Nossos índios, nossos mortos ganha nova edição

O clássico Nossos índios, nossos mortos, de Edilson Martins, ganha nova edição pela Letra Capital às vésperas da COP 30 em Belém.
Livro sobre povos indígenas retorna após 50 anos
Publicado originalmente nos anos 1970 pela Codecri, editora do Pasquim, o livro estava fora de catálogo há cinco décadas. Agora, retorna com nova edição e novos textos, mantendo a força das denúncias contra a violência sofrida pelos povos indígenas e a devastação da Amazônia.
O lançamento carioca acontece no dia 17 de setembro, às 18h, na Livraria da Travessa de Botafogo. O evento terá entrevista ao vivo do autor para o jornalista Ricardo Lessa, do Valor Econômico, além da exibição de vídeos inéditos produzidos pelo próprio Martins.
Edilson Martins e a denúncia histórica
Edilson Martins, jornalista, escritor e documentarista, reuniu reportagens, entrevistas e artigos que se tornaram documento histórico da causa indígena. Sua obra expôs catequeses, massacres, epidemias, frentes de expansão, mineração e remoções forçadas.
O livro teve mais de 350 mil exemplares vendidos na primeira edição e levou a questão indígena ao grande público, rompendo os limites da academia. Entre os apoiadores da obra, estão nomes como Darcy Ribeiro e os sertanistas Orlando e Cláudio Villas-Bôas.
Atualidade do livro na crise climática
A nova edição chega em um momento decisivo, às vésperas da COP 30, que será realizada em Belém, em 2025. Os temas abordados por Martins continuam atuais: a destruição das florestas, os conflitos territoriais, a mineração e as consequências da perda de biodiversidade.
Além de preservar os textos originais e depoimentos de líderes indígenas, a edição traz novidades, como uma crônica sobre Marina Silva e novos prefácios. O resultado é uma obra ainda mais necessária para refletir sobre os povos originários e o futuro da Amazônia.