Pedro Iaco lança ‘Sangria’: renascimento, ancestralidade e liberdade

Pedro Iaco apresenta ‘Sangria’, disco sobre vida, morte e renascimento
O artista paulistano Pedro Iaco lançou em 25 de junho seu novo disco, Sangria, uma obra visceral que explora temas como renascimento, caos e transcendência. Com participações especiais de Hansi Kürsch e Marcus Siepen (Blind Guardian), Ensemble SP, Elodie Bouny, entre outros, o álbum propõe uma jornada emocional e espiritual, refletindo o momento pós-pandemia.
O impulso criativo e a estrutura narrativa do álbum
Inspirado pelo “fim do mundo” conhecido até então, Pedro Iaco constrói Sangria como uma travessia sem início ou fim, unificando diferentes paisagens sonoras. O disco começa com a faixa-título, que simboliza o desencarne carnal e termina com o “Vôo do Espírito Livre”, um renascimento para além da vida.
“Sangria”: manifesto e sonho de um Brasil renascido
A música “Sangria” é um hino de esperança, homenageando vítimas da pandemia e visualizando um Brasil descolonizado e renovado pela lei da natureza. Pedro Iaco sonha com a fundação de um novo território, livre das amarras históricas, uma verdadeira reencarnação do país.
Colaborações e a união de universos musicais
Trabalhar com artistas de estilos diversos foi, para Pedro, visitar diferentes planetas do mesmo universo. O que uniu os músicos foi o amor à verdade, à arte e à vida, criando uma máquina do tempo sonora que vai da pré-história ao futuro pós-humano.
Reflexões na escuridão: “Valsa do Apocalipse” e “Moonvow”
Composta como uma conjunção de luz e sombra, o disco usa momentos sombrios para provocar reflexões profundas. “Moonvow” evoca uma floresta noturna repleta de mistérios, enquanto “Valsa do Apocalipse” funciona como um réquiem que sintetiza a história da humanidade, entre ancestralidade africana e erudição europeia.
Sinestesia e ancestralidade na criação musical
Pedro Iaco sente cores ao cantar, o que guia a escolha de notas e arranjos, tornando a música um fenômeno visual. O álbum também reforça a importância da descolonização cultural e a reconciliação com a ancestralidade indígena, questionando o conceito de Brasil e abrindo caminho para uma experiência sacro-profana.
Parceria com Elodie Bouny e o impacto da pandemia
A colaboração com Elodie Bouny foi descrita como orgânica e vanguardista, impulsionando as músicas a novos limites. A pandemia reforçou a visão de Pedro sobre a música como medicina e fenômeno espiritual, ressaltando a necessidade de um propósito revolucionário e verdadeiro na arte.
Um grito de liberdade e esperança
Para Pedro Iaco, Sangria é um grito de liberdade e um convite a sonhar com a realidade coroada. O álbum representa uma transformação necessária para a humanidade, enfatizando a música como força curadora e instrumento para a saúde pública e consciência coletiva.