O que é Identitarismo?

Douglas Barros, psicanalista e filósofo político, lança em dezembro seu novo livro, O que é Identitarismo?, pela editora Boitempo. A obra oferece uma visão crítica e original sobre o identitarismo, analisando-o como um fenômeno contemporâneo que ultrapassa divisões políticas tradicionais. Segundo Barros, o identitarismo representa um sintoma do século XXI, que envolve tanto a esquerda quanto a direita e revela a fragmentação das identidades em um contexto de neoliberalismo e capitalismo globalizado.

Identitarismo: um sintoma moderno

O autor descreve o identitarismo como uma forma de gestão da vida social que, segundo ele, marca o desaparecimento da “Política” no sentido mais profundo. Barros traça suas origens no colonialismo europeu, caracterizando o colonizador como o “primeiro identitário da história moderna.” Essa análise mostra como a colonização gerou a ideia de identidade racial e perpetuou a fragmentação social até os dias de hoje. Para ele, essa divisão nasce da necessidade de controle e dominação.

Barros combina teoria social, psicanálise e filosofia para iluminar os desafios atuais das lutas identitárias. Ele reconhece a relevância dessas lutas, mas alerta que o contexto capitalista atual as afeta e manipula. Sua visão crítica questiona se essas lutas realmente promovem inclusão e justiça ou se interesses maiores as capturam.

Uma análise urgente para a política contemporânea

Com prefácio de Rita von Hunty e contribuições de pensadores como Christian Dunker e Deivison Faustino, O que é Identitarismo? promete uma leitura provocadora e essencial. Barros desafia o leitor a repensar as relações entre identidade, poder e a estrutura social moderna. Segundo Faustino, o livro é uma “valiosa contribuição a um debate novo.”

O livro estará disponível em 16 de dezembro de 2024, e oferece uma oportunidade para todos que desejam compreender os impactos do identitarismo em um mundo marcado por crises políticas e sociais.