Festival RPB reúne 15 mil pessoas na capital do rock

1ª edição do evento movimentou Brasília. Evento foi responsável por gerar 2,8 mil empregos e arrecadar 3 toneladas de alimentos

A capital do rock popular brasileiro está de volta! Mais de 15 mil pessoas lotaram a Arena Mané Garrincha no último sábado (8) para curtir clássicos das bandas Biquíni, Charlie Brown Jr, Frejat, Humberto Gessinger, Marcelo Falcão e Pitty. Durante mais de 10 horas de shows, o público vibrou com os ídolos numa experiência imersiva com toque de nostalgia. O line-up do Festival Rock Popular Brasileiro (RPB) privilegiou um mix de vertentes do rock no complexo de entretenimento de 30 mil m² que ocupou o coração da capital federal com ativações de tirolesa, bungee jump e área retrô. Para além da música, o Festival gerou 2,8 mil empregos e arrecadou 3 toneladas de alimentos.

A 1ª edição do Festival, idealizado pelos organizadores do Porão do Rock, Capital Moto Week, Flap e AC Eventos, enalteceu o pop-rock nacional, relembrando clássicos dos anos 80, 90 e 2000 – eternizando Cazuza, Cássia Eller e outros brilhantes compositores brasileiros. “Tivemos o privilégio de receber sete shows espectaculares! Conseguimos resgatar as origens de Brasília como a capital do rock popular com um ar moderno do rock and roll“, celebra Gustavo Sá, sócio-criador do RPB e idealizador do Porão do Rock. 

O público aprovou a atmosfera do complexo, que foi planejado para oferecer fácil acesso e circulação, além de atividades para diversas faixas etárias. “A arena foi montada para oferecer uma experiência única, segura e confortável. Recebemos fãs do rock nacional de diferentes idades e oferecemos atividades para todos. Área kids, fliperamas, exposição de carros antigos, praças de alimentação, bares e banheiros em todos os setores, pontos para fotos com os artistas, áreas especiais dos patrocinadores, bungee jump e uma super tirolesa”, destaca Ivan Hauer, sócio-criador do RPB e sócio-diretor da FLAP. 

Para planejar, montar e operar o complexo de entretenimento RPB, foram envolvidos mais de 2,8 mil profissionais. Os 60 fornecedores do RPB, incluindo pequenas empresas, receberam capacitação sobre boas práticas de sustentabilidade e diversidade, sendo incentivados a internalizar os conhecimentos em seus negócios como um diferencial competitivo. “A expectativa para os próximos anos é viajar pelo país com o projeto Festival Rock Popular Brasileiro (RPB), levando um evento focado exclusivamente em resgatar e enaltecer o rock nacional”, explica Aci Carvalho, sócio-diretor da AC Eventos. 

Legado de sustentabilidade na capital federal

O RPB executou uma série de ações com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Os ideais de inclusão e acessibilidade apareceram nos mínimos detalhes do RPB, desde o cardápio da praça de alimentação, com opções vegetarianas, lowcarb, lacfree e glutenfree; à entrada gratuita para pessoas com deficiência e meia entrada para o acompanhante. Os shows principais foram interpretados em Libras. 

Enfatizando a atuação para erradicar a fome, as 3 toneladas de alimentos arrecadados com a meia entrada serão destinadas a projetos sociais do Distrito Federal, como o Sementes de Luz e o Salve a Si. Em parceria com a Liga do Bem, será feita a coleta de lacres das latas e tampinhas plásticas que serão revertidas em cadeiras de roda, fraldas geriátricas e infantis para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

De olho na obtenção do selo Lixo Zero, o RPB contou com parceiros como a Associação Recicla Brasília, que garante pagamento justo e doação de todos os materiais recicláveis gerados aos catadores da iniciativa. O uso de embalagens compostáveis e copos ecológicos nos bares evitou o consumo de mais de 50 mil copos descartáveis. Os materiais orgânicos foram coletados exclusivamente para compostagem e apenas os rejeitos (lixo de banheiro, entre outros) foram direcionados ao Aterro Sanitário. 

Pedro Affonso Franco, sócio-criador do RPB e realizador do Capital Moto Week, defende que os grandes festivais devem assumir a responsabilidade ambiental e social. “Se nós juntamos muitas pessoas, inevitavelmente geramos muitos resíduos. Só conseguiremos fazer melhor a cada dia se toda a cadeia produtiva estiver envolvida e se essas iniciativas estiverem ao alcance do público, dos fornecedores, de mais e mais empresas”, completa Pedro. O Festival também assumiu compromisso com a desaceleração das mudanças climáticas, através da compra de créditos de carbono. As emissões de CO2 ocasionadas pela realização do evento estão sendo inventariadas.