Mural da Memória tem apresentações gratuitas em São Paulo
O espetáculo Mural da Memória retorna a São Paulo com sessões gratuitas no Espaço Estelar Teatro e com o lançamento de sua dramaturgia na Livraria Megafauna. A peça, criada pelo LABTD – Laboratório de Técnica Dramática, investiga os impactos da ditadura militar no Brasil e reforça seu compromisso com uma arte que dialoga com memória, justiça e escuta pública.
Mural da Memória volta ao Espaço Estelar Teatro
Após apresentações no Sesc Pompeia e no Teatro Manás, Mural da Memória ocupa o Espaço Estelar Teatro nos dias 2, 3, 4, 8, 9 e 11 de dezembro, sempre às 17h30 e às 20h. A dramaturgia é de Ave Terrena e a direção é de Diego Moschkovich. A montagem conclui 11 anos de pesquisa do LABTD sobre a ditadura e seus efeitos persistentes.
A peça parte da ficção criada após a revogação da Lei da Anistia. Nela, um General 4 Estrelas é acusado de ocultar corpos de desaparecidos políticos. A narrativa avança por depoimentos que revelam a trajetória de um locutor de rádio, uma travesti prostituta e aspirante a atriz, e uma guerrilheira. Assim, destaca como a violência estatal atravessava vidas diferentes e moldava o cotidiano.
Mural da Memória lança livro na Livraria Megafauna
No dia 6 de dezembro, às 16h, a Livraria Megafauna recebe o lançamento da dramaturgia Mural da Memória, publicada pela Editora Javali. A edição reúne prefácios de Amelinha Teles, Neon Cunha e Maria Cláudia Badan Ribeiro, além de posfácio de Ave Terrena, Diego Chilio e Diego Moschkovich. Fotografias de Renato Mangolin registram os trabalhos do grupo e compõem o volume. O projeto gráfico é assinado por Amanda Goveia e Vitor Carvalho, com capa e diagramação de Letícia Naves.
Mural da Memória integra a Mostra 2025 Em Cena
O espetáculo também participa da Mostra 2025 Em Cena, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. As sessões acontecem nos dias 13 e 14 de dezembro, às 20h, no Teatro Arthur Azevedo. A programação reúne 21 montagens que marcaram o ano, reafirmando a diversidade estética da cena contemporânea.
Encenação e elementos artísticos
A estrutura muralista guia toda a encenação. O elenco permanece em cena durante a maior parte do tempo, enquanto projeções, documentos históricos, imagens da ditadura e registros da Copa de 70 criam camadas narrativas. A trilha sonora é executada ao vivo e mistura instrumentos convencionais com outros incomuns. A direção de movimento, assinada por Danna Lisboa, integra referências das danças urbanas e da cultura Ballroom.
