MinC e Banco da Amazônia firmam parceria
Primeiros contratos do Programa Rouanet Norte Assinados
Na manhã desta quinta-feira (11), em Belém (PA), a ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou da assinatura dos primeiros contratos do Programa Rouanet Norte com o Banco da Amazônia, um dos principais patrocinadores do edital. Durante o evento, também foi formalizado um protocolo de intenções para cooperação técnica, científica e cultural na região amazônica.
Investimento de R$ 24 milhões em projetos culturais
O Programa Rouanet Norte selecionou 125 projetos culturais na região Norte, destinando um total de R$ 24 milhões em patrocínios. Cada estado da região receberá pelo menos R$ 2,5 milhões, financiados por quatro estatais: Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Correios, que contribuirão com R$ 6 milhões cada. O valor investido por projeto é de até R$ 200 mil, com ações previstas para ocorrerem de julho de 2024 até o final do primeiro semestre de 2025.
Nacionalização do investimento na cultura brasileira
A ministra Margareth Menezes destacou que o objetivo do programa é descentralizar o investimento na cultura brasileira, promovendo os produtores culturais do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins como protagonistas da arte local. “A história da Lei Rouanet é muito exitosa, mas havia uma concentração de oportunidades no Rio de Janeiro e em São Paulo. A região Norte era a menos contemplada. Decidimos trazer a oportunidade do fomento para essa região tão maravilhosa que surpreende o Brasil a cada ação artística”, afirmou.
Cooperação e desenvolvimento cultural
O presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, enfatizou a construção coletiva da iniciativa do Programa Rouanet Norte, unindo esforços e recursos de empresas estatais para promover o desenvolvimento cultural na região. “Isso é fruto de uma construção coletiva dentro do propósito que o governo Lula tem defendido de que nada deve ser feito sozinho”, explicou.
Protagonismo de projetos locais
Três projetos representando os selecionados no programa assinaram contratos durante o evento. A produtora Joanna Gwendolyn Denholm, do projeto Rodando o Carimbó, destacou a importância do reconhecimento do governo federal à cultura do Norte. Ricardo Torres, o Palhaço Chico do projeto Esse Rio é minha rua, celebrou a chegada dos recursos e o diálogo aberto com as políticas públicas. O fotógrafo Miguel Chikaoka, do projeto Tó Teixeira: Mergulho na vida e obra, ressaltou a necessidade de apoiar as populações tradicionais e territórios indígenas e quilombolas.
Parceria para fortalecimento da economia criativa
Durante a cerimônia, a ministra e o presidente do Banco da Amazônia também assinaram um protocolo de intenções para desenvolver ações integradas de cooperação técnico-científica e cultural, visando fortalecer as cadeias produtivas e a economia criativa na região amazônica. Uma das primeiras ações será a construção do Centro Cultural do Banco, com inauguração prevista para julho de 2025.
Apoio ao turismo e à cultura
O presidente Luiz Lessa anunciou ainda uma parceria com a Companhia Energética Amazonense e Eneva, para investir em projetos culturais da região Norte por meio da Lei Rouanet. “Cultura é mais um item de uma indústria que compõe o setor econômico nacional, assim como o turismo. Com mais apoio para as manifestações culturais, teremos mais divulgação, movimentando o turismo interno e, quem sabe, o internacional”, destacou.
Importância dos incentivos culturais
Margareth Menezes ressaltou a importância dos incentivos culturais para os artistas e a população brasileira. “A arte muda a vida das pessoas, educa, edifica, qualifica, emancipa o pensamento, traz construção e consciência crítica para fazer melhores escolhas, entender que a vida é comunitária”, comentou. O evento foi encerrado com uma apresentação do grupo paraense Arraial do Pavulagem.