MUSEU DA CASA BRASILEIRA ABRE NO MÊS DAS CRIANÇAS A EXPOSIÇÃO ‘ESCULTURAS LÚDICAS – SARA ROSENBERG

MUSEU DA CASA BRASILEIRA ABRE NO MÊS DAS CRIANÇAS A EXPOSIÇÃO ‘ESCULTURAS LÚDICAS – SARA ROSENBERG

COM CURADORIA DA CRÍTICA DE DESIGN ADÉLIA BORGES, A MOSTRA APRESENTA O TRABALHO DE SARA ROSENBERG ENTRE OS UNIVERSOS DA ARTE, DO DESIGN E DA ARTE-EDUCAÇÃO 

Museu da Casa Brasileira, instituição administrada pela Fundação Padre Anchieta, abre no dia 14 de outubro, sexta-feira, a partir das 10h, a exposição ‘Esculturas Lúdicas — Sara Rosenberg’. A nova mostra, concebida especialmente para o mês das crianças, propõe ao público uma nova maneira de interagir com as obras expostas: elas podem ser usadas como pontos de partida para brincadeiras ao invés de ficarem expostas sobre um pedestal. São peças destinadas à experimentação do público infantil em sua ampla diversidade, por meio da experiência tátil e motora. A curadoria é da crítica de design Adélia Borges.

No mês das crianças, o jardim do Solar, o gramado junto à avenida Faria Lima, o pátio interno – que se inaugura como um novo espaço de programação, substituindo a tradicional função de estacionamento – estarão repletos das obras orgânicas coloridas de Sara Rosenberg para o público interagir. Salas expositivas internas oferecem um território de brincar coberto e apresentam os processos criativos da artista e uma síntese de seu percurso profissional, com destaque para a sua atuação como designer de produtos, em parceria com a irmã Anete Ring.

Uma das missões da nova exposição do MCB é dar ao público da cidade — que oferece cada vez menos espaços abertos de convivência e fruição integrada à arte — um território de brincar. “A instalação das obras nas áreas externas irá marcar uma nova etapa de integração e acolhimento institucional, registrando um novo momento para o MCB sob a gestão FPA. Junto à mostra, que também contará com apresentação nas salas do Museu, ocorrerão oficinas, atividades lúdicas e musicais no pátio”, diz José Roberto Maluf, Presidente da Fundação Padre Anchieta.

Para Sara Rosenberg, a exposição mostrará as esculturas fora do pedestal, deixando-as mais próximas das crianças e também dos pais. “As esculturas lúdicas, por seu caráter aberto e interativo, propiciam experiências estéticas e imaginativas, convidando as crianças para um brincar mais criativo, um mergulho, um trampolim de sensações que ajudam a estabelecer um pertencimento no aqui e no agora”, comenta a artista.

“Construídas em fibras de vidro, as esculturas são feitas para serem usadas igualmente por crianças com ou sem necessidades especiais. Como elas só se completam no movimento dos corpos sobre e através delas, estão disponíveis para – mais do que o toque — o livre uso”, afirma Adélia Borges.

SERVIÇO:

Exposição ‘Esculturas Lúdicas — Sara Rosenberg’

Curadoria: Adélia Borges

A partir do dia 14 de outubro, às 10h

Realização: Fundação Padre Anchieta e Museu da Casa Brasileira.

VISITAÇÃO

Museu da Casa Brasileira

De terça a domingo, das 10h às 18h, com exceção da sexta-feira, que tem horário estendido até 22h

Av. Brig. Faria Lima, 2.705 — Jardim Paulistano, SP

Próximo à estação Faria Lima da Linha Amarela do Metrô.

Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia-entrada)

Sexta-feira, entrada gratuita

Acessibilidade no local | Bicicletário com 40 vagas

Sobre Sara Rosenberg

Artista plástica, designer e arte-educadora. Formada em Artes Plásticas pela FAAP e possui Mestrado em Ciências da Comunicação pela ECA- USP. “A Criança e seu Espaço de Brincar- Retratos da Brincadeira Urbana” — 1989. Especialização em Escultura pela Kunstgewerbeschule de Zurique. Entre 1994 e 2011 manteve com a irmã Anete Ring a Rosenberg Design, dedicada ao design de objetos. A dupla participou de várias exposições no Brasil e no exterior.

Sobre Adélia Borges

Crítica, historiadora e curadora de design. É autora ou co-autora de 34 livros e de centenas de textos para a imprensa, com publicações em sete línguas. Desde 1994 fez a organização e/ ou curadoria de mais de 60 exposições no Brasil e na Europa, Ásia, África e Estados Unidos Unido. Em 2021 recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) por sua contribuição à pesquisa e à divulgação do design brasileiro.

VISITAÇÃO

Museu da Casa Brasileira

De terça a domingo, das 10h às 18h, com exceção da sexta-feira, que tem horário estendido até 22h

Av. Brig. Faria Lima, 2.705 — Jardim Paulistano, SP

Próximo à estação Faria Lima da Linha Amarela do Metrô.

Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia-entrada)

Sexta-feira, entrada gratuita

Acessibilidade no local | Bicicletário com 40 vagas

Sobre o MCB
O Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, administrada pela Fundação Padre Anchieta, dedica-se, há 52 anos, à preservação e difusão da cultura material da casa brasileira, sendo o único museu do país especializado em arquitetura e design. A programação do MCB contempla exposições temporárias e de longa duração, com uma agenda que possui também atividades do serviço educativo, debates, palestras e publicações contextualizando a vocação do museu para a formação de um pensamento crítico em temas como arquitetura, urbanismo, habitação, economia criativa, mobilidade urbana e sustentabilidade. Dentre suas inúmeras iniciativas destacam-se o Prêmio Design MCB, principal premiação do segmento no país realizada desde 1986; e o projeto Casas do Brasil, de resgate e preservação da memória sobre a rica diversidade do morar no país. ​

marramaqueadmin

MAM São Paulo inaugura 38º Panorama da Arte Brasileira
Ele se chama Bilibeu. Ou Santo Bilibeu, ou ainda Bilibreu. Esculpido em madeira e retinto como o breu, o santo é festejado todos os anos, na Baixada Maranhense, entre as cidades de Viana, Matinha e Penalva. As pessoas que o cultuam foram por décadas chamadas de ‘caboclos’ e apontadas pejorativemente como ‘os índios’. Foi em novembro 2014 que “os índios” passaram a reivindicar perante o Estado e a sociedade envolvente uma identidade indígena específica (não mais genérica). Os Akroá Gamella sempre esteveram ali, demarcando suas terras com os pés, como eles mesmo dizem, e utlizando os recursos naturais, sob regras específicas, com o intuito de preservar a natureza e manter a sua subsistência físisca e simblólica. Foi em segredo mantiveram vivos Entidades que sobreviveram à censura identitária e ao racismo. Bilibeu foi um deles, o mais conhecido de todo os Encantados locais. São Bilibeu perseverou ao silenciamento e permaneceu preservado publicamente porque ficou mimetizado dentro das comemorações do carnaval. Nesse período em que “tudo pode”, Bilibeu pode existir e sair às ruas num festejo que dura 4 dias, no qual dezenas de crianças e adultos pintados de carvão, marcham durante dez ou doze horas, incorporando os ‘cachorros de Bilibeu’ que, de casa em casa, de aldeia em aldeia, caçam. A matilha de cachorros e cachorras, sob orientação de um chefe, o ‘gato maracajá’, caçam comida e bebida para oferecer ao santo que em um determinando momento do ritual morre, é enterrado, sob o choro de mulheres, e renasce na manhã seguinte para continuar dando fartura e fertilidade ao povo Akroá Gamella. Se antes, era celebrado no carnaval, hoje o povo Akroá Gamella, escolheu outra data para o ritual. O dia 30 de abril é, desde de 2019, a data em que Bilibeu é cultuado. Bilibeu definitivamente não é uma festa, é um rito. Um rito que agora marca um evento de muita dor, tristeza e revolta. Pois foi nesse dia, no ano de 2017, que