Festival de Jazz do Capão comemora sua 10 ª edição em retorno presencial
O evento gratuito terá oito shows no Circo do Capão, além de workshops musicais no Coreto da Vila localizado na praça.
A 10ª edição do Festival de Jazz do Capão (FJC) terá dois dias de programação musical com oito atrações e workshops. Os shows gratuitos serão realizados nos dias 4 e 5 de novembro (sexta e sábado), das 19h às 00h, no Circo do Capão, localizado no Vale do Capão, no município de Palmeiras, a 440 km de Salvador. Essa mudança de local visa proporcionar uma apreciação plena dos shows, com parte do público sentado, ouvindo em volume adequado e confortável para contemplar a música com qualidade. Outra novidade desta edição é a realização dos workshops no Coreto da Vila nas manhãs e tardes do festival, com acesso gratuito. À noite será disponibilizado um telão, no mesmo local, que vai transmitir ao vivo os shows do Circo para a praça.
A programação deste ano apresenta no dia 04 de novembro (sexta-feira), às 19h a Mostra UFBA com Edward Luís Emmerling Quinteto, Jordi Amorim Sexteto, Beto Martins Quinteto e Henrique Albino Quarteto. No dia 05 de novembro (sábado), às 19h teremos a Mostra Capão com Pablo Rozas, Fabrício Santana e Melquíades Ferraz; o duo Morgana Moreno e Marcelo Rosário, Sidmar Vieira Quarteto e Léo Gandelman Quarteto.
Pela sexta vez, desde 2015, o projeto conta com apoio financeiro do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda. O evento tem ainda patrocínio da Axxo Construtora, através da Lei Rouanet, do Ministério do Turismo. A realização é da Cambuí Produções.
Para ilustrar a 10ª edição do FJC representamos na identidade visual sua trajetória, através de uma árvore cultural diversa, que floresce e frutifica transbordando música. O ponto alto desse amadurecimento é a chegada do Festival ao Circo do Capão, templo das artes e que representa de forma muito especial a força da cultura independente no Vale do Capão.
Sobre a 10 ª edição do FJC, o seu idealizador e diretor artístico Rowney Scott reflete que “diante de tantos desafios que temos vivido nos últimos anos, vendo a cultura e a educação do país sendo abandonadas e sucateadas, ficou claro para nós que o movimento de evolução nem sempre significa expansão. O recolhimento, não só como forma de sobrevivência mas, sobretudo, para uma melhor compreensão de nós mesmos e do nosso entorno, se torna fundamental. Essa condensação de energias, representada pela ida para o Circo, proporcionará uma atenção maior à música, aos artistas, e uma possibilidade de o público contemplar e absorver a arte na sua integridade. Nada melhor para celebrar a nossa décima edição, do que a sensação de maturidade e consciência do que somos e do que queremos. Quanto à música… a diversidade e a qualidade serão mais uma vez a marca do FJC ”.
“O Festival de Jazz do Capão fecha mais um ciclo, com esta 10ª edição, após o quinto e último ano do apoio financeiro do Edital de Eventos Calendarizados, do Fundo de Cultura. Vamos buscar novos parceiros nesta captação de patrocínio, garantindo assim que o Festival continue acontecendo no Vale do Capão”, ressalta o produtor executivo do Festival de Jazz do Capão, Tiago Tao.
O Festival
Realizado pela Cambuí Produções, o Festival foi idealizado pelo músico e diretor artístico Rowney Scott e tem, em sua trajetória, nove edições realizadas. Em 2010 e 2011, o Festival contou com o patrocínio do então Ministério da Cultura. Após um ano sem patrocínio, o Festival retornou em 2013, 2014 e 2015, patrocinado pelo Programa Petrobrás Cultural. Em 2016 o festival não foi realizado, pois não obteve patrocínio. Desde 2017, o Festival de Jazz do Capão é um Evento Calendarizado, com apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia, com complementação através da Lei Rouanet. Na edição de 2021 o evento foi no formato online e financiado pela Secretaria de Cultura da Bahia e pela Paulo Coelho and Christina Oiticica Foundation.
Em suas nove edições, o FJC levou para o seu palco artistas como Egberto Gismonti, Ivan Lins, Naná Vasconcelos, João Bosco, Hermeto Pascoal, Toninho Horta, Orkestra Rumpilezz, Dori Caymmi, Raul de Souza, Joyce Moreno, Debora Gurgel, César Camargo Mariano, Michaella Harrison (EUA), Gabriel Grossi, Kapelle 17 (Alemanha), além de artistas de Salvador e do Vale do Capão. O FJC também promove workshops e uma campanha de conscientização ambiental.
Atrações 04/11 (sexta-feira)
MOSTRA UFBA
EDWARD LUIS EMMERLING QUINTETO
O grupo “Edward Luis Emmerling Quinteto” é formado por músicos da Alemanha, Suíça e Brasil: Fulvia Torricelli (violino), Tiago Dantes (baixo), Ícaro Santiago (piano), Duca Vasconcelos (guitarra) e Edward Luis Emmerling (bateria). Eles se conheceram e se formaram na Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
As peças incluídas no repertório do quinteto foram escritas pelo líder e fundador da banda, Edward Luis Emmerling, algumas delas foram escritas na Alemanha, outras no Brasil, e contém melodias que mexem com o coração, embaladas com harmonias do Jazz.
JORDI AMORIM SEXTETO
Jordi Amorim Sexteto é composto por Marcos Santos (bateria), Lucas Maciel (percussão), Tauam Cerqueira (baixo), Ícaro Santiago (teclado), Jordi Amorim (guitarra) e Lucas Decliê (saxofone).
Jordi Amorim é guitarrista, baixista, arranjador, produtor e pesquisador baiano da nova geração. Aos 26 anos, apresenta no currículo a produção de trabalhos de artistas emergentes do cenário como Isa Meirelles, Iane Gonzaga e Lucas Gerbazi.
Atuando como instrumentista, integrou a banda Timbalada, se apresentou com a Orkestra Rumpilezz, a cantora Rosa Passos e com a banda Geléia Solar, banda base da Jam no MAM, em Salvador, além de integrar a banda base do Musical Vozes Negras na temporada de estreia no Rio de Janeiro (Teatro Prudential) e na sua sequência em São Paulo (Teatro Sérgio Cardoso).
Aluno do maestro Letieres Leite no projeto Rumpilezzinho, Jordi tem ouvidos atentos à percussão afro-baiana e isso se expressa na sua forma de tocar, compor e arranjar. Além de arranjador e instrumentista, complementa sua atuação na música no ambiente acadêmico como mestrando do PROMUS na UFRJ.
BETO MARTINS QUINTETO
No FJC, Beto Martins e grupo apresentarão um show com composições inéditas que farão parte do novo álbum em homenagem à Bahia. A formação tem como base um trio com Marcelo Galter (Piano) e Nino Bezerra (Baixo acústico), além de dois convidados especiais: o guitarrista Mou Brasil e o trompetista estadunidense Graham Haynes.
Beto Martins é baterista, compositor e educador. Nascido em 1982 em Jequié – Bahia. Começou a tocar violão aos nove anos e só aos 15 anos começou a tocar bateria. Aos 22 anos mudou-se para Salvador – Bahia com o sonho de acompanhar artistas, lecionar e desenvolver seu trabalho autoral. Seu primeiro disco instrumental foi lançado em 2014 e possibilitou a sua seleção para a Mostra Sesc de Música. Beto atua em shows e gravações de grandes nomes da música baiana e foi vencedor do Prêmio Caymmi 2015 como melhor intérprete instrumental e finalista do Festival Educadora no mesmo ano.
Como educador, atua há muitos anos na formação de bateristas em Salvador. Formou-se em música pela UCsal e em seguida tornou-se mestre em música pela UFBA. Ministrou clínicas em diversas cidades do Brasil e em Chicago – EUA.
HENRIQUE ALBINO QUARTETO
O grupo Henrique Albino Quarteto é formado por Filipe de Lima (baixo elétrico), Felipe Costta (sanfona), Silva Barros (bateria) e Henrique Albino (sax e flauta) que é compositor, arranjador, multi-instrumentista e produtor musical.
Como intérprete, participou do álbum “Orquestra Frevo do Mundo vol. 1” com uma faixa solo dividindo o disco com Caetano Veloso, Céu, Arnaldo Antunes, Siba, Roberto Barreto, Otto, Duda Beat e Almério. Como convidado, participou do disco “Rasif” de Amaro Freitas e do segundo disco de Di Melo “Imorrível”. Foi vencedor em 2013 do I Festival do Frevo da Humanidade nas categorias Melhor Arranjo e 3º Lugar em Frevo de Rua sendo um dos mais jovens a conquistar estas colocações, aos 20 anos de idade.
Tem como fundamentação da sua música, a busca pela expressão da complexidade pernambucana, denominada por ele de Música Tronxa. Por estes motivos e pela ativa participação nos arranjos tanto para os palcos tanto para as orquestras de frevo de rua é reconhecido como maestro da nova geração do frevo pelos músicos, maestros já reconhecidos (Spok, Maestro Oséas dentre outros) e pesquisadores, sendo citado inclusive no livro “Frevo: Memória e Patrimônio” lançado pelo Paço do Frevo e pelo programa “Carnaval de Pernambuco” da Rede Globo. Em 2018 concorreu ao prêmio MIMO Instrumental (Mostra Internacional de Música de Olinda).
Atrações 05/11 (sábado)
MOSTRA CAPÃO
A Mostra Capão é uma janela dentro do Festival de Jazz do Capão, que tem como objetivo dar maior visibilidade a expressões musicais em evidência no vale. Nesta edição teremos dois shows com atrações locais dentro da programação. Um show com o bandolinista Fabrício Santana e o violonista Melquíades Ferraz que se apresentam com a participação dos músicos Kiko Dorea (bateria) e Luciano Alonso (teclado e baixo). E outro show com o músico argentino Pablo Rozas, que integra instrumentos musicais de diversas culturas e ferramentas eletrônicas, dando origem a uma fusão entre o espírito da música ancestral andina e amazônica, cerimonial, medicinal e o groove eletrônico.
- PABLO ROZAS
Pablo Rozas dedica-se à música profissionalmente há mais de 20 anos. Iniciou o estudo do piano aos 9 anos de idade e aos 15 começou a expandir seus conhecimentos e habilidades em outros instrumentos e vertentes musicais. Desde 2011, faz parte do projeto musical Pasaje Universo participando em festivais de música eletrônica, de cura e de world music. Atualmente trabalha em seu projeto solo.
- FABRÍCIO SANTANA E MELQUÍADES FERRAZ
Na Mostra Capão, o bandolinista Fabrício Santana e o violonista Melquíades Ferraz apresentam algumas composições das suas trajetórias musicais. Fabrício Santana é músico, compositor e multi-instrumentista baiano-brasiliense, autor dos CDs Comendo Água – Beatles em Choro (2003) e Prosas & Versos (2008). Hoje reside no Vale do Capão, Chapada Diamantina, Bahia e compôs seu mais novo EP intitulado “Meu Canto”, com previsão de lançamento para novembro de 2022. Melquíades Ferraz é instrumentista e compositor, estudou no Conservatório Pernambucano de Música, Centro de Educação Musical de Olinda e Escola de Música Tocata em Fortaleza. Já fez composições para cinema, trilha para teatro musical, além de várias gravações e aberturas de shows de artistas como João Bosco, Luiz Melodia, Jorge Vercillo, entre outros.
MORGANA MORENO & MARCELO ROSÁRIO
O duo é formado por Morgana Moreno, natural de Salvador, flautista, compositora e educadora e Marcelo Rosário, natural de Ilhéus, violonista de 6 e 7 cordas, compositor, arranjador e educador. Com formação intimista, guiada pela flauta e violão, os instrumentistas revezam o papel de solista e acompanhador, dialogando todo o tempo por meio dos arranjos e das improvisações. Em passagem pela Europa, onde ambos viveram por seis anos, gravaram seu primeiro disco Miscellaneous (2016) com a participação de músicos europeus da cena do jazz e world music.
Nessa parceria que celebra o samba, choro, forró e outros ritmos populares a partir de uma experiência muito particular, incluindo gêneros como a música clássica e o jazz. Lançaram o álbum “Nascente” nas plataformas digitais em 2020 e fizeram mais de 40 apresentações em 2019, pelo Brasil e Europa. Com o apoio financeiro da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia através da Lei Aldir Blanc / edital Cultura na Palma da Mão, realizaram o lançamento do álbum Nascente na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, com a participação de Armandinho Macedo. Entre as faixas de destaque, disponíveis em todas as plataformas digitais, títulos como “Verde”, “Brasileiro” e “Impetuosa”, esta última finalista do Festival de Música Educadora 2020.
Foram finalistas do 6º Prêmio Profissionais da Música, premiados com o 1 º lugar no concurso Internacional Leopold Bellan 2013 (Paris) e considerados embaixadores da música brasileira pela imprensa alemã (Deutsche Welle Brasil), os jovens baianos trazem uma ampla bagagem passando por importantes palcos do Brasil, Alemanha, Portugal, Espanha, França, Suíça e Holanda como Bimhuis, Viva Brasil Amsterdam, Breda Jazz Festival, Choro Festival Rotterdam, Clube do Choro de Brasília, etc.
SIDMAR VIEIRA QUARTETO
Sidmar Vieira Quarteto é composto por Gustavo Bugni (piano), Sidiel Vieira (contrabaixo) e Sérgio Machado (bateria), além de Sidmar Vieira, nascido em São Paulo, e que começou a tocar trompete aos 8 anos de idade. Em 1997 ingressou na Universidade Livre de Música (ULM) aos 11 anos de idade, onde iniciou seus estudos de trompete clássico com o professor Edgar Batista. Aos 15 anos foi bolsista da Orquestra Sinfônica de Barueri, aos 17 anos iniciou seus estudos de trompete popular com o professor Daniel D’Alcantara na EMESP.
Foi integrante da Orquestra Jovem Tom Jobim, acompanhou grandes ícones da MPB como, Rosa Passos, Alaíde Costa, Filó Machado, Mônica Salmaso, Margareth Menezes, Gilberto Gil, Zeca Baleiro, Luiz Melodia, Mart ́nália, Baby do Brasil, César Camargo Mariano, Ivan Lins, João Bosco, entre outros. Tocou com importantes músicos da cena internacional como, Maria Schneider, Frank Sinatra Junior, Ohad Talmor, Greg Gisbert, Tim Hagans, entre outros.
Lançou seu primeiro CD intitulado “Livre” em maio de 2014, vem se apresentando com seu projeto “Madri Riviaes”, lançado em dezembro de 2016 e também com seu novo projeto Sidmar Vieira Quarteto; faz parte da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo, Soundscape Big Band, Reteté Big Band, Sidiel Vieira quinteto, Jorginho Neto Collective, Deep Funk Session, The Preachers, Sensacional Orchestra Sonora.
LEO GANDELMAN QUARTETO
O Show mostra canções autorais que marcaram a trajetória de Leo Gandelman, além de clássicos de grandes compositores brasileiros. Nos palcos, LG é acompanhado por músicos de destaque no cenário atual: Eduardo Farias (teclados), André Vasconcellos (contrabaixo) e Cassius Theperson (bateria). A banda acompanha LG a mais de 10 anos em seus shows pelo Brasil e pelo mundo.
Leo Gandelman é um artista múltiplo, compositor e arranjador. Instrumentista versátil que vai do pop à música clássica com a mesma desenvoltura. Leo escreveu uma bela página na história da MPB, participando de gravações antológicas de praticamente todos os grandes nomes da música brasileira. Foram participações em mais de 1000 discos. Seu álbum “Solar”, foi um marco na história da música brasileira. Com Solar, chegou a vender mais de 100 mil cópias, volume extraordinário para uma obra instrumental no Brasil, o que tornou Leo um artista pop. Com mais de 500 mil discos vendidos até hoje e 30 anos de carreira solo, Leo Gandelman é hoje um dos mais influentes músicos brasileiros, um ícone da nossa boa música.
Workshops
No dia 04 de novembro (sexta-feira), no Coreto da Vila, às 10h, será realizado o workshop de “Bateria” com Beto Martins, às 10h e o de “Improvisação, técnica do instrumento e composição” com Sidmar Vieira e Sidiel Vieira, às 14h
No dia 05 de novembro (sábado), no mesmo local, teremos às 10h, workshop de “Choro” com Morgana Moreno e Marcelo Rosário, às 10h e de “Música e Criatividade” com Léo Gandelman, às 14h.
PROGRAMAÇÃO FESTIVAL DE JAZZ DO CAPÃO 2022Shows04/11/2021 – às 19hMostra UFBA: Edward Luis Emmerling QuintetoJordi Amorim SextetoBeto Martins QuintetoHenrique Albino Quarteto 05/11/2021 – às 19hMostra Capão: Pablo Rozas / Fabrício Santana e Melquíades FerrazMorgana Moreno e Marcelo RosárioSidmar Vieira QuartetoLéo Gandelman Quarteto Local: Circo do Capão, Rua do Juca, s/n – Vale do Capão – Palmeiras, Chapada Diamantina – BA Workshops no Coreto da Vila 04/11 (SEXTA-FEIRA)“Bateria” com Beto Martins – às 10h“Improvisação, técnica do instrumento e composição” com Sidmar Vieira e Sidiel Vieira – às 14h 05/11 (SÁBADO) “Choro” com Morgana Moreno e Marcelo Rosário – às 10h“Música e Criatividade” com Léo Gandelman – às 14h |
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