Entrevista: Yule, cantora

1. Yule, o “EP Adivinha” é descrito como muito romântico e voltado para os casais apaixonados. Como você se conectou pessoalmente com a temática dessa faixa principal? Ela reflete algum momento específico da sua vida?

Na real sempre fui da ideia de ter “um amor pra vida”. Por mais que esse amor ainda não tenha chegado pra mim, admiro aos que já tenham se encontrado. Falar de amor é muito gostoso, é o sentimento mais leve e puro que alguém pode ter. Tenho alguns momentos que lembram trechos dessa letra incrível. 

2. A faixa “Adivinha” fala sobre o início de um romance leve e emocionante. O que você acredita ser o segredo para transmitir essa leveza e emoção através da música?

Eu acho que o foco principal é a interpretação de voz e a corporal. Isso vale muito. 

Em todos os trabalhos que vou fazer, mesmo que a letra da música não seja minha, eu faço questão de ter uma imersão completa dentro daquela história, como se eu fosse a sua protagonista, para que eu sinta exatamente o que aquela letra está falando e quer passar. 

3. Você mencionou que “Adivinha” fez você acreditar mais no amor. Qual foi a principal lição ou sentimento que essa música trouxe para você?

Sempre amei filmes de romance, mas sempre acreditei que romances só existiam em filmes. Mas juro que depois de cantar ADIVINHA e ver/sentir aquela história meu conceito mudou, ADIVINHA amoleceu um pouco meu coração. 

ADIVINHA me falou algo a respeito de um amor que está me esperando. Não um amor perfeito, mas um amor que QUER MUITO acontecer, e não vai acontecer se “eu” não permitir que aconteça. 

A princípio você tem que estar disposto e sensível para prestar atenção nos detalhes e na pureza desse amor. 

4. Além da faixa principal, o EP traz um medley com regravações de “Nocaute” e “Quando a Chuva Passar”. Como foi o processo de escolher essas músicas e dar uma nova interpretação a esses clássicos da música brasileira?

Sendo repetitiva aqui, é gostoso demaaais falar de amor, e nesses clássicos também me imaginei sendo a protagonista hahahahah. 

No medley, gostaríamos de faixas que conversassem entre si. Tanto na melodia quanto no papo. E por incrível que pareça, não “batemos muito a cabeça”, foi extremamente natural, enquanto buscávamos melodias pelo piano e violão essas músicas foram surgindo. 

E achamos mais incrível ainda e vimos que elas casariam quando notamos que em “Quando a chuva passar” falava sobre um amor que está conturbado, mas que esse momento vai passar, e quando passar eles verão o quanto o amor deles ainda é tremendo. Enquanto “Nocaute” vinha com a fala de que mesmo o tempo passando aquele alguém ainda permanece sendo seu amor. Eu acho que isso conversa muito! 

5. Seu primeiro DVD de carreira, “Olhares”, já está em andamento com várias faixas lançadas. O que os fãs podem esperar do lançamento completo desse projeto?

Olhares foi um projeto onde quisemos mostrar vários lados da Yule Rossi. Começamos com a faixa “Carta Branca”, onde conta uma desilusão amorosa sofrida, e que mesmo sofrendo, aquela pessoa ainda espera a volta da outra; lançamos em seguida “Jogo de Amar”, contando a história de uma pessoa que pede uma chance para fazer um novo amor feliz. Viemos com “Sete Vidas”, onde uma menina enganada por um cara lindo prefere rir da própria desilusão do que chorar. “Adivinha”, que conta a história de um encontro de almas, um amor puro e “raro”. E AGORAAAAAA…..   TCHAN TCHAN TCHAN TCHAN…  ahiiiiinn acho que não posso falar ainda 32 Entrevista: Yule, cantora

6. Você tem uma forte conexão com sua trajetória familiar na música, com o apoio do seu pai e as lembranças da infância. Como essas experiências influenciam sua música e sua identidade artística hoje?

Ao meu ver, o início de um sonho começa na infância, quando somos bem pequenininhos. Eu cresci numa casa completamente musical, onde meu pai escutava muito Creedence, Beatles… 

E tudo isso fez parte da minha criação de identidade musical (que creio que ainda está em construção até os dias de hoje). Enquanto isso o pai dele sempre escutou muito dos clássicos sertanejos, como Trio Parada Dura, Milionário e José Rico, Gino e Geno, o que também me despertou uma curiosidade tremenda na música. E além disso, minha mãe sempre foi fã de sertanejo universitário, como: João Bosco e Vinicius, Jorge e Mateus, Victor e Léo. Me lembro bem dela comprando os CDs nas bancas para ouvirmos no carro. 

Então as minhas melhores lembranças de infância são regadas de música, e isso com certeza faz parte da artista que sou hoje.

7. O projeto “Só as Moda” mostra sua paixão pela música sertaneja clássica. Como você equilibra essa herança musical com novas composições e tendências atuais no sertanejo?

Os clássicos (principalmente os românticos) tem meu coração. Naquela época você não se importava em escrever algo “chiclete”. Você contava uma linda história de amor ou de desilusão. Contava como era o dia de um trabalhador rural ou de quando ele vinha pra cidade grande. A música era uma completa história narrada com melodias que combinassem com aquela letra. 

Eu entendo e respeito cada era do sertanejo. Acho que a música não tem limites e acho que sempre terá alguém para escutar sua verdade. Eu pretendo continuar buscando o equilíbrio entre as minhas origens junto ao que o público da minha idade também quer ouvir. 

8. O clipe de “Adivinha” foi dirigido por Amós Rodrigues. O que você pode nos contar sobre a concepção visual desse clipe e como ele complementa a história da música?

Adivinha é uma música que começa de forma intimista, que conta no seu princípio os detalhes de um jantar romântico, e a equipe que dirigiu soube e teve total carinho em trazer isso (o ar de intimista), principalmente nos jogos de luz com o foco da câmera inicialmente só em mim e no Bruno (piano e produtor musical do projeto). A música vai se desenvolvendo e na medida que vai crescendo pega o palco por inteiro, dando uma emoção tremenda. 

9. Desde que começou a tocar em bares, você percorreu uma longa jornada até acumular milhões de streams e visualizações. Como você vê essa evolução na sua carreira e o que isso significa para você como artista?

Já são alguns anos, né?! Rsrs 

Eu sou grata a Deus por cada passo dado e sei que cada um deles foi necessário para eu chegar até aqui (e sei que ainda é só o começo). Ninguém anda sozinho. Sempre contei com meu pai na estrada, com as orações da minha mãe em casa e hoje, graças a Deus, conto com um time que confia em mim. O meu time me coloca pra frente e me ajuda a crescer como artista, me estendendo a mão e trabalhando firme comigo. Devo a todos ao meu redor cada pedaço da minha evolução como artista. Comemoramos cada vitória, cada play, cada visualização, e entendemos que cada pequena conquista é especial. 

O mais incrível de tudo é que meu time sempre me dá asas e me deixam ser quem eu sou. 

E que lindo isso!!!! Porque ser artista é poder compartilhar sem medo o que existe de mais profundo dentro de você. E eles me ajudam nisso. 32 Entrevista: Yule, cantora

10. O que o público pode esperar de Yule Rossi para o restante de 2024 e além? Há novos projetos ou colaborações que você gostaria de compartilhar conosco?

Esperem muita coisa boaaaaa hahahahah.

Acabaremos de lançar DVD OLHARES com uma música muito especial, a cara da moçada da minha idade e logo depois viremos com um projeto que continua falando muito sobre mim, e dessa vez com ainda mais detalhes que amo, dizendo muito a respeito de quem sou. De uma forma bemmm jovem, sem esquecer de onde vim e das minhas raízes.