Fotógrafa celebra 300 anos do maracatu rural com exposição em Recife

Fotógrafa pernambucana destaca 300 anos do maracatu rural em exposição

A fotógrafa pernambucana Cláudia Dalla Nora inaugura no dia 12 de agosto a exposição “De Cambinda ao Maracatu: Na Mata tem Brinquedo”, que celebra os 300 anos do maracatu rural. A mostra, gratuita, acontece no Cais do Sertão, no Recife, e ficará aberta ao público até 12 de setembro. O evento destaca a importância cultural do maracatu rural, patrimônio reconhecido pelo Iphan, e convida visitantes a mergulharem em uma experiência sensorial única.

Exposição de maracatu rural reúne 41 fotografias inéditas

Com 41 registros inéditos, a exposição traz imagens capturadas em Nazaré da Mata, Tracunhaém e Buenos Aires. Essas fotos revelam a força do maracatu rural, expressão cultural que nasceu no século XVIII entre populações negras escravizadas em Pernambuco. A mostra apresenta ensaios, cortejos e encontros comunitários, destacando o Encontro de Maracatus do Engenho Bringa, evento tradicional da Zona da Mata Norte.

Maracatu rural: cultura, memória e resistência em destaque

O maracatu rural mistura elementos africanos, indígenas e europeus. Cláudia usa a fotografia como ferramenta de memória e resistência, afirmando que, “se o maracatu desfila para não esquecer, eu fotografo para lembrar”. A curadoria da produtora Gisele Carvallo posicionou as fotos em tecidos rústicos que flutuam, junto a figurinos artesanais e versos de loas nas paredes, criando uma atmosfera viva e pulsante.

Experiência sensorial e tecnológica na mostra do Cais do Sertão

Além das imagens, a exposição traz uma imersão sonora com vozes de mestres e mestras do maracatu, para que o público possa sentir o ritmo da brincadeira popular. Também serão transmitidos aromas da vegetação típica da cultura canavieira, como terra molhada e arruda, ampliando a percepção e a conexão com essa tradição pernambucana.