Pinacoteca de São Paulo apresenta mostra retrospectiva de Montez Magno

Exposição reúne mais de 80 trabalhos do artista pernambucano, destacando sua ficção visionária

A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, apresenta Montez Magno: Algúria. A mostra retrospectiva do artista pernambucano ocupa o 2º andar da Pinacoteca Luz e tem curadoria de Clarissa Diniz, uma das principais pesquisadoras da obra de Montez.

A mostra reúne um conjunto de mais de 80 trabalhos que destacam a ficção visionária do artista, cujos exercício de imaginação remetem a campos diversos, como o urbanismo, a paisagem e a música.

Montez Magno usou de toda sua engenhosidade para criar a partir da poesia, da pintura e da escultura. Em mais de 70 anos de produção, o artista lançou mão dessas múltiplas linguagens, passando por investigações iniciais no campo da abstração e por experimentações com objetos, poesia visual, projetos arquitetônicos, entre outros.

Na Pinacoteca, essas narrativas visionárias podem ser vistas em trabalhos como Cidade Cúbica II (c. 1970) e Um lance de dados (1973).

“A exposição toma de empréstimo o título de um conto escrito por Montez em 1975, no qual o autor narra sua visita a Algúria, um país quadrimensional situado no deserto do Saara. Central em sua obra, o conto soma-se a inúmeros outros gestos de ficcionalização não somente de “outros mundos”, mas fundamentalmente um exercício de reimaginação do mundo em que vivemos, dos mundos onde nos encontramos. A esses exercícios, Magno deu o nome de “arte visionária” ou “arte prospectiva”. Como escreveu num texto de 1977, para Montez, “conceber o inconcebível é uma das tarefas do artista. Se isso acontecer, iremos ‘ver’ o invisível e, quem sabe, vivenciar o inexistente”. A exposição reúne, portanto, um conjunto de obras que nos levam a percorrer alguns dos caminhos visionários de sua extensa obra”, afirma a curadora Clarissa Diniz.

A exposição está dividida em três núcleos:

  • Arquiteturas visionárias e museus imaginários: neste núcleo, o público poderá ver trabalhos como Cidade esférica (1998), Cidades Visionárias (1972) e o MM Museu Mausoléu (1969).
  • Paisagens imaginárias: nesta sala, o público poderá ver trabalhos como Ar de Olinda (1972), Reductio (1971) e Sertão (1989).
  • Partituras reimaginadas: nesta sala, o público poderá ver trabalhos como Notassons (1970 – 1992), Um lance de dados não abolirá jamais o acaso (1973) e Maquete (1968).

A exposição Montez Magno: Algúria tem patrocínio de Pirelli, na cota Bronze.

Serviço:

  • Montez Magno: Algúria
  • Período: 21.10.2023 a 03.03.2024
  • Curadoria: Clarissa Diniz
  • Pinacoteca Luz (2º andar)
  • De quarta a segunda, das 10h às 18h (entrada até 17h)
  • Gratuitos aos sábados – R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada), ingresso único com acesso aos três edifícios – válido somente para o dia marcado no ingresso
  • Quintas-feiras com horário estendido B3 na Pina Luz, das 10h às 20h (gratuito a partir das 18h)