Exposição Fotográfica Revela a História e Cultura dos Mercados Públicos do Recife na Casa da Cultura Luiz Gonzaga

Exposição Fotográfica Revela a História e Cultura dos Mercados Públicos do Recife na Casa da Cultura Luiz Gonzaga

Uma exposição fotográfica única e envolvente, intitulada “Mercado em Foco: Cultura Que Dá Gosto a Gente Vê”, está prestes a ser inaugurada na Casa da Cultura Luiz Gonzaga, localizada no bairro de São José, no coração da capital pernambucana. O evento terá início no domingo, dia 6 de agosto, às 15h, e oferecerá ao público a oportunidade de explorar visualmente a rica história e arquitetura dos cinco icônicos mercados públicos da cidade.

Desenvolvido em parceria com a OSCIP Diálogos e com o apoio do Governo do Estado através do Funcultura, o projeto captura a essência vibrante dos mercados públicos de Recife por meio de uma série de 36 fotografias inéditas, todas capturadas pelo talentoso fotógrafo Rodrigo Vinicius, um morador da periferia e graduado em fotografia pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).

Os cinco mercados públicos em destaque são verdadeiros pilares da cultura e da história recifense. A exposição apresentará detalhes impressionantes sobre cada um deles, desde o icônico Mercado de São José, o mais antigo edifício pré-fabricado de ferro do Brasil, até o Mercado de Afogados, centro de comércio popular que desempenhou um papel vital no desenvolvimento da área circundante.

A acessibilidade é uma prioridade nesta exposição, que contará com recursos como audiodescrição e libras para garantir que todos os visitantes possam desfrutar plenamente da experiência. Além disso, o projeto também lançará um catálogo impresso e virtual, disponível em português e inglês, que trará imagens fascinantes e informações intrigantes sobre os mercados, sendo distribuído gratuitamente aos turistas e frequentadores dos mercados.

“Estou extremamente animado em compartilhar este projeto com o público. As fotografias capturam momentos documentais preciosos dos mercados públicos que têm sido parte integrante da vida recifense, cheios de encontros, tradições e celebrações”, compartilha o artista Rodrigo Vinicius, que tem se dedicado a documentar a cidade e sua cultura por mais de uma década.

A exposição estará aberta para visitação de segunda a sábado, das 9h às 17h, até o final de agosto. Os visitantes poderão mergulhar na história e no ambiente único de cada mercado público, compreendendo sua influência na vida cotidiana da cidade ao longo do tempo. A entrada é gratuita e a exposição é classificada como livre para todas as idades.

Para aqueles que desejam explorar a rica tapeçaria cultural dos Mercados Públicos do Recife, a exposição “Mercado em Foco: Cultura Que Dá Gosto a Gente Vê” é uma oportunidade imperdível. Marque na agenda e venha desvendar as histórias que esses mercados têm para contar!

Serviço:

  • O quê: Exposição Fotográfica “Mercado em Foco: Cultura Que Dá Gosto a Gente Vê”
  • Onde: Casa da Cultura Luiz Gonzaga, Rua Padre Floriano, São José, Recife
  • Quando: Domingo, 6 de agosto
  • Horário: Das 9h às 17h (segunda a sábado)
  • Ingressos: Gratuito
  • Classificação: Livre

Ficha Técnica:

  • Realização e Coordenação Geral: OSCIP Diálogos
  • Produção Executiva: Edilton Euclides e José Ricardo
  • Coordenação de Fotografia: Vinicius Rodrigues
  • Edição de Fotografia: Vinicius Rodrigues
  • Elaboração de Projeto: Roseane Rodrigues
  • Pesquisa / elaboração de texto: OSCIP Diálogos e Cristiane Rodrigues
  • Revisão de Texto: Jane de Oliveira Sento-Sé
  • Tradução: Gabriel Torres
  • Equipe de Produção: Yasmim Alves / Altamir Oliveira / Maria Eduarda Ferreira / Gabriel Gamboa
  • Making Of: Vinicius Rodrigues e Breno Malinconico
  • Design Gráfico: Vanessa Silva
  • Acessibilidade: Audiodescrição(AD): Entrelinhas Comunicação Acessível.
  • Roteiro de AD: Bruna Cortez / Consultoria de AD: Roberto Cabral.
  • Assessoria de Comunicação: Salatiel Cícero e Viviane Alves.

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Ele se chama Bilibeu. Ou Santo Bilibeu, ou ainda Bilibreu. Esculpido em madeira e retinto como o breu, o santo é festejado todos os anos, na Baixada Maranhense, entre as cidades de Viana, Matinha e Penalva. As pessoas que o cultuam foram por décadas chamadas de ‘caboclos’ e apontadas pejorativemente como ‘os índios’. Foi em novembro 2014 que “os índios” passaram a reivindicar perante o Estado e a sociedade envolvente uma identidade indígena específica (não mais genérica). Os Akroá Gamella sempre esteveram ali, demarcando suas terras com os pés, como eles mesmo dizem, e utlizando os recursos naturais, sob regras específicas, com o intuito de preservar a natureza e manter a sua subsistência físisca e simblólica. Foi em segredo mantiveram vivos Entidades que sobreviveram à censura identitária e ao racismo. Bilibeu foi um deles, o mais conhecido de todo os Encantados locais. São Bilibeu perseverou ao silenciamento e permaneceu preservado publicamente porque ficou mimetizado dentro das comemorações do carnaval. Nesse período em que “tudo pode”, Bilibeu pode existir e sair às ruas num festejo que dura 4 dias, no qual dezenas de crianças e adultos pintados de carvão, marcham durante dez ou doze horas, incorporando os ‘cachorros de Bilibeu’ que, de casa em casa, de aldeia em aldeia, caçam. A matilha de cachorros e cachorras, sob orientação de um chefe, o ‘gato maracajá’, caçam comida e bebida para oferecer ao santo que em um determinando momento do ritual morre, é enterrado, sob o choro de mulheres, e renasce na manhã seguinte para continuar dando fartura e fertilidade ao povo Akroá Gamella. Se antes, era celebrado no carnaval, hoje o povo Akroá Gamella, escolheu outra data para o ritual. O dia 30 de abril é, desde de 2019, a data em que Bilibeu é cultuado. Bilibeu definitivamente não é uma festa, é um rito. Um rito que agora marca um evento de muita dor, tristeza e revolta. Pois foi nesse dia, no ano de 2017, que