Exposição “Argus” celebra 200 anos da imigração alemã no Brasil

Exposição “Argus” celebra 200 anos da imigração alemã no Brasil

A exposição “Argus”, que homenageia os 200 anos da imigração alemã no Brasil, chega à Cidade das Artes no Rio de Janeiro em 21 de novembro. Com curadoria de Edson Cardoso, a mostra já percorreu galerias em Berlim, Finlândia e Rio de Janeiro, celebrando a rica herança sócio-cultural alemã no Brasil.

Contribuição alemã para a cultura brasileira

A imigração alemã começou em 1823, com a chegada do navio Argus ao Rio de Janeiro, trazendo 269 imigrantes. Ao longo das décadas seguintes, mais de 11 mil colonos e soldados germânicos chegaram ao Brasil. Essa comunidade contribuiu significativamente para áreas como agricultura, arquitetura, gastronomia, música e literatura. Estima-se que existam hoje mais de 5 milhões de descendentes de alemães no Brasil, destacando a influência dessa imigração na cultura e economia do país.

Destaques da exposição “Argus”

A mostra reúne obras de mais de 90 artistas, incluindo nomes como Adélia Clavien, Ana Luiza Mello, Homero Ribeiro, e os artistas alemães Jurgen Eichler e Michel Muller. Entre os convidados especiais estão Montezuma Ferreira e Antônio Geraldo Barrozo do Amaral.

Organizada pela Ava Galleria Rio, a exposição leva o nome do primeiro navio a trazer imigrantes alemães ao Brasil. A Ava Galleria, conhecida por seu trabalho em exposições internacionais, como a International Contemporary Art Fair, no Carrousel du Louvre, também destaca a conexão entre culturas ao longo de quase duas décadas de atuação.

Serviço

  • Exposição: Argus
  • Local: Cidade das Artes, Av. das Américas, 5300 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro
  • Abertura: 21 de novembro, às 18h
  • Visitação: 22 de novembro a 22 de dezembro, de quarta a domingo, das 14h às 19h
  • Entrada gratuita

A exposição promete ser uma oportunidade única para conhecer a história da imigração alemã e apreciar sua influência na cultura brasileira.

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MAM São Paulo inaugura 38º Panorama da Arte Brasileira
Ele se chama Bilibeu. Ou Santo Bilibeu, ou ainda Bilibreu. Esculpido em madeira e retinto como o breu, o santo é festejado todos os anos, na Baixada Maranhense, entre as cidades de Viana, Matinha e Penalva. As pessoas que o cultuam foram por décadas chamadas de ‘caboclos’ e apontadas pejorativemente como ‘os índios’. Foi em novembro 2014 que “os índios” passaram a reivindicar perante o Estado e a sociedade envolvente uma identidade indígena específica (não mais genérica). Os Akroá Gamella sempre esteveram ali, demarcando suas terras com os pés, como eles mesmo dizem, e utlizando os recursos naturais, sob regras específicas, com o intuito de preservar a natureza e manter a sua subsistência físisca e simblólica. Foi em segredo mantiveram vivos Entidades que sobreviveram à censura identitária e ao racismo. Bilibeu foi um deles, o mais conhecido de todo os Encantados locais. São Bilibeu perseverou ao silenciamento e permaneceu preservado publicamente porque ficou mimetizado dentro das comemorações do carnaval. Nesse período em que “tudo pode”, Bilibeu pode existir e sair às ruas num festejo que dura 4 dias, no qual dezenas de crianças e adultos pintados de carvão, marcham durante dez ou doze horas, incorporando os ‘cachorros de Bilibeu’ que, de casa em casa, de aldeia em aldeia, caçam. A matilha de cachorros e cachorras, sob orientação de um chefe, o ‘gato maracajá’, caçam comida e bebida para oferecer ao santo que em um determinando momento do ritual morre, é enterrado, sob o choro de mulheres, e renasce na manhã seguinte para continuar dando fartura e fertilidade ao povo Akroá Gamella. Se antes, era celebrado no carnaval, hoje o povo Akroá Gamella, escolheu outra data para o ritual. O dia 30 de abril é, desde de 2019, a data em que Bilibeu é cultuado. Bilibeu definitivamente não é uma festa, é um rito. Um rito que agora marca um evento de muita dor, tristeza e revolta. Pois foi nesse dia, no ano de 2017, que