Entrevista: Nina Girassóis, cantora e compositora
1. “Superfluido” marca o lançamento do seu primeiro álbum. Como foi o processo de criação desse trabalho, especialmente sendo um projeto tão ligado à espontaneidade e à “vida boa”?
SUPERFLUIDO assim como o nome é um álbum que surgiu aos poucos a muito tempo atrás , era o começo de tudo pra mim . Cantar e Compor . Era e é algo novo e muito feliz e confortável de ouvir .
2. A sua trajetória é fortemente ligada à cena dub brasileira e à bass music mundial. Como você percebe a evolução da sua carreira desde o lançamento de ‘Sangue Vermelho’ até agora com ‘Superfluido’?
Com o tempo vamos ganhando mais conhecimento né. Então as composições mudam ,os olhares mudam ,os sentimentos se renovam. Ja gravei vários singles que não são exatamente reggae . E isso é muito importante pra quem canta, porque evolui .
3. Você menciona que muitas das músicas do álbum surgiram de momentos espontâneos, como enquanto caminhava pela cidade ou em filas de supermercado. Como esses ambientes cotidianos influenciam sua criatividade?
Dia a dia ,cotidiano,vida , caos,amores … Tudo influencia! O momento da vida em que você está , a forma de ver como sua vida mudou ,tudo muda ,tudo se transforma em algo novo . É isso que influencia nas escritas .
4. Sua colaboração com o produtor Paulera tem sido uma parte essencial da sua jornada musical. Como surgiu essa parceria e como vocês criam juntos, tanto no estúdio quanto na vida real?
Paulera e eu nos conhecemos em 2012 . Ali firmamos a parceria . Comecei a cantar em casa ,em momentos esporádicos quando ele me pedia um backing vocal ,ou alguns agudinhos!!! Rs
Até um dia decidimos gravar algo em casa ( Rock studio ) e saiu . Desde então não paramos mais .
5. ‘Superfluido’ foi lançado pela Dubquake Records, um selo cultuado na cena bass music. Como essa parceria com uma gravadora francesa influenciou o desenvolvimento do álbum e como você sente que essa conexão internacional enriqueceu seu trabalho?
Essa conexão me enriqueceu muito musicalmente falando . Tenho parcerias hoje que jamais pensei que poderia chegar a ter , como a parceria que tenho em uma música com Marina P de quem sou muito fã .
6. Você tem uma carreira que se expandiu além das fronteiras do Brasil, especialmente na Europa. Como tem sido a experiência de residir em Portugal e como isso impacta sua música e seu processo criativo?
Acho que estando mais perto da cena europeia de reggae dub,me influencia no sentido de tentar buscar referências e vivências diferentes das que tinha no Brasil . O corre é sempre o mesmo ,o que muda é o cenário.
7. A cultura do sound system foi fundamental na sua formação artística. Quais foram as sessões mais marcantes para você, que influenciaram diretamente a criação de ‘Superfluido’?
Todas tiveram um impacto muito forte pra mim, difícil às vezes citar uma , sendo que em todas que fui e vou sempre bate forte em mim .
8. O que você espera que o público sinta ao ouvir ‘Superfluido’? Existe alguma faixa que tem um significado especial para você?
Cada faixa tem uma mensagem e um sentimento diferente. Mas sabe quando bota um disco em casa e sente bem ,confortável em ouvir ? Num domingo de sol ?! Essa é a sensação que quero que as pessoas sintam ao ouvir esse disco .
9. Com sua rápida ascensão e reconhecimento internacional, como você equilibra as expectativas do público com a sua liberdade criativa e o espírito leve que você busca manter em sua música?
Eu sou muito tranquila perante as expectativas, quero continuar fazendo música boa e que quem me ouça curta e queira cada vez mais ouvir e ouvir !! Rs
10. Você tem planos para uma turnê ou eventos ao vivo para promover ‘Superfluido’, seja no Brasil, em Portugal ou em outros países da Europa?
Estando aqui em Portugal é como se fosse meio caminho andando ,então quero sim poder viajar em turnê e mostrar meu trabalho. Minhas portas estão sempre abertas .