Entrevista: Ávine Vinny, cantor e compositor 

Entrevista: Ávine Vinny, cantor e compositor 

1) O Quebra-Cabeça Deluxe traz a inédita “171” em parceria com o grupo Dí Propósito. Como surgiu essa colaboração e de que forma a faixa dialoga com o restante do álbum? 

AV: Essa ideia já vinha rondando há um tempo. Eu sempre admirei o jeito do Dí Propósito de fazer música, porque eles conseguem ser modernos sem perder a essência do pagode. Quando surgiu a oportunidade, pensamos: ‘por que não juntar essa energia com o forró?’. Assim nasceu “171”, que tem uma pegada mais ousada, mas ainda conversa com a proposta do Quebra-Cabeça, que é justamente juntar peças diferentes pra formar um todo. 

2) Essa mistura de pagode com forró mostra sua versatilidade musical. Como você enxerga a importância de explorar novos gêneros dentro da sua trajetória no forronejo? 

AV: Eu acho fundamental. O forró é minha paixão, é o que me trouxe até aqui, mas sempre vi a música como um território livre. Quando você se abre pra dialogar com outros gêneros, não perde sua identidade, muito pelo contrário. Essa mistura é uma forma de mostrar que dá pra honrar o forró e ao mesmo tempo abrir caminho pra novas sonoridades e possibilidades. 

3) O clipe de “171” chega junto com a música. O que os fãs podem esperar dessa produção audiovisual e como foi a gravação ao lado do Dí Propósito? 

AV: O clima foi de resenha total. A gente brincou, riu, improvisou muita coisa que acabou indo pro clipe, porque tinha verdade. Não foi nada engessado. O resultado traduz essa leveza, é um clipe divertido, cheio de energia e com aquela sensação boa de estar entre amigos. 

4) O álbum original já foi muito bem recebido. O que motivou a ideia de lançar uma versão deluxe e quais novidades os fãs podem esperar nessa expansão? 

AV: O Quebra-Cabeça é um projeto muito especial pra mim e senti que ainda tinha peças pra completar. O Deluxe vem justamente pra dar continuidade a essa história, com uma música inédita e uma nova colaboração. É como se fosse uma segunda camada da obra que tá mostrando ainda mais do que eu queria passar. 

5) Em suas palavras, cada música é uma “peça de um quebra-cabeça”. Hoje, com as faixas extras, como você enxerga esse projeto no todo? 

AV: Agora ele tá ainda mais completo, né? (risos) Cada faixa representa um sentimento, uma fase, e juntas elas mostram tudo o que esse projeto representa. 

6) As parcerias com artistas como Henry Freitas, Raphaela Santos, Grego, Kaká e Pedrinho enriquecem o disco. Como foi o processo de escolha desses nomes?

AV: Eu busquei artistas que admiro e que trazem uma verdade musical própria. São pessoas que somam, que entregam emoção. Cada um trouxe sua verdade e isso deixou o álbum ainda mais forte. 

7) O projeto audiovisual foi gravado em Recife, cidade de forte tradição musical. Qual foi a importância desse cenário para o resultado do trabalho? 

AV: Recife respira música! Estar ali gravando foi uma forma de sentir essa energia e colocar isso dentro do projeto. O público de lá é caloroso demais, não tenho dúvidas que isso influenciou diretamente no clima e no resultado das gravações. 

8) Você sempre busca equilibrar sofrência, romantismo e batidas dançantes. Como encontra esse ponto entre agradar quem quer dançar e quem quer se emocionar? 

AV: Eu vivo isso no dia a dia. Tem hora que a gente quer estar na festa, dançar até o chão, e tem hora que precisa de uma música pra curar uma dor ou lembrar alguém. Tento traduzir esses dois lados porque comigo também é assim. No fim, acho que o público se conecta porque enxerga a própria vida nesse equilíbrio. 

9) Desde o sucesso de “Coração Cachorro”, você se consolidou nacionalmente. O que mudou na sua carreira e na sua forma de compor após esse hit? 

AV: “Coração Cachorro” foi um divisor de águas. Abriu portas que eu jamais imaginei e me colocou diante de um público gigantesco. Depois desse hit, passei a olhar minhas músicas não só pelo lado artístico, mas também pelo impacto que elas podem ter. Aprendi a pensar no alcance digital, em como uma canção pode viralizar, mas sem perder minha essência, que é emoção, verdade e isso de ter conexão com o público que me acompanha. 

10) Em 2023, você lançou o DVD Ao Vivo em Sobral, homenageando sua cidade natal. Qual a importância de manter esse vínculo com suas raízes mesmo explorando novas sonoridades? 

AV: Sobral é minha base, minha história. Voltar lá e gravar foi um sonho realizado. Eu posso cantar em qualquer lugar do Brasil, mas é importante mostrar de onde vim, minhas raízes vão sempre me acompanhar. 

11) O Quebra-Cabeça Deluxe chega em um momento de consolidação do seu trabalho. Qual a mensagem que você espera transmitir com esse projeto para o público e para o cenário do forró/pagode no Brasil? 

Ávine: Quero mostrar que a música é união, a música não precisa de barreiras. O Deluxe vem pra reforçar a ideia de que o forró pode conversar com o pagode, com o sertanejo, com qualquer estilo. O importante é emocionar, se divertir e se conectar com as pessoas. 

12) Quais são seus próximos passos após esse lançamento? Já podemos esperar novos singles, turnê ou outro projeto audiovisual em 2025? 

AV: Tenho muitos planos em andamento. Quero lançar novas músicas, vem também novos shows e turnês, o público pode ter certeza que vem muitas surpresas boas pela frente, tô me dedicando para isso.

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