Marissol Mwaba transforma vulnerabilidade em arte no EP “Tu Inteira Nunca é Só”

Marissol Mwaba revela processo criativo do EP “Tu Inteira Nunca é Só”
O EP Tu Inteira Nunca é Só marca um momento de profunda transformação para a multi-artista Marissol Mwaba. Vulnerabilidade em arte resume bem o projeto, que nasceu de uma carta escrita em um momento de frustração, mas que se tornou fonte de potência criativa e conexão com o público.
Marissol compartilha que a sensação de impotência diante das dificuldades de estruturar seu álbum foi o estopim para esse processo. O apoio dos fãs, especialmente após um vídeo ao vivo no Sesc, despertou nela uma força para continuar, mostrando como a arte pode ser um instrumento de superação.
Processo independente: desafios e aprendizados na produção do EP
Produzir tudo sozinha — da gravação à mixagem, masterização e ilustrações — foi o maior desafio da artista. Marissol confessa que a mixagem quase a fez desistir, exigindo muita pesquisa e paciência, especialmente por conta das limitações técnicas do seu computador.
Mesmo assim, a artista entendeu que a mixagem é um processo que não se termina, apenas se desiste no melhor momento possível. O feedback positivo que recebeu a incentivou a seguir adiante, mostrando a importância da autoconfiança no trabalho independente.
Parceria essencial e fusão de tecnologia com arte orgânica
A colaboração com a letrista Natália Sousa e o podcast Para Dar Nome às Coisas é o coração do EP. Essa união fortaleceu o projeto, conectando artistas e público por meio de encontros que transcendem a música.
Marissol também destaca o equilíbrio entre o artesanal e o tecnológico em sua obra, usando ferramentas digitais, como Inteligência Artificial, como meio para expressar sensibilidade artística, mas mantendo o artista no centro do processo criativo.
Estética visual e experiência internacional que inspiraram o EP
As fotografias e ilustrações feitas por Marissol, incluindo autorretratos de sua viagem a Viena, reforçam a narrativa de enfrentamento e acolhimento diante dos desafios da vida. A experiência de se apresentar ao lado de mestres como François Muleka e Alegre Corrêa também foi decisiva para seu crescimento artístico e pessoal.
Essa vivência internacional influenciou o visual e o conceito do EP, celebrando a arte como um espaço de realização e conexão profunda.
Mensagem de acolhimento e próximos passos
Com a frase “ninguém é pouco”, Marissol espera que o EP inspire as pessoas a se enxergarem com mais generosidade e a reconhecerem o valor de suas presenças, mesmo diante de obstáculos.
Ela adianta que o álbum que virá após o EP terá um som completamente diferente, mostrando um lado novo e orgulhoso de sua produção independente.
Por fim, Marissol deixa um conselho para artistas independentes: não se comparar, valorizar o próprio caminho, preservar o encanto pela arte e se expressar com autenticidade, mesmo diante das limitações materiais.