Arthur O Urso critica reality Terceira Metade e diz que “poliamor não cabe dentro de um programa de TV”

O reality Terceira Metade, do Globoplay, que busca formar “trisais” em confinamento, vem gerando debate sobre relacionamentos múltiplos. Conduzido por Deborah Secco e com participação da psicanalista Regina Navarro Lins, o programa reúne casais e solteiros em busca de uma terceira pessoa para uma relação a três.
Para o influenciador Arthur O Urso, 40 anos, conhecido por ter vivido simbolicamente casado com nove mulheres e se tornar referência no poliamor, o formato televisivo não consegue retratar de forma realista esse tipo de relacionamento.
“Poliamor é muito mais do que química instantânea”
Arthur afirma que o cronograma acelerado do reality impossibilita a criação de vínculos profundos:
“No reality, tudo acontece em semanas. É sedução, afinidade imediata e, muitas vezes, química sexual. Mas o poliamor vai muito além disso: é sobre convivência, gestão de sentimentos, acordos claros e construção de vínculos ao longo do tempo.”
O influenciador alerta para o risco de reforçar estereótipos, associando poliamor apenas a relações sexuais. “Na verdade, é sobre intimidade, cuidado mútuo e liberdade com responsabilidade. Reduzir isso a encontros casuais distorce o conceito.”
Realidade x entretenimento
Para Arthur, encontrar a “terceira pessoa” certa exige compatibilidade emocional e logística, algo que vai muito além das provas e dinâmicas de eliminação de um reality. Ele reconhece que Terceira Metade ajuda a colocar o tema na mídia, mas acredita que é preciso ir além para mostrar a essência do poliamor.
“Se o programa despertar curiosidade e levar as pessoas a pesquisarem mais sobre o tema, já é um passo. Mas é preciso ultrapassar a edição e o roteiro para mostrar o que o poliamor realmente significa.”