Obra nacional retrata como seria um mundo regido por um sistema econômico destituído de influência política 

Obra nacional retrata como seria um mundo regido por um sistema econômico destituído de influência política 

Na distopia ‘Torre Global’, do escritor e empresário Roberto C. Verás J , um sultão cria um sistema que em poucos anos atinge escala global e altera o poder de influência do Estado e, também, do mercado. 

O mundo onde o poder de controle social reside em um único ambiente. Seria isso possível? Para um sultão do Oriente Médio a resposta é afirmativa. A série de cinco livros, gênero sci-fi, ‘Torre Global’ (Editora Pandorga), escrita por Roberto C. Veras J., conta a história de um magnata que desenvolve um sistema econômico que muda a dinâmica sociopolítica do mundo. 

“Com inteligência artificial, algo que não é nem liberalismo, nem comunismo, poderá ser instaurado. 

Um terceiro caminho, e que bebe de ambas as fontes. Fará tanto países comunistas chamarem-nos de ameaça capitalista, como países liberais pensarem que se trata de uma conspiração marxista. 

Isto, meu caro, é o virtualismo”, explica o Sultão para Snemed, este último o protagonista do primeiro livro da série. 

Diante desta concepção, e da intensa polarização em que hoje vivemos, o autor e diretor de sustentabilidade da ComBio, imbui seu personagem de resolver o equilíbrio filosófico entre liberdade e igualdade. “Segundo o Sultão, hoje é possível colocar no comando de um Estado centralizador algoritmos no lugar de homens. Para ele, é tudo uma questão de processamento de dados. E as ferramentas que ele dispõe, que são frias, matemáticas, imparciais e, acima de tudo, eficientes, cumprem a distribuição de renda justa que os socialistas idealizaram”, comenta o autor. 

Com este objetivo, o magnata funda Fajar, um país no deserto de Omã, onde constrói a Torre Global, para que ela seja a hospedeira do virtualismo, e que por estar politicamente isolada do restante do mundo, garantirá que não haja contaminação pelo sistema vigente. Entretanto, além deste papel, a Torre Global foi arquitetada para cumprir outro objetivo na estratégia do Sultão. Com atrações extraordinárias, vira um ímã de milionários do mundo inteiro, que, seduzidos pelo que ela oferece, vão a Fajar e gastam descontroladamente suas fortunas, sem nada que os faça parar. 

Sugando esse dinheiro e pulverizando-o no virtualismo, um processo de desconcentração de renda muda a lógica econômica mundial. No entanto, o que o mundo não contava é que a inteligência artificial criada pelo Sultão pudesse ser tão sorrateira, tão invisível, que penetraria profundamente a vida

das pessoas e se tornaria a mais eficiente ferramenta de controle social já criada pela humanidade. 

Como seria um mundo onde empresas de tecnologia se tornam tão poderosas, tão pulverizadas e com tanto controle social, a ponto de empreenderem algo como isso? Será que estamos caminhando para isso? Ou já chegamos? Roberto C. Veras J. responde em ‘Torre Global: o demente’ (Editora Pandorga). 

Ficha Técnica: 

ISBN: 978-65-5579-190-7 

Formato: 15,5 cm x 22,5 cm 

Páginas: 424 

Preço: 39,90 

Capa: André Farkas (Deco Treco) Sobre o autor: Roberto C. Véras J. nasceu em São Paulo e sempre se interessou por temas ligados ao desenvolvimento humano, sobretudo do ponto de vista espiritual e social. Suas principais referências são Carlos Castañeda, com a sabedoria do xamanismo tolteca, e Aldous Huxley, por meio de seus ensaios e de sua consagrada distopia “Admirável Mundo Novo”. É formado em administração, pós-graduado em jornalismo e sócio da empresa ComBio, onde atua como diretor de sustentabilidade. É também conselheiro do Sistema B Brasil, membro do board da UNESCO-SOST Transcriativa, e participou da COP-26 e da COP-27, integrando painéis sobre transição energética e economia circular. Em Torre Global, o autor usou de sua pesquisa multidisciplinar para criar a obra de ficção, sendo que as primeiras ideias da série foram desenvolvidas desde 2002.

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