Juliane Hooper lança “Efêmero”, álbum sobre o tempo e a essência

Introdução
A cantora e compositora Juliane Hooper lança o álbum Efêmero, uma obra que explora a impermanência da vida com sonoridades diversas e letras autênticas.
A impermanência como norte em Efêmero
O novo álbum de Juliane Hooper, Efêmero, nasceu da reflexão sobre o tempo. A inspiração veio de uma cena marcante do filme Antes da Meia-Noite, em que uma personagem idosa comenta sobre a percepção do tempo. Esse momento despertou em Juliane a urgência de viver o presente e se conectar com o que é essencial.
A faixa “Leaving” foi o ponto de partida da obra. Criada a partir de uma poesia escrita após o filme, ela revelou a métrica ideal para se tornar canção. A partir dela, outras reflexões surgiram e se transformaram em música.
Raízes, identidade e sonoridade plural
Juliane trabalha a dualidade entre pertencimento e impermanência tanto nas letras quanto nos arranjos de Efêmero. O álbum transita por Neo Soul, Blues, Indie Rock e inclui até uma gravação caseira espontânea. Essa variedade expressa as contradições internas da artista, que assume seu estilo mutável e honesto.
A colaboração com os produtores Julio Mossil e Mateus Lima trouxe ainda mais riqueza à obra. Cada um contribuiu com sua linguagem e identidade, mantendo a coesão artística e respeitando o propósito das composições.
Produção independente e força criativa
A trajetória de Juliane como artista independente em São Paulo é marcada por desafios, principalmente financeiros. No entanto, o apoio da SP Escola de Teatro e do produtor Xexeu Tripoli facilitou a realização de Efêmero. A instrumentação refinada, resultado de parcerias com músicos de longa data, imprime identidade e consistência ao álbum.
Faixas como “Products”, que fala sobre objetificação, e “Drown In Me”, inspirada no jogo The Last of Us Part 2, mostram a sensibilidade e o olhar crítico da compositora. Já “Se Errar, A Gente Continua” ganhou espaço mesmo sendo um registro de celular, pelo forte valor emocional.
Show de lançamento e o que vem depois
Efêmero será apresentado ao vivo em um show gratuito na SP Escola de Teatro, com repertório que mistura faixas novas e do disco anterior. Segundo Juliane, a apresentação promete uma releitura intensa das músicas, reforçando a ideia de que a arte está sempre em movimento.
Para a artista, Efêmero representa o encerramento de um ciclo. O futuro é incerto, mas ela deseja explorar novos caminhos criativos e continuar se reinventando — sem pressa, respeitando o tempo.