Exposição no Parque Villa-Lobos homenageia mulheres que transformaram a história do câncer de mama

Exposição no Parque Villa-Lobos homenageia mulheres que transformaram a história do câncer de mama

Uma exposição inédita no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, vai homenagear mulheres que transformaram a história do câncer de mama. A mostra “Coletivo Pink, por um outubro além do rosa: Mulheres que Transformam o Viver com Câncer de Mama na Ciência e na Sociedade” será realizada de 1º a 22 de outubro, das 10 às 18h.

A exposição, que tem patrocínio da Pfizer e produção cultural da Yabá Consultoria e coprodução da Aflora Cultural, conta com uma estrutura geodésica de 64 m2, em formato de uma harmoniosa mama gigante. O espaço abrigará uma experiência multissensorial em que a sororidade e esperança estarão presentes em histórias protagonizadas por mulheres ao longo dos últimos séculos, em diferentes áreas do conhecimento, e regiões do mundo.

Entre as várias protagonistas desta exposição, estão:

  • Marie Curie, cientista polonesa que recebeu o Prêmio Nobel pela descoberta do rádio, elemento que contribuiu para o surgimento das radioterapias e até mesmo base para a criação do mamógrafo, ainda hoje o principal meio de rastreamento do câncer de mama.
  • Jane Cooke Wright, médica norte-americana que nos meados dos anos 50 realizou pesquisas e contribuições fundamentais para o desenvolvimento da quimioterapia, ainda o principal tratamento para quem vive com câncer.
  • Fabiana Makdissi, mastologista brasileira que, além de atender suas pacientes, também recebeu o diagnóstico e passou a elevar sua voz para levar informações confiáveis a quem passa pelo mesmo.
  • Joana Jecker, fundadora da Recomeçar, Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília, que assumiu o ativista social como propósito de vida, focando seus esforços pelos direitos das mulheres por meio da defesa de políticas públicas no Congresso Nacional.
  • Jussara Del Moral, que há 16 anos convive com câncer de mama metastático e se transformou em grande influenciadora através do seu canal @supervivente.
  • Karen Stephanie, cantora lírica que realizou o sonho da maternidade após o diagnóstico.
  • Carol Magalhães, design e influenciadora digital em Salvador, que realizou o sonho da maternidade após o diagnóstico.

Além da exposição, serão realizadas contações de história, oficinas culturais gratuitas, a disponibilização de livros em que as mulheres são protagonistas em parceria com a equipe da Biblioteca Parque Villa Lobos. Também serão realizadas intervenções teatrais rápidas sob o título “Mulheres que sonham” aos sábados, (dias 7, 14 e 21), às 10h30.

A entrada para a exposição é gratuita.

Serviço

Exposição Coletivo Pink, por um outubro além do rosa: Mulheres que Transformam o Viver com Câncer de Mama na Ciência e na Sociedade

Data: de 01 a 22 de outubro

Horário: das 10 às 18h.

Local: Biblioteca Parque Villa-Lobos – São Paulo

Entrada gratuita Mais informações: neste link

marramaqueadmin

MAM São Paulo inaugura 38º Panorama da Arte Brasileira
Ele se chama Bilibeu. Ou Santo Bilibeu, ou ainda Bilibreu. Esculpido em madeira e retinto como o breu, o santo é festejado todos os anos, na Baixada Maranhense, entre as cidades de Viana, Matinha e Penalva. As pessoas que o cultuam foram por décadas chamadas de ‘caboclos’ e apontadas pejorativemente como ‘os índios’. Foi em novembro 2014 que “os índios” passaram a reivindicar perante o Estado e a sociedade envolvente uma identidade indígena específica (não mais genérica). Os Akroá Gamella sempre esteveram ali, demarcando suas terras com os pés, como eles mesmo dizem, e utlizando os recursos naturais, sob regras específicas, com o intuito de preservar a natureza e manter a sua subsistência físisca e simblólica. Foi em segredo mantiveram vivos Entidades que sobreviveram à censura identitária e ao racismo. Bilibeu foi um deles, o mais conhecido de todo os Encantados locais. São Bilibeu perseverou ao silenciamento e permaneceu preservado publicamente porque ficou mimetizado dentro das comemorações do carnaval. Nesse período em que “tudo pode”, Bilibeu pode existir e sair às ruas num festejo que dura 4 dias, no qual dezenas de crianças e adultos pintados de carvão, marcham durante dez ou doze horas, incorporando os ‘cachorros de Bilibeu’ que, de casa em casa, de aldeia em aldeia, caçam. A matilha de cachorros e cachorras, sob orientação de um chefe, o ‘gato maracajá’, caçam comida e bebida para oferecer ao santo que em um determinando momento do ritual morre, é enterrado, sob o choro de mulheres, e renasce na manhã seguinte para continuar dando fartura e fertilidade ao povo Akroá Gamella. Se antes, era celebrado no carnaval, hoje o povo Akroá Gamella, escolheu outra data para o ritual. O dia 30 de abril é, desde de 2019, a data em que Bilibeu é cultuado. Bilibeu definitivamente não é uma festa, é um rito. Um rito que agora marca um evento de muita dor, tristeza e revolta. Pois foi nesse dia, no ano de 2017, que