ORQUESTRA OURO PRETO ENCERRA TEMPORADA DE APRESENTAÇÕES EM GRANDE ESTILO

ORQUESTRA OURO PRETO ENCERRA TEMPORADA DE APRESENTAÇÕES EM GRANDE ESTILO

Formação mineira apresenta sua versão para a obra-prima “O Auto da Compadecida” nos dias 9 e 10 de dezembro no Palácio das Artes e, no dia 11, dedica repertório aos sucessos do A-Ha no Grande Teatro do Sesc Palladium

Não é por acaso que a Orquestra Ouro Preto tem como algumas de suas mais importantes marcas a excelência e a versatilidade. Essa capacidade de reinventar-se a cada projeto, oferecendo ao público uma visão cada vez mais ousada das possibilidades infinitas da música de concerto, será elevada à sua máxima potência no encerramento da temporada 2022 da formação mineira em Belo Horizonte, indo da ópera ao pop em menos de 24 horas.

Nos dias 9 e 10 de dezembro, às 21h, o Palácio das Artes terá casa cheia para receber a versão sem precedentes para a obra-prima de Ariano Suassuna, “Auto da Compadecida, a Ópera”. A montagem desembarca na capital mineira após apresentações de grande sucesso de público e crítica em São Paulo e Rio de Janeiro. A plateia belo-horizontina esgotou os ingressos semanas antes das récitas, comprovando mais uma vez a potência da união entre a música de concerto e a cultura popular.

E não foi apenas a história de João Grilo e Chicó que garantiu a adesão imediata do público belo-horizontino. Com ingressos esgotados em menos de 48 horas, a Orquestra sobe ao palco do Sesc Palladium no dia 11 de dezembro, às 11h, para enaltecer os sucessos da banda norueguesa A-Ha.

A estreia, em formato virtual em maio de 2021, foi sucesso absoluto e ficou marcada na história da Orquestra. A repercussão alcançou fã-clubes do mundo todo e até os integrantes da banda. O tecladista Magne Furuholmen, fundador do A-Ha, postou em sua conta do Instagram elogios à apresentação que já soma quase 190 mil visualizações no YouTube.

Os dois projetos que serão apresentados neste fim de semana em Belo Horizonte encerram com chave de ouro uma temporada marcada por grandes parcerias com artistas das mais variadas vertentes da música brasileira, turnês por todas as regiões do país e números que comprovam a relevância da formação mineira no cenário nacional.

“Apresentar a música de concerto para todos os públicos, quebrando barreiras e extrapolando convenções é nossa sina. Confio plenamente nas infinitas possibilidades da música de concerto e tenho absoluta certeza que, para cada desafio, ela desfila inúmeras possibilidades. Essas soluções, baseadas em excelência técnica e versatilidade criativa, acabam por encantar diferentes plateias, nos presenteando com teatros cheios e palmas carinhosas a cada concerto”, afirma o diretor artístico e regente titular, Maestro Rodrigo Toffolo.

ÓPERA COM DNA BRASILEIRO

Com patrocínio do Instituto Cultural Vale, o “Auto da Compadecida, a Ópera” é mais um passo decisivo da formação mineira na proposição de novos repertórios. A história de Chicó e João Grilo reúne no palco uma verdadeira constelação para apresentar “uma ópera buffa brasileira em dois atos”. A música é original e traz a assinatura de Tim Rescala.  O compositor assina o libreto junto com o maestro Rodrigo Toffolo, regente titular da Orquestra e responsável pela concepção e direção musical do espetáculo.

Essa é a terceira incursão da Orquestra no universo operístico e pode ser considerada um marco na maturidade da formação mineira que agora, com 22 anos de trajetória, propõe um projeto ainda mais ousado rumo a uma linguagem brasileira e popular.

“Quando se pensa na ópera brasileira, em libretos, em histórias, ‘O Auto da Compadecida’ tem um gosto todo especial, não só pela escrita de Suassuna, não só pelo sucesso que a peça e o filme fizeram com o público brasileiro, mas pelos ingredientes que essa obra prima da literatura brasileira inspira para uma grande ópera. Estamos felizes por tentar algo novo, com DNA brasileiro. São quase dois anos de pré-projeto para trazer uma proposta para a linguagem da música de concerto”, completa o maestro.  

O diálogo direto com o público, um dos pilares da produção da Orquestra, está garantido nessa ópera buffa que traz a comédia como elemento principal de sua linguagem. Para cumprir essa missão, formou-se um grande elenco em cena e nos bastidores da montagem. A direção de cena é assinada por Chico Pelúcio. No palco, grandes nomes do canto lírico brasileiro – Fernando Portari, Marília Vargas, Marcelo Coutinho, Carla Rizzi, Jabez Lima e Rafael Siano, além de um trio de atores escolhidos para dar voz e corpo ao clássico da literatura brasileira – Glicério do Rosário, Claudio Dias e Maurício Tizumba.

Para abrilhantar ainda mais a produção, trazendo para o palco as raízes da obra de Ariano, o espetáculo conta com figurinos desenhados por Manuel Dantas Suassuna, artista plástico de renome e filho do escritor. Essa parceria traz ainda um maior enraizamento à montagem, agregando o olhar e a criação de quem nasceu, viveu, conhece e reconhece este universo como poucos. 

Em sua terceira parceria com a Orquestra Ouro Preto, Tim Rescala, que assina a música original, ressalta dois desafios: o primeiro seria se manter fiel ao eixo principal da obra, seu esqueleto, sua estrutura básica, sem corrompê-la. O segundo seria, ao mesmo tempo, gerar algo novo. Para ele “a melhor forma de se reverenciar um clássico não é sendo conservador, mas sim sendo livre, transformando aquilo que foi criado em uma outra coisa. Por isso que a gente chama a montagem de ópera buffa brasileira: ela procura ser popular, ter contato direto com a plateia, mas criando algo diferente. A gente espera ter encontrado esse novo formato”, adianta o compositor.

FENÔMENO DOS ANOS 80

Um grande sucesso da Orquestra Ouro Preto tem novo encontro marcado com o público de BH. O concerto dedicado ao A-Ha, grupo que marcou toda uma geração nos anos 1980, terá única apresentação, no dia 11 de dezembro, às 11h, no Sesc Palladium, pela série Domingos Clássicos.  Sob a regência do Maestro Rodrigo Toffolo, maestro titular e diretor artístico da Orquestra, e arranjos de Fred Natalino, o repertório é inspirado no álbum “On Tour in Brasil”, lançado pela banda em 1989 e que carrega clássicos como “Take On Me”, “Hunting High and Low”, “Crying in the rain” e muitos outros.

“O A-Ha marcou a história de uma geração que curtiu a vida a todo o vapor, sem telefone celular, sem redes sociais, mas com muita música, cores, personalidade e estilo. Além disso, a banda é de uma qualidade musical incrível, que acredito ser pouco explorada, já que muitos limitam o grupo a uma banda pop radiofônica”, destaca Rodrigo Toffolo.

Com 39 anos de estrada, o A-Ha ainda arrasta multidões de fãs por onde passa e segue com a formação original: o vocalista Morten Harket, o guitarrista Paul Waaktaar-Savoy e o tecladista Magne Furuholmen. O trio tem 30 CDs e DVDs lançados e hits que marcaram a trilha sonora da vida de muita gente.

Diante da excelência e da versatilidade dessa união entre a música de concerto e o pop experimental da banda norueguesa e de toda repercussão junto aos fãs de ambas as formações, fazia-se quase obrigatório perpetuar esse acontecimento com um registro que pudesse alcançar ainda mais pessoas.

A temporada 2022 da série “Domingos Clássicos” no Sesc Palladium se encerra com essa apresentação tão esperada. Ela prevê uma agenda de concertos mensais no Grande Teatro, em Belo Horizonte (MG) e é fruto da parceria entre Orquestra Ouro Preto e o Sesc-MG para formação de novos públicos e democratização da música de concerto.

SERVIÇO

Orquestra Ouro Preto em “Auto da Compadecida, a Ópera”

Data: 9 e 10 de dezembro de 2022

Horário: 21 horas

Local:  Grande Teatro do Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1.537, centro).

Orquestra Ouro Preto em “A-Ha”

Data:  11 de dezembro de 2022

Horário: 11 horas

Local:  Grande Teatro do Sesc Palladium (rua Rio de Janeiro, 1.046, centro).

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