No mês da luta da pessoa com deficiência, museus cariocas ampliam acessibilidade

Em setembro, marcado pelo Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21) e pelo Dia Nacional da Pessoa Surda (26), museus do Rio de Janeiro fortalecem ações de inclusão e acessibilidade. O Museu do Amanhã inaugura uma sala de autorregulação voltada ao acolhimento de diferentes públicos, enquanto o Museu do Jardim Botânico realiza edições especiais do Domingo Acessível, dedicadas à democratização das experiências culturais.

Museu do Amanhã inaugura Sala de Autorregulação

Aberta ao público sem necessidade de agendamento, a nova sala oferece recursos para pessoas neurodivergentes e com diferentes necessidades sensoriais. O espaço conta com:

Controle de luz e cores;
Piscina de bolinhas, pufes e poltronas;
Objetos de exploração tátil;
Kits de autorregulação com abafadores de ruído e óculos escuros.

O projeto se soma a outras iniciativas de acessibilidade do museu, como a Narrativa Descritiva Visual, o Mapa Sensorial e a robô Ma.IA, que auxilia visitantes com mobilidade reduzida ou deficiência visual.

“O processo sensorial diferente também constitui a totalidade do que nos torna pessoas autistas e do que nos torna quem somos”, afirma Arthur Ataide Ferreira Garcia, vice-presidente da Autistas do Brasil.

Museu do Jardim Botânico realiza Domingo Acessível especial

No dia 21 de setembro, além da edição regular no dia 28, o museu promove atividades voltadas à inclusão, com interpretação em Libras, mediações sensoriais, materiais táteis e ações que estimulam a autonomia dos visitantes.

O espaço já dispõe de piso podotátil, mapas e maquetes táteis, além de um WebApp acessível com textos em linguagem simples, vídeos em Libras e audiodescrição.

“O Domingo Acessível amplia a vivência e é educativo para todos. Quanto mais diversidade, maior é a aprendizagem”, destaca Daniela Alfonsi, diretora do Museu do Jardim Botânico.

Impacto social e cultural

De acordo com dados da Carteira de Identidade Nacional (CIN), cerca de 89 mil pessoas com deficiência vivem no estado do Rio. Muitas enfrentam desigualdades de renda e barreiras culturais. Por isso, políticas de redução ou isenção de ingressos são fundamentais: