12 mar 2025, qua

Festa do Livro UFMG 2025: programação cultural gratuita

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) divulgou a programação cultural da Festa do Livro UFMG 2025, evento que acontecerá de 24 a 27 de março, das 9h às 19h, na Praça de Serviços do Campus Pampulha, em Belo Horizonte. Além de oferecer descontos de pelo menos 40% em títulos de diversas editoras, o evento contará com uma série de atrações culturais gratuitas.

Os visitantes poderão participar de lançamentos de livros, rodas de conversa com autores, debates sobre literatura, sessões de autógrafos e apresentações culturais que prometem enriquecer a experiência dos amantes da leitura. A Festa do Livro integra o Festival de Verão UFMG, promovido pela Pró-Reitoria de Cultura (Procult), o que fortalece ainda mais sua proposta de incentivo à cultura e ao conhecimento.

Destaques da programação cultural

Lançamentos de livros: diversos autores apresentarão suas mais recentes obras, com momentos dedicados a conversas sobre os processos criativos e sessões de autógrafos para os leitores.

Rodas de conversa e debates: discussões com escritores, editores e pesquisadores sobre temas como literatura contemporânea, mercado editorial e a importância da leitura na formação acadêmica e social.

Atrações artísticas: performances musicais, intervenções poéticas e apresentações teatrais que trarão dinamismo ao evento, conectando diferentes expressões culturais.

A Festa do Livro UFMG 2025 reunirá editoras renomadas como Companhia das Letras, Boitempo, DarkSide, Todavia, HarperCollins, entre muitas outras, oferecendo ao público uma ampla diversidade de títulos a preços reduzidos.

O evento é gratuito e aberto a toda a comunidade. Para mais informações e acesso à programação detalhada, acompanhe o site www.ufmg.br/festadolivro.

24 de março

Show Víbora, de Tamara Franklin

Data: 24 de março
Hora: 12h
Local: Praça de Serviços
Duração: 1h

Víbora é um show musical autoral que faz parte do projeto “Ano da Serpente”, em celebração aos 20 anos de carreira de Tamara Franklin. A apresentação une elementos da cultura hip-hop com sonoridades tradicionais brasileiras, como o congado e o samba, criando um rico encontro ancestral da cultura afrodiaspórica. O espetáculo propõe uma vivência única, em que o passado e o presente se entrelaçam por meio de uma cosmovisão contracolonial, segundo a qual o tempo é uma divindade que conecta diferentes momentos históricos. Com influências dos ritmos jamaicanos e da cultura hip-hop em suas diversas vertentes (drilltrapboombap), e também de sons contemporâneos como o afrobeats, o show oferece uma experiência sensorial e de identidade.

Sobre Tamara Franklin

Rapper, cantora, compositora e psicóloga, Tamara Franklin nasceu em Ribeirão das Neves e começou sua trajetória artística ainda na infância, com o grupo H2S2, fundado quando ela tinha 13 anos. Em 2015, iniciou sua carreira solo com o álbum Anônima. Seu trabalho mais recente, Fugio: Rotas de Fuga Pro Aquilombamento (2020), mistura rap com ritmos do Candombe Mineiro e aborda temas de resistência e prosperidade do povo negro ante o racismo.

Conversa com autores: Lavínia Rocha

Data: 24 de março
Hora: 13h
Local: Praça de Serviços
Mediação: Telma Borges
Duração: 1h

Lavínia Rocha é escritora, palestrante e professora, autora de 14 livros, incluindo O mistério da Sala Secreta (2021) e Entre, corra e pule: aventuras (nada) virtuais pela África (2023). Também escreveu a trilogia Entre 3 mundos (2022-2024) e participou de coletâneas como Raízes do amanhã: 8 contos afrofuturistas (2021). Formada em História pela UFMG e pós-graduada em Ensino de História, Lavínia venceu o Prêmio Perestroika em 2022 como a professora mais criativa do país. Ela ministra cursos e palestras e se destaca na internet com metodologias de ensino dinâmicas, antirracistas e inclusivas.

25 de março

Show da Velha Guarda do Samba de BH

Data: 25 de março
Hora: 12h
Local: Praça de Serviços da UFMG
Duração: 1h

Há mais de 25 anos, a Associação da Velha Guarda da Faculdade do Samba de Belo Horizonte vem promovendo encontros musicais que celebram os grandes nomes do samba mineiro. O grupo reúne sambistas de várias regiões da cidade, incluindo nomes como Lucinha Bosco, Sandra Mara, Eliane de Minas, Diza Franco, Carlinhos Visual, Gemagi, Barbanache, Kadiola da Vila, Bodoque da Cuíca, Assis Maneiro, Paulão Reis, Zuquinha, entre outros.

Com atividades regulares no Centro Cultural UFMG, a Associação realiza ensaios, oficinas, palestras e apresentações, fortalecendo e afirmando a cultura do samba em Minas Gerais. A relevância desses artistas no cenário cultural mineiro foi reconhecida no documentário Roda (2011), dirigido por Carla Maia e Raquel Junqueira, que registra a memória do samba e da cultura de Belo Horizonte.

Conversa com autores: Ana Elisa Ribeiro e Jacyntho Lins Brandão

Data: 25 de março
Hora: 13h
Local: Praça de Serviços da UFMG
Mediação: Carla Viana Coscarelli
Duração: 1h

Ana Elisa Ribeiro e Jacyntho Lins Brandão são dois veteranos das Letras, com larga e reconhecida produção literária.

Ana Elisa Ribeiro é escritora, poeta, cronista, ensaísta, editora, professora e pesquisadora. Ganhou o Prêmio Jabuti 2022 com o livro Romieta e Julieu, entre outros prêmios. Tem diversos livros publicados, obras literárias e acadêmicas, como: Anzol de pescar infernos (2013), Xadrez (2015), Álbum (2018), Dicionário de imprecisões (2020), Doida pra escrever (2021), Nossa língua & outras encrencas (2023), Causas não naturais (2023), Menos ainda (2023). Entre os infantis e infantojuvenis, publicou Sua mãe (2011), Pulga atrás da orelha (2017), O e-mail de Caminha (2018), O que é um livro? (2018). É professora do CEFET-MG onde desenvolve estudos e pesquisas sobre edição, tecnologias digitais e língua portuguesa.

Jacyntho Lins Brandão, atualmente presidente da Academia Mineira de Letras (AML), é tradutor, poeta, escritor. É professor emérito da UFMG, professor da Faculdade de Letras e é uma das pessoas mais importante dos Estudos Clássicos no Brasil. Finalista do Prêmio Jabuti em 2018 com a tradução do livro Ele que o abismo viu: Epopeia de Gilgámesh (2017), traduziu também, entre muitos outros textos, a Epopeia da criação: Enûma Elið (2022). Tem diversos livros publicados como O fosso de Babel (1997), Antiga musa: arqueologia da ficção (2005), A invenção do romance (2005), A poética do Hipocentauro (2008), Helleniká: introdução ao grego antigo (2009), Em nome da (in)diferença: o mito grego e os apologistas cristãos do segundo século (2014), entre outros. Publicou também o livro infantojuvenil Por que domingo não se chama primeira-feira? (2022). Entre os seus livros de poemas, estão Mais (um) nada (2020), Harsíese (2023).

O que une esses dois escritores, professores, pesquisadores nessa conversa é sua versatilidade ao escrever textos de vários gêneros e para diferentes públicos. Vamos conversar sobre seu processo de escrita e sobre seus livros, incluindo os livros que publicaram pela Editora UFMG.

26 de março

Show de Jéssica Gaspar

Data: 26 de março
Hora: 12h
Local: Praça de Serviços
Duração: 1h

Jéssica Gaspar, nova promessa da música brasileira, é uma artista multitalentosa que começou sua carreira na CUFA, na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. Com um estilo eclético que transita pela MPB e pelo afrohouse, Jéssica já conquistou mais de um milhão de ouvintes no Spotify com o single Brisa, produzido por Maz + Antdot. Recentemente, a artista se apresentou em Portugal, ganhando cada vez mais reconhecimento internacional.

Sua poesia sofisticada e a peculiaridade de sua voz trazem, em suas composições, reflexões profundas sobre ancestralidade, emancipação negra e feminina. A canção “Deus é uma mulher preta” se tornou enredo no carnaval de Salvador em 2020, com o Bloco Ókánbí, e foi traduzida para o inglês e o italiano, sendo incluída em várias pesquisas acadêmicas.

Jéssica já se apresentou em renomados palcos, como o Circo Voador, o Auditório Ibirapuera, a Casa Natura Musical e o FAN – Festival de Arte Negra de Belo Horizonte. Também esteve na Bienal de São Paulo, ao lado do rapper Bnegão. A artista foi convidada a criar conteúdo exclusivo para o programa COLORs, um dos maiores canais de música no YouTube. Em reconhecimento ao seu trabalho, recebeu o prêmio do Instituto Ilú Obá de Min – Educação, Cultura e Arte Negra como uma voz negra necessária para o Brasil no século XXI. Jéssica também é integrante do Afoxé Filhas de Gandhy.

Conversa com autores: Leíner Hoki

Data: 26 de março
Hora: 13h
Local: Praça de Serviços
Mediação: Marcos Alexandre
Duração: 1h

Leíner Hoki é artista visual, escritora, pesquisadora e arte-educadora popular. Com graduação e mestrado em Artes pela UFMG, atualmente cursa doutorado. Sua dissertação Tríbades, Safistas, Sapatonas do mundo, uni-vos se transformou em livro pela editora Urutau e foi semifinalista do 64º Prêmio Jabuti (2022). Em sua obra, Leíner investiga a poética das lesbianidades, explorando questões filosóficas, políticas e poéticas a partir da arte e da literatura “lésbicas” e de outras identidades, como as de pessoas não binárias e bissexuais. Sua pesquisa aborda temas como marxismo-feminismo, questões raciais, crítica social e decolonialidade, além de revisitar o pensamento de autoras como Adrienne Rich, Monique Wittig e Gloria Anzaldúa. O objetivo de sua obra é refletir sobre a diversidade da experiência lésbica, com um olhar crítico sobre as contradições e pluralidades da sociedade.

27 de março

Encruzilhada de mulheres: histórias contadas por Chica Reis

Data: 27 de março
Hora: 12h
Local: Praça de Serviços
Duração: 1h
Classificação: 16 anos

Encruzilhada de mulheres é um espetáculo de contação de histórias para adultos, centrado em cinco mulheres negras. Com estreia na 5ª edição da Segunda Preta em 2018, a apresentação é uma adaptação livre de contos de autores como Nei Lopes, Conceição Evaristo, France Leal, Alice Walker, Mãe Beata de Yemonja e itans da cultura yorubá. A narrativa apresenta mulheres que, diante de momentos-chave em suas vidas, tomam decisões radicalmente transformadoras, quebrando padrões estabelecidos sobre o que significa ser mulher e, mais ainda, ser mulher negra.

Através dessas histórias, a peça oferece uma voz poética e metafórica que atravessa o tempo, mostrando como essas mulheres se reinventam diante da dor, da traição e da opressão. O espetáculo propõe um espaço de reflexão e cura, com o poder de inspirar outras mulheres a se fortalecerem e se libertarem.

Chica Reis é atriz e contadora de histórias. Graduada em Artes Cênicas pela UFMG e mestranda na Faculdade de Educação da UFMG, é especializada em histórias ancestrais diaspóricas e contos afro-brasileiros. Idealizadora e produtora do Embondeiro de Histórias – Encontro Negro de Contadores de Histórias,em Belo Horizonte, Chica também integra o Coletivo Iabás e o Clã Sambadeiras de Minas. Com uma forte conexão com o samba de roda e a tradição afro-brasileira, Chica é uma multiplicadora do Teatro do Oprimido e realiza oficinas de Formação Étnico-Racial.

Conversa com autores: Rogério Lopes

Data: 27 de março
Hora: 13h
Local: Praça de Serviços
Mediação: Thereza Bruzzi
Duração: 1h

Rogério Lopes é um dos grandes estudiosos das máscaras afro-brasileiras, tema de seu mais recente livro. A obra investiga as tradições de mascaramento a partir do conhecimento popular de foliões em Minas Gerais, especialmente nas cidades de Fidalgo e Matozinhos. Durante a conversa, Lopes abordará a importância das máscaras nas manifestações culturais brasileiras, como nas Folias de Reis, nas Cavalhadas, no Bumba-meu-boi e no Nego Fugido, e como essas tradições podem ser incorporadas de maneira criativa e didática ao teatro.

Professor no Teatro Universitário e no Programa de Pós-Graduação da Escola de Belas Artes da UFMG, Rogério também coordena o Teatro&Cidade – Núcleo de Pesquisa Cênica do Teatro Universitário (TU) e o grupo de pesquisa do CNPq “Africanidades e a Cidade”. Pós-doutor em Educação pela UFOP, com pesquisa sobre educação antirracista nas artes da cena, e obras apresentadas em festivais nacionais e internacionais, ele compartilhará suas experiências como ator e diretor de teatro.


Editoras Participantes

ABEU, Aletria, Artesã, Autêntica, Bazar do Tempo, Boitempo, Companhia das Letras, DarkSide, Edições Sesc, Editora 34, Editora da UFSC, Editora Fiocruz, Editora PUC Minas, Editora Senac, Editora UFABC, Editora UFMG, Editora UFV, Editora Unesp, Editora Unicamp, Editora Unicentro, Editus, Edufba, Edusp, Elefante, Exitus, Expressão Popular, Fósforo, Global, HarperCollins, Impressões de Minas, Literíssima, L&PM, Lote 42, Malê, Martin Claret, Mazza Edições, Mulheres em Letras, Olhares, PUCPRESS, Quixote+Do, Record, Relicário, RHJ Editora, Todavia, Vozes, Ubu.

Serviço

Festa do Livro UFMG 2025
32 Festa do Livro UFMG 2025: programação cultural gratuita Data: 24 a 27 de março
32 Festa do Livro UFMG 2025: programação cultural gratuita Horário: 9h às 19h
32 Festa do Livro UFMG 2025: programação cultural gratuita Local: Praça de Serviços, Campus Pampulha, UFMG.
Avenida Presidente Antônio Carlos, 6.627, Pampulha, Belo Horizonte/MG