KING Saints lança versão deluxe de álbum

Foto: Maurício Siqueira Fidalgo | KING Saints traz o lado B do pop com peso e poesia
KING Saints lança edição deluxe de seu álbum de estreia “Se Eu Fosse Uma Garota Branca (mas não sou)” nesta sexta-feira, 30 de maio de 2025, com cinco faixas extras, incluindo colaborações inéditas e a nova faixa de trabalho, “Só uma música triste”. O projeto reforça a força da artista como uma das vozes mais provocativas, inteligentes e necessárias do pop underground brasileiro.
Lado B do pop: afiado, ácido e necessário
A nova edição do álbum conta com feats de peso do underground como Monna Brutal, Xammy, Shury e Tonny Hyung, reafirmando o tom de resistência que permeia todo o projeto. A faixa-título, agora com versões expandidas, volta à cena com ainda mais provocação estética e crítica racial, enquanto “Passa Essa Grana” ganha nova vida com os versos potentes de Monna Brutal.
O destaque é a intensa “Só uma música triste”, descrita por KING como sua faixa mais pessoal.
“É o som de uma fase de solidão, vícios silenciosos e a exaustão de apostar tudo nos meus sonhos”, diz a artista.
Produção premiada e autenticidade no som
Com produção de Marcel e Los Brasileros, o projeto traz uma sonoridade que cruza hip hop, pop experimental, funk, samba e beats urbanos, mantendo o DNA combativo da cantora. Com trabalhos anteriores com Karol Conká, MC Soffia, Leoni e Elza Soares, a produção reafirma a qualidade artística do álbum e sua complexidade emocional e social.
“O pop não morreu, só não está onde sempre foi. Está no underground, com mulheres pretas, na rua, nos becos e nas batalhas”, crava KING, ao explicar a força de sua proposta musical.
Crítica social com irreverência: o som de quem resiste
O título “Se Eu Fosse Uma Garota Branca (mas não sou)” carrega consigo o contraste entre expectativa social e vivência racial, revelando o racismo estrutural no Brasil com ironia, dor e poesia.
“As referências do pop sempre vêm do underground. Só não enxerga quem escolhe ficar na bolha”, provoca a artista, que desafia a lógica do mainstream ao propor um som que não suaviza para agradar.
Tracklist do deluxe — de “Kanhôta” a “CadeIa 2”
O disco agora inclui 13 faixas, com participações e sonoridades que ampliam o alcance artístico da obra:
- SE EU FOSSE UMA GAROTA BRANCA (mas não sou)
- SE PREPARA MONA
- BITCH NÃO TOCA EM MIM
- KANHOTA ft Karol Conká
- TAPA NA PANTERA
- CINDERELA ft Mc Soffia
- DANÇAR ft Leoni
- PASSA ESSA GRANA (cobrando sem pena) ft Monna Brutal
- CALOTEIRO ft Mc Danny
- TUDO ESCUTO ft Dalua
- CADELA 2 ft SHURY, XAMMY e Tonny Hyung
- SÓ UMA MÚSICA TRISTE ft Los Brasileros
- SE EU FOSSE UMA GAROTA BRANCA (bem branca mesmo)
Sobre KING Saints: voz do underground com DNA do Brasil
Nascida em Duque de Caxias (RJ), KING Saints mistura samba, funk, hip hop e vivência periférica para construir uma obra que fala da mulher preta, da solidão, da força e da resistência. Com passagens por palcos como o Rock in Rio (Palco Favela) e indicações ao Latin Grammy como compositora, KING consolida sua jornada como uma das artistas mais inquietas da nova geração.
Seus feats com IZA, Negra Li, Luísa Sonza e Cleo, além das colaborações com Karol Conká e MC Soffia, mostram que sua música navega entre a crítica social e o pop com propriedade.