquistas para todos nós. Quero continuar compartilhando minha jornada com eles, porque sem essa troca, eu não seria nada. É só o começo, e vem muita coisa boa por aí!