OSESP E SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA CELEBRAM COMPOSITOR HEITOR VILLA-LOBOS NA SALA SÃO PAULO
Entre 15 e 18/set, Orquestra divide palco com bailarinos da São Paulo Cia. de Dança; apresentação conta com estreia mundial de coreografia criada por Juliano Nunes; obras de Villa-Lobos são as grandes estrelas do programa.
Bailarinos da São Paulo Cia. de Dança e músicos da Osesp (Foto: Rodrigo Rosenthal)
Entre os dias 15 a 18/set, a Sala São Paulo terá seu palco transformado para receber o já tradicional programa que funde a música clássica com o balé, desta vez em espetáculo que celebra os 100 anos da Semana de Arte Moderna e, especialmente, o seu maior expoente musical, Heitor Villa-Lobos. Nesta semana, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, regida por Roberto Tibiriçá, recebe a São Paulo Companhia de Dança no espetáculo Noite Villa-Lobos, que será inteiramente dedicado ao mais modernista dos compositores brasileiros.
Na apresentação serão mostradas duas coreografias: o destaque fica por conta da estreia mundial de Cartas do Brasil, primeira criação do coreógrafo Juliano Nunes para uma companhia brasileira de dança, que tem como trilha sonora a Bachianas Brasileiras nº 8. “Essa obra é um pouco do Brasil que existe em mim. É o lugar onde o gesto de um afeta o gesto do outro e, embora tudo passe muito rápido, todos estão conectados como uma revoada de pássaros”, explica Nunes. Na coreografia, cada bailarino escreve com o corpo um diálogo contínuo que traduz a urgência de se estar vivo, remetendo ao universo dos pássaros e da floresta presentes nessa peça de Villa-Lobos.
Também movimenta o palco a coreografia Di, de Miriam Druwe, em um mergulho nas cores, texturas, sensações e imagens que povoam o universo do pintor Di Cavalcanti, ao som de Choros nº 6. Entre as duas obras coreografadas, serão tocadas mais duas peças de Villa-Lobos sem a presença de bailarinos: Choros nº 4, interpretada por Luiz Garcia, José Costa Filho e Luciano Amaral nas trompas, e Darrin Coleman Milling no trombone baixo, e Choros nº 5 – Alma Brasileira, executada pela pianista Olga Kopylova. A apresentação de sexta-feira (16/set), às 20h30, será transmitida ao vivo pelo canal da Osesp no YouTube, e será reprisada no domingo (18/set), às 18h – a gravação não ficará disponível no YouTube posteriormente.
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
Criada em 1954, é uma das mais importantes orquestras da América Latina; desde 1999, tem a Sala São Paulo como sede. O suíço Thierry Fischer é seu Diretor Musical e Regente Titular desde 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, pela norte-americana Marin Alsop, que agora é Regente de Honra. Em 2016, a Osesp esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê pela China. No mesmo ano, estreou projeto em parceria com o Carnegie Hall, com a Nona Sinfonia de Beethoven cantada ineditamente em português. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Prêmio da Música Brasileira.
Roberto Tibiriçá
Foi discípulo do maestro Eleazar de Carvalho, com quem trabalhou durante 18 anos. Ocupou o cargo de Regente Assistente no Teatro Nacional de São Carlos (Portugal) e foi Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Sinfônica Brasileira (1994) e da Orquestra Petrobras Sinfônica (2000-4). Entre 2005 e 2011, foi Diretor Artístico da Sinfônica Heliópolis (Instituto Baccarelli). De 2010-3, assumiu a Sinfônica de Minas Gerais como Regente Titular, cargo que também exerceu na Sinfônica de Campinas, na Filarmônica de São Bernardo do Campo e na Sinfônica do Sodre (Uruguai). Ocupa a Cadeira nº 5 da Academia Brasileira de Música e é Membro Honorário da Academia Nacional de Música. Em 2020, regeu a Osesp na estreia
mundial de Cartas Portuguesas, de João Guilherme Ripper, e gravou com a Orquestra para o selo Naxos obras de Camargo Guarnieri. Esta é a terceira vez que ele rege a Osesp neste projeto em parceria com a São Paulo Cia. de Dança.
São Paulo Companhia de Dança
Criada em janeiro de 2008, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) é uma companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas, especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho. A SPCD apresenta espetáculos no estado de São Paulo, no Brasil e no exterior e é hoje considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada, tendo recebido cerca de 40 premiações e indicações nacionais e internacionais. Desde sua criação, já foi assistida por um público superior a 900 mil pessoas em 18 diferentes países, passando por cerca de 150 cidades em mais de 1.100 apresentações e acumulando mais de 40 prêmios nacionais e internacionais. Por meio do selo #SPCDdigital, criado em 2020, realizou mais de 40 espetáculos virtuais e transmissões de apresentações que somam quase um milhão visualizações. Além da Difusão e Circulação de Espetáculos, a SPCD tem mais duas vertentes de ação: os Programas Educativos e de Sensibilização de Plateia e Registro e Memória da Dança.
Juliano Nunes
Juliano Nunes é brasileiro, nascido no Rio de Janeiro. Sua formação se deu no Conservatório Brasileiro de Dança, no Brasil, e Universidade de Música e Artes Cênicas, de Mannheim, na Alemanha. Estagiou no Ballet Karlsruhe e como bailarino integrou importantes companhias como o Ballett Hagen, a Gauthier Dance, o Leipzig Ballet e o Royal Ballet Flanders. Trabalhou com Akram Kahn, Ohad Naharin, Merce Cunningham, William Forsythe, Christopher Wheeldon, Jírí Kylián, Jonah Bokaer, Annabelle Lopez Ochoa, Hans van Manen, Yury Grigorovich, entre outros. Tem coreografado para as mais importantes companhias de dança do mundo, como Royal Ballet of Flanders, Nederlands Dans Theatre 2, Mariinsky Theatre, Zurich Ballet, Carlos Acosta – Acosta Danza, Pennsylvania Ballet, Atlanta Ballet. Este ano, convite de Inês Bogéa, criou sua primeira obra para uma companhia no país, “Cartas do Brasil’, feita especialmente para a São Paulo Companhia de Dança.
Miriam Druwe
Bailarina, coreógrafa, professora e intérprete-criadora, integrou elencos de várias companhias profissionais como Cisne Negro Cia. De Dança, República da Dança e Balé da Cidade de São Paulo. É coreógrafa e diretora da premiada Cia. Druw (SP), na qual estabeleceu uma produtiva carreira com espetáculos destinados a públicos jovens e infantis e criações abertas a todas as plateias, como Lúdico, Vila Tarsila, Girassóis e Poetas da Cor. Graduada em Artes Visuais, é educadora por opção e talento.
Noite Villa-Lobos tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale e da Klabin e o copatrocínio da Usiminas e do Julius Baer. Realização: Fundação Osesp, Lei Federal de Incentivo à Cultura, Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo.
PROGRAMA E SERVIÇOS
OSESP E SÃO PAULO CIA. DE DANÇA: NOITE VILLA-LOBOS
15 de setembro, quinta-feira, às 20h30
16 de setembro, sexta-feira, às 20h30 – Concerto Digital
17 de setembro, sábado, às 16h30
18 de setembro, domingo, às 18h00 – Reprise do Concerto Digital
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — OSESP
ROBERTO TIBIRIÇÁ regente
SÃO PAULO CIA. DE DANÇA
Heitor VILLA-LOBOS*
Bachianas Brasileiras nº 8 [Coreografia de Juliano Nunes]
Choros nº 4
Choros nº 5 – Alma Brasileira
Choros nº 6 [Coreografia de Miriam Druwe]
*Luiz Garcia, José Costa Filho, Luciano Amaral (trompas) e Darrin Coleman Milling (trombone baixo) interpretam o Choros nº 4. A pianista Olga Kopylova interpreta o Choros nº 5.
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 7 anos
Ingressos: de R$ 50,00 a R$ 230,00
Bilheteria (INTI): Neste link
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.
Estacionamento: R$ 28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$ 16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para portadores de necessidades especiais; 33 para idosos.