“Proncovô” vence duas categorias no Prêmio Cenym 2025

O espetáculo “Proncovô” foi um dos grandes destaques do Prêmio Cenym 2025, conquistando os troféus de Melhor Trilha Sonora e Melhor Qualidade Artística. A premiação, considerada o “Oscar do teatro brasileiro”, reconhece anualmente projetos de excelência nas artes cênicas. A vitória reforça a potência artística da obra protagonizada pelos multiartistas Laura de Castro e Zé Motta.

Reconhecimento no Prêmio Cenym 2025 destaca força criativa

A cerimônia aconteceu em Aracaju, no Sergipe, no domingo (23). Organizado pela Academia de Artes no Teatro do Brasil (ATEB), o prêmio avalia mais de 30 categorias, abrangendo áreas artísticas e técnicas. Desde 2007, o Cenym tem alcance nacional e reúne profissionais de todo o país.

Para Laura de Castro, a conquista celebra o conjunto de forças que move o espetáculo:
“Proncovô é resultado de um trabalho coletivo. Receber estes prêmios é motivo de muita alegria, porque valorizam todo o esforço de todos que construíram essa montagem”, afirma a artista.

Além das premiações, a trilha sonora recebeu destaque adicional: ela virou um álbum disponível no YouTube, reunindo nomes como Eduardo Moreira, Sérgio Pererê, Elisa de Sena, Mestre Negoativo e Everton Coroné.

Espetáculo segue em circulação e anuncia nova temporada

Com mais de 30 cidades visitadas nos últimos dois anos, “Proncovô” mantém sua rota itinerante. A próxima temporada será em Belo Horizonte, de 30/01 a 01/02/2026, no Teatro Marília, dentro da Campanha de Popularização do Teatro e da Dança de Minas Gerais.

A proposta artística de “Proncovô”

“Proncovô” é um espetáculo poético-musical que celebra a arte do caminhar e a tradição do artista viajante. A montagem honra o espírito nômade do artista que percorre caminhos para encontrar seu público.
Laura de Castro e Zé Motta se apresentam como trovadores contemporâneos. Em cena, cantam, tocam e recitam poemas entrelaçados em uma dramaturgia que celebra a cultura brincante brasileira. A trilha autoral se mistura a clássicos populares, criando uma experiência afetiva e coletiva.

O texto de Eduardo Moreira, diretor e dramaturgo, foi costurado com referências dos livros A História do Caminhar, de Rebecca Solnit, e Caminhar, Uma Filosofia, de Frédéric Gros. Poemas de Drummond, Fernando Pessoa, Paulo Leminski e Antônio Machado também integram a obra.

A direção musical de Sérgio Pererê foi essencial para unir cena e música em um resultado sensível e vibrante.