Entrevista: Tuzin, cantor e compositor

1.Você mencionou que “Besteira” estava guardada há um tempo. O que te motivou a escolher essa música como primeiro single do EP?
Essa música não está guardada há um tempo à toa, eu sempre vi nela algo que não vejo em todas, e acabei precisando de tempo pra realmente deixar ela do jeito que ela merecia, e por isso foi escolhida para ser o single do EP, a primeira faixa.
2.Qual foi a inspiração para a letra de “Besteira”? Você pode contar um pouco sobre a história por trás da música?
Essa música foi escrita em um momento que eu estava frustrado com uma paixão não correspondida, já tava cansado de tentar de tudo e dar errado. Um dia encontrei com essa pessoa, mais uma vez senti que aquilo estava me fazendo mal e aí nasceu o refrão “não vou me preocupar, isso é besteira, nem me precipitar e já pedir minha saideira”, uma forma de dizer que dali pra frente seguiria minha vida.
3.Como você descreveria a sonoridade do EP? Quais são as principais influências que você buscou nesse trabalho?
Eu acho que esse EP tenta resgatar um pouco do rock, mas sem deixar de ser atual. Tem música pra todos os momentos, sabe? Pra quando estiver em uma cachoeira, quando estiver puto da vida, quando estiver apaixonado, quando estiver cansado de uma paixão… O objetivo era esse, trazer um pouco de rock’n roll e continuar sendo contemporâneo.
4.Qual foi o papel do Dan Oliveira no processo de produção do EP? Como foi a colaboração de vocês?
Sem o Dan não teria nada. Além de fazer parte de várias composições, o Dan foi literalmente o meu braço direito, o olho que não deixava passar nada, que estava sempre atento, participando sem exceção do processo criativo das cinco faixas.
5. Você mencionou que o EP é o trabalho mais importante da sua carreira. O que te faz sentir assim?
Nós começamos a produzir esse EP em fevereiro, é quase um ano de trabalho, de uma busca diária por consolidar uma identidade e uma sonoridade autêntica. Eu nunca tinha me dedicado esse tempo para uma obra, com essa atenção e cuidado. É o primeiro trabalho que eu faço em colaboração com o meu selo Aporta também, isso acaba fazendo muita diferença para o trabalho ser mais profissional.
6. Quais são as expectativas para o lançamento do EP? Você tem alguma meta específica em mente?
A principal expectativa é que as pessoas conheçam esse Tuzin, esse lado meu que ainda não foi mostrado, essa sonoridade. Números são consequência, acho que agora é pensar em trabalhar, rodar as casas de shows e fazer as pessoas conhecerem o trabalho e a minha identidade.
7. Como você avalia a cena musical de Belo Horizonte? Quais são os desafios e as oportunidades para um artista independente na cidade?
É uma cena com muitos artistas talentosos, de todo tipo de som, e isso faz com que seja uma cena movimentada, sempre em transformação e de muita troca, o que é extremamente positivo.
8. Você mencionou que já tocou com a banda Hotelo. Como foi essa experiência e como ela te influenciou?
Os meninos me convidaram para fazer uma participação com eles em um show que fizeram aqui em BH, e depois acabamos virando amigos. Pra mim foi muito massa porque eles são uma referência para o meu trabalho, temos influências parecidas, gostamos de um som muito parecido.
9. Quais são os seus próximos passos na carreira? Você tem planos de fazer shows, turnês ou lançar novos trabalhos?
Nesse momento meu maior objetivo é rodar as casas de shows com meu EP e tocar o máximo possível essas cinco faixas que estão por vir.
10. Quais são seus maiores sonhos como músico?
Meu maior sonho como músico é fazer shows impactantes, com energia, que as pessoas realmente saiam de um show cansados, sem voz, que deixem toda a energia cantando e pulando.
11. Como você enxerga a sua música impactando o público? Qual mensagem você gostaria de transmitir?
Um artista pra mim tem que falar dos seus problemas, costumes, virtudes para as pessoas se identificarem. Cantarem as músicas como se estivessem falando da sua própria vida, dos seus problemas, das suas felicidades e etc. Então não tem como dizer uma mensagem específica, mas várias, dependendo da música.
12. Você mencionou o Charlie Brown Jr. como uma das suas principais influências. De que forma a banda te inspirou?
Charlie Brown é a banda que eu conheço a discografia inteira, sem nenhuma exceção. Além do som, eu gosto da atitude do som. É difícil definir exatamente o que é Charlie Brown Jr, eles caminharam por vários estilos, então além da atitude e da forma que o chorão escrevia, eu gosto muito dessa criatividade e ousadia que a banda teve durante toda a trajetória.
13.Quais são os artistas que você está ouvindo no momento?
Hoje eu escuto muito Daparte, que é uma banda de BH, inclusive as guitarras do meu EP foram gravadas no estúdio do Juliano (vocalista) e as baterias o Crase (baterista) que gravou. Também escuto muito Hotelo, Face to Face e MGK.
14. Você tem alguma rotina específica para compor? Existe algum lugar ou momento em que as ideias fluem melhor?
Eu curto muito começar as ideias no meu quarto, gravando já pré produzindo no meu home studio, e depois levar pro Dan pra gente mexer junto, pensarmos juntos, esse processo em dupla tem feito bastante sentido pra mim.
15. Qual é a importância da música na sua vida?
Sem a música nada faz sentido, é ela que me faz ficar feliz em um dia bom, é ela que me tira do tédio no trânsito, que me faz ficar emocionado, que me deixa alegre, que me faz curtir um dia chuvoso, sem ela o mundo não teria graça.