https://abacus-market-onion.top Entrevista: Guilherme Dantas, cantor, compositor e sanfoneiro - Marramaque

Entrevista: Guilherme Dantas, cantor, compositor e sanfoneiro

1) Guilherme, o que “Bom de Verdade” representa para você neste momento da sua carreira?

GD: “Bom de Verdade” chega como um lembrete do porquê eu faço música. É um projeto que me puxa de volta para a minha essência e me faz olhar com carinho para tudo que já vivi. Sinto que ele marca uma fase de mais consciência, de entender melhor o meu lugar dentro do forró e de ter coragem para experimentar coisas novas sem perder quem eu sou. 

2) O projeto mistura inéditas e sucessos. Como foi o processo de escolha do repertório?

GD: Fui muito do sentimento. Quis reunir músicas que conversassem entre si e que mostrassem quem eu sou hoje. As inéditas trazem esse frescor da fase atual, e os sucessos carregam minha história com o público. Fui escolhendo o que tocava meu coração e fazia sentido dentro desse novo momento.

3) As faixas “Não Vou, Não Vou” e “Baby, Cadê Você” trazem uma energia nova. De onde veio a inspiração para essas músicas?

GD: Elas nasceram de situações simples, aquelas coisas que acontecem na vida de todo mundo. Eu sempre fico atento a essas pequenas histórias que a gente vive sem perceber. 

4) Você é conhecido por unir tradição e modernidade no forró. Como equilibra esses dois elementos em suas produções?

GD: Isso acontece muito no instinto. Eu cresci no forró tradicional, então essa base está sempre comigo. Mas também estou aberto ao novo, aos sons diferentes que vão surgindo. Quando junto essas duas coisas, tudo flui. Acho que é esse equilíbrio que mantém o forró vivo e dialogando com todo mundo.

5) O público nordestino tem uma relação muito afetiva com o forró. Qual é o maior desafio em manter essa essência viva sem deixar de inovar?

GD: O público sente quando é verdade, então eu sempre começo pela emoção. A novidade entra para somar, não para substituir. Quando a música carrega sentimento, a essência está ali.

6) O projeto foi gravado no estilo “repertório novo”. O que diferencia esse formato de um DVD tradicional ou de um show ao vivo?

GD: O repertório novo tem uma energia diferente. É tudo mais livre, mais imediato. A gente apresenta as músicas com aquela sensação de primeira vez mesmo. Não tem tanta formalidade, é mais sobre a música, sobre o momento. Quem assiste sente essa espontaneidade e acaba entrando na vibe junto com a gente.

7) Você já teve músicas gravadas por artistas como Wesley Safadão e Henrique & Juliano. Como é a transição de compositor para intérprete consolidado?

GD: Foi tudo muito natural. Sempre gostei de ver outros artistas cantando minhas músicas, mas também gosto de colocar minha interpretação nas minhas próprias histórias. Quando comecei a focar também na carreira de intérprete, senti que era o caminho certo. Hoje me sinto muito grato, não consigo viver sem. 

8) Desde o início da sua carreira, você fala sobre enxergar “com os olhos do coração”. Como essa perspectiva influencia sua forma de criar música?

GD: Isso influencia em tudo que eu faço. Eu deixo a música vir de um lugar verdadeiro. Não penso em fórmulas, penso no que a música desperta. Tento captar a emoção primeiro e depois transformar isso em letra, melodia, arranjo. Acredito muito que a música só chega de verdade quando nasce sincera.

9) O “Bom de Verdade” é o primeiro de uma série de lançamentos. O que o público pode esperar dos próximos volumes?

GD: O “Bom de Verdade” é o primeiro de uma série de projetos que vou lançar nos próximos meses, todos com essa ideia de atualizar meu repertório e trazer músicas novas pro público. Cada volume vai mostrar um pedacinho dessa fase que estou vivendo. O próximo já está previsto para dezembro e vem com mais histórias, mais sentimento e mais novidade também.

10) Em tempos de tanta diversidade musical, o que você acredita que mantém o forró forte e presente nas plataformas digitais?

GD: É um ritmo muito humano, né? Fala de amor, de saudade, de festa, de vida mesmo. Quem escuta se vê na música. Acho que é essa identificação que mantém o forró forte. E as plataformas digitais só ajudam nisso, de fazer a música se popularizar mais.

11) Como foi trabalhar com a Vybbe e o impacto desse novo momento na sua trajetória artística?

GD: A parceria com a Vybbe foi muito positiva para mim. Eles entenderam minhas ideias, meu jeito de trabalhar, e dão todo o suporte. Esse apoio me deu mais liberdade para criar e me ajudou a alcançar um público ainda maior. Sinto que estou vivendo um dos melhores momentos da minha carreira.

12) Por fim, que mensagem você gostaria de deixar para quem vai assistir e ouvir o projeto “Bom de Verdade”?

GD: Quero agradecer mesmo a todo mundo que me acompanha. Esse projeto foi feito com muito carinho e verdade, não à toa o nome. Espero que cada música encontre um espaço no coração de vocês e faça parte das suas histórias também. Isso é o “Bom de Verdade” para mim.