1. Maidy, conte-nos o que inspirou você a criar a história da Princesa Amora Maria Florentina de Florentia com poderes tão desastrosos.
A Princesa Amora foi inspirada em mim mesma e na minha infância! Tudo começou quando resolvi pegar alguns diários que escrevi quando eu tinha entre 8 e 10 anos para reler e ali tinha vários momentos engraçados e bem desastrados, então me veio a ideia de transformar isso em uma história mágica, com uma princesa vivendo em um reino mágico, mas igualmente atrapalhada! Então pelos livros tem várias citações de “Maidynha criança” hahaha
2. O primeiro volume foi um sucesso estrondoso. O que os leitores podem esperar encontrar de novo no segundo volume, “O diário de uma princesa desastrada 2”?
Neste segundo livro, a Princesa Amora está com ainda mais problemas, já que agora a terrível vilã de Florentia está a solta, pronta para atacar o reino mais uma vez. Então a princesa Amora continua se escondendo sob o disfarce da comum Florentina e ninguém pode descobrir que ela é a misteriosa princesa Amora. Além disso, a princesa Amora agora tem poderes tão desastrosos quanto ela e irá para uma nova escola, a Escola Floripondios de Novos Poderes, para aprender a lidar com isso. Mas como esse é o diário da princesa mais desastrada de todas, já podemos imaginar: Nada acaba como o esperado.
3. Neste segundo volume, a Princesa Amora precisa esconder sua verdadeira identidade. Como isso afeta a dinâmica da história e a jornada da personagem?
No primeiro volume ela também já se escondia e já vivia sob o disfarce de Florentina, uma garota comum do reino. Então nesse segundo volume isso se mantém e não afeta a história nem a jornada da personagem diretamente, por já ser uma dinâmica que os leitores conhecem e adoram. Ela se enfia em várias confusões tentando se esconder haha
4. Podemos esperar o retorno da terrível vilã do reino neste novo livro? Como a Princesa Amora enfrentará essa ameaça?
Sim, com várias reviravoltas, revelações e plot-twists. Isso é tudo que posso dizer sem dar spoilers
5. Os poderes únicos de Amora a levam a situações inusitadas. Pode compartilhar conosco um dos momentos mais engraçados ou surpreendentes que os leitores encontrarão no livro?
Um dos meus momentos favoritos é o capítulo que a Amora é transformada em galinha e se enfia em várias confusões! hahaha também não digo nada, além disso, para não dar spoilers, mas foi um dos capítulos que mais me diverti e que os leitores direto me mandam nas redes sociais que riram demais nessa parte!
6. A Escola Floripondios de Novos Poderes desempenha um papel importante na história. Como isso impacta a evolução da Princesa Amora como personagem?
É ali que a princesa Amora encontra uma professora disposta a ajudá-la com esse dilema dela ter que lidar com poderes tão diferentes e desastrosos; então na escola vemos um amadurecimento grande da personagem e ela aprendendo vários segredos sobre si mesmo, o reino e as pessoas ao seu redor.
7. Sabemos que você tem uma base de fãs leais nas redes sociais. Como o feedback dos seus seguidores influenciou a criação deste novo volume?
Quando escrevi o primeiro livro eu já estava com a história desse segundo em mente, inclusive no primeiro livro tem várias pistas dos plot-twists revelados no segundo volume. Então não tive muita influência externa na história, mas claro, coloquei mais pitadinhas de romance que os leitores me pediram muito e uma presença maior dos personagens que vi que eram favoritos!
8. Se você pudesse ter um dos poderes desastrados da Princesa Amora por um dia, qual escolheria?
Não posso revelar, se não seria spoiler da história, o poder da Amora é incrível… Mas eu não o teria. No final do livro vocês vão entender (mistérios…)
9. Qual foi o momento mais desastrado da sua própria vida que você acha que poderia rivalizar com as situações de Amora?
Os meus diários de infância seriam ótimos concorrentes com os diários da Amora, então eu diria que todas minhas situações de infância!
10. Se a Princesa Amora pudesse usar a tecnologia atual, qual seria a primeira coisa que ela faria com seu smartphone?
Com certeza, ela ficaria pedindo várias pizzas e comidas gostosas! hahaha
11. Alguns críticos argumentam que histórias de princesas podem reforçar estereótipos de gênero. Como você responde a essas críticas em relação ao seu livro?
Pelos meus próprios leitores vejo que tais críticas são equivocadas e partem de um pressuposto bem limitado, sem observar toda realidade, principalmente se tratando das novas histórias de princesas que estão nascendo; Seria o mesmo que dizer que histórias de super-heróis também reforçam estereótipos de gênero, quando sabemos que a realidade é mais ampla do que isso e que diferentes pessoas podem se inspirar com aquilo que assiste ou lê.
Nas minhas sessões de autógrafos, por exemplo, encontro meninos, meninas, crianças, adultos, adolescentes, com diferentes características e personalidades que amaram a princesa Amora e se identificaram com ela. A Princesa Amora não é uma princesa perfeita, na verdade, longe disso. Ela é julgada como estranha pelos outros, é desastrada, tudo dá errado com ela, mas ao decorrer da história ela vai encontrando pessoas legais e descobrindo a própria força. O propósito da história dela é mostrar que cada pessoa é perfeita do seu jeitinho e é muito gostoso encontrar os leitores e ouvir deles que por causa do livro hoje eles têm confiança de serem quem são, sem medo de julgamentos.
Então partir do pressuposto que “histórias de princesas são X coisas” é limitar todas as histórias e colocá-las em uma mesma caixa, quando histórias (em geral) vão muito além disso.
12. “O diário de uma princesa desastrada” aborda temas de identidade e autenticidade. Como você acha que essa mensagem se relaciona com a vida real?
Eu sempre cresci sendo aquela criança estranha da turma, que não tinha amigos, que era julgada pela forma que falava, se vestia ou até mesmo pela forma de escrever (sou canhota e tinha professoras que me obrigavam a escrever com a mão direita). Então criei a história da Amora como um refúgio para outras crianças e jovens que vivem da mesma forma, que sentem que não se encaixam nesse mundo. Para que esse universo mágico nos livros seja onde cada um poder ser quem é de verdade. E é muito gostoso nas sessões de autógrafos, onde eu ouço esses relatos pessoalmente, de o quanto o livro ajudou os leitores – E o livro também os fizeram encontrar amigos parecidos com eles, então isso é incrível.
13. Em um mundo onde todos têm poderes, como a Princesa Amora se destaca? Algumas pessoas dizem que isso pode ser interpretado como uma mensagem sobre a individualidade. Qual é a sua opinião sobre isso?
Na verdade, ali em Florentia, existem pessoas também como a Amora, que nasceram sem poderes, como é o caso dos colegas dela de escola e a melhor amiga, a Lila. A grande questão da história é que mesmo que essas pessoas não tenham poderes no primeiro livro, elas continuam sendo incríveis da própria forma, continuam tendo sua própria magia.