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Pinacoteca de São Paulo apresenta exposição de Renata Lucas - Marramaque

Pinacoteca de São Paulo apresenta exposição de Renata Lucas

Pinacoteca de São Paulo apresenta exposição de Renata Lucas

A Pinacoteca de São Paulo inaugura, em 9 de novembro de 2024, a exposição Renata Lucas: Domingo no Parque, que ficará aberta até 6 de abril de 2025. Esta mostra panorâmica revisita duas décadas de trabalho da artista, destacando intervenções urbanas e a relação com o espaço público. Sob a curadoria de Pollyana Quintella, a exposição une obras já conhecidas com novas versões e ações que se estendem além das galerias, ocupando o entorno do museu.

A exposição “Domingo no Parque”: Um encontro entre arte e cidade

Com curadoria de Pollyana Quintella, a exposição Domingo no Parque tem como fio condutor a música homônima de Gilberto Gil. A obra de Lucas explora questões sociais e urbanas, refletindo sobre a cidade e o comportamento humano. A artista utiliza sua radicalidade e interação com o espaço para desafiar as normas que organizam o ambiente urbano.

A arte de Renata Lucas no espaço público

Entre as principais ações externas da exposição está uma intervenção na fachada do museu com a frase “Amanhã não tem feira”, inspirada pela música de Gil. A obra pode ser lida na praça em frente ao edifício, sugerindo uma conexão entre o público e o ambiente urbano. A praça também recebe um corte circular de 6,4 metros, reinterpretando a roda-gigante mencionada na canção de Gil. Além disso, um carpete vermelho com intervenções no chão conecta o interior e exterior do museu, criando uma experiência sensorial única.

Obras interativas nas galerias expositivas

Dentro do museu, Renata Lucas apresenta obras como Falha (2003) e O Perde (2022). Em O Perde, a artista modifica uma mesa de sinuca para criar um fluxo invisível, onde as bolas desaparecem e reaparecem de maneira imprevisível. Em outra obra, [ ] (2014), painéis interativos fazem a música de Gilberto Gil ser tocada de maneira inesperada, refletindo sobre a relação entre o público e o espaço. A última galeria é dedicada à obra Falha, que permite ao público modificar o ambiente ao movimentar chapas de madeira que cobrem o piso.

Sobre Renata Lucas

Renata Lucas é uma artista visual paulista conhecida por suas intervenções temporárias que desafiam as estruturas urbanas e arquitetônicas. Ao longo de sua carreira, a artista tem explorado a maneira como os espaços urbanos determinam o comportamento social, criando novas perspectivas a partir da ruptura de padrões.

Serviço

  • Exposição: Renata Lucas: Domingo no Parque
  • Data: 09.11.2024 a 06.04.2025
  • Local: Pinacoteca Estação (4º andar)
  • Horário: De quarta a segunda, das 10h às 18h (entrada até 17h)
  • Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada). Gratuito aos sábados.

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MAM São Paulo inaugura 38º Panorama da Arte Brasileira
Ele se chama Bilibeu. Ou Santo Bilibeu, ou ainda Bilibreu. Esculpido em madeira e retinto como o breu, o santo é festejado todos os anos, na Baixada Maranhense, entre as cidades de Viana, Matinha e Penalva. As pessoas que o cultuam foram por décadas chamadas de ‘caboclos’ e apontadas pejorativemente como ‘os índios’. Foi em novembro 2014 que “os índios” passaram a reivindicar perante o Estado e a sociedade envolvente uma identidade indígena específica (não mais genérica). Os Akroá Gamella sempre esteveram ali, demarcando suas terras com os pés, como eles mesmo dizem, e utlizando os recursos naturais, sob regras específicas, com o intuito de preservar a natureza e manter a sua subsistência físisca e simblólica. Foi em segredo mantiveram vivos Entidades que sobreviveram à censura identitária e ao racismo. Bilibeu foi um deles, o mais conhecido de todo os Encantados locais. São Bilibeu perseverou ao silenciamento e permaneceu preservado publicamente porque ficou mimetizado dentro das comemorações do carnaval. Nesse período em que “tudo pode”, Bilibeu pode existir e sair às ruas num festejo que dura 4 dias, no qual dezenas de crianças e adultos pintados de carvão, marcham durante dez ou doze horas, incorporando os ‘cachorros de Bilibeu’ que, de casa em casa, de aldeia em aldeia, caçam. A matilha de cachorros e cachorras, sob orientação de um chefe, o ‘gato maracajá’, caçam comida e bebida para oferecer ao santo que em um determinando momento do ritual morre, é enterrado, sob o choro de mulheres, e renasce na manhã seguinte para continuar dando fartura e fertilidade ao povo Akroá Gamella. Se antes, era celebrado no carnaval, hoje o povo Akroá Gamella, escolheu outra data para o ritual. O dia 30 de abril é, desde de 2019, a data em que Bilibeu é cultuado. Bilibeu definitivamente não é uma festa, é um rito. Um rito que agora marca um evento de muita dor, tristeza e revolta. Pois foi nesse dia, no ano de 2017, que