Marcelo Rubens Paiva defende democracia e critica anistia

No programa CNN Entrevistas, o escritor Marcelo Rubens Paiva falou sobre trauma, democracia e os riscos de anistiar atos antidemocráticos. O episódio vai ao ar neste sábado (10), às 21h, na CNN Brasil.
Autor do best-seller “Ainda Estou Aqui”, Paiva destacou que a militância foi sua forma de enfrentar a dor pela morte de seu pai, o ex-deputado Rubens Paiva, assassinado pela ditadura militar em 1971.
“Militância era uma forma de superar o trauma”, afirmou. Segundo ele, lutar por um país mais justo é essencial para manter viva a memória dos desaparecidos e fortalecer a democracia brasileira.
Anistia a atos golpistas ameaça democracia
Marcelo Rubens Paiva criticou o projeto de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de Janeiro. Para ele, esse tipo de perdão apenas repete erros históricos. Como exemplo, mencionou o brigadeiro João Paulo Burnier, que mesmo após tentar um golpe e ser exilado, voltou ao país e se tornou torturador durante o regime militar.
“O Brasil já passou por outras anistias e se arrependeu”, destacou o escritor, reforçando que não se deve perdoar quem ataca a Constituição.
Novo livro e reflexões sobre paternidade
Na entrevista, o autor também apresentou seu novo livro, O Novo Agora. A obra dá sequência aos títulos “Feliz Ano Velho” e “Ainda Estou Aqui”, unindo memórias familiares a reflexões sobre a paternidade. Paiva transforma sua trajetória pessoal em narrativa pública, valorizando o papel da memória como instrumento político e afetivo.
CNN Entrevistas vai ao ar aos sábados, às 21h, pelo canal 577 e pelo YouTube da emissora. A série semanal conversa com grandes nomes das artes, ciências e política.