Entrevista: Banda Guzman
1. Como foi o processo de criação do EP “Te Amo e Me Esqueço”? Houve algum momento em que vocês sentiram que a banda encontrou sua identidade sonora?
Samuel DiCarmo – Acredito que o momento em que falamos “cara, de fato somos isso” foi no final de tudo, a cada música achamos que éramos algo e a cada nova criação mudávamos nossos sentimentos, acho que no meio de tudo isso, descobrimos que o que mais faz a Guzman ser o que é, é a capacidade de sermos o que quisermos ser, e em tudo continuar sendo Guzman, R&B, pop e rock – somos nós fazendo.
2. O EP mistura pop, rock alternativo e brasilidade. Como vocês definem a sonoridade da Guzman, e quais foram as principais influências musicais para este trabalho?
Renzo Moreira – Olha, acho que o que traz a estética da Guzman é a enorme variedade de influências que colocamos nas músicas, e isso acontece de forma totalmente espontânea. Como ouvimos muita música e de estilos diferentes, essa mistura acaba surgindo naturalmente quando vamos compor. Mas pra citar as principais referências do nosso som, seriam: The 1975, Terno Rei, Mac Miller, Far Caspian, Jorge Ben e Vitor Kley.
3. Cada faixa do EP parece trazer uma atmosfera única. Vocês poderiam compartilhar um pouco sobre a inspiração por trás de algumas dessas canções, como “Te Amo e Me Esqueço” e “Sofá”?
Samuel DiCarmo – Acredito na música como a arte que expõe o artista, conseguimos dizer muito sobre o artista através da sua música. Acho que essa particularidade que trazemos em cada música mostra muito o que somos, não acreditamos no preto e branco, 8 ou 80, nossa arte promove a singularidade e a força em ser diferente no meio de tanto “igual”. Acredito que ‘Te Amo e Me Esqueço’ e ‘Sofá’ mostra isso, mostra o quanto um amor bom pode ser também tão ruim as vezes, acho que mostramos que as coisas vão além do amor e ódio, mas que às vezes há os dois e é isso que precisa ser dito, alguém por aí já deve ter sentido isso.
4. Renzo, você mencionou que dirigir a parte visual do EP foi uma aventura. Como foi esse processo e como vocês conectaram a estética visual com as músicas?
Renzo Moreira – Foi um processo muito divertido e espontâneo. Nós, cinco, temos um repertório muito grande em diversas áreas da arte; gostamos de música à moda, sempre compartilhamos isso entre a gente. Na hora de criar tudo isso facilita. Assim que terminamos as músicas, já conseguia ver claramente como seria o nosso visual para esta era do EP, desde as fotos até as texturas que eu usaria nas artes, clipes e conteúdos. Enfim, o visual já estava pronto na minha mente. Contamos com a ajuda da incrível Duda Morais, que tirou as fotos do ensaio e capturou exatamente o que eu imaginava. Ainda vamos aprofundar mais na nossa estética atual em um clipe que será lançado em breve, que vai ter muitas das nossas referências criativas e visuais.
5. A Guzman é uma banda relativamente nova, mas já está sendo considerada uma promessa no cenário indie pop nacional. Como vocês lidam com essa expectativa e quais são seus próximos passos?
Guta – Um pouco ansiosa, falar tudo que acreditamos, mas entender que existe um processo é um pouco desafiador às vezes A próxima etapa é nos conectar com mais pessoas que acreditam naquilo que cantamos, e claro fazer mais músicas.
6. O que o público pode esperar dos shows de vocês? Há planos para uma turnê ou apresentações especiais para promover o EP?
Lucas Rosa – Claro! Queremos levar nosso EP ‘Te Amo e Me Esqueço’ para todos os cantos deste país, temos uma data já marcada para o dia 1º de setembro, em São Bernardo do Campo, em São Paulo, e já temos algumas conversas para próximas datas.
7. Como foi a experiência de trabalhar em grupo durante a produção do EP? O que esse processo trouxe de novo para a relação entre os membros da banda?
Witallo Leandro – Nós cinco somos muito próximos, então isso ajudou muito no processo de produção, os ambientes são leves e divertidos, temos liberdade de cobrar um ao outro sempre incentivando para ter o melhor de cada um, e depois desse EP, nós nos sentimos prontos para marcar a história daqui pra frente no cenário musical brasileiro.
8. Vocês acreditam que a mistura de diferentes gêneros musicais no EP reflete a diversidade cultural do Brasil? Como vocês enxergam essa conexão?
Lucas Rosa – Com certeza, nós cinco temos muitas influências musicais em comum e muitas diferentes, e essa particularidade de cada um refletiu no estilo da banda, por sermos brasileiros, nós amamos a cultura nacional e somos fãs dos artistas daqui, e para mim o Brasil é o maior e o melhor no quesito criatividade musical e riqueza de elementos.
9. Qual faixa do EP vocês acham que mais representa a essência da banda?
Guzman – ‘Te Procurei’
10. Quais são as expectativas da banda para o futuro? Já estão pensando em novos projetos ou colaborações?
Witallo Leandro – Nossas expectativas estão bem altas. O público recebeu muito bem esse EP e mostrou pra gente que esse é só o começo de um grande futuro pra banda. Em relação a projetos, nós temos sim, inclusive, já estávamos amadurecendo antes do lançamento de ‘Te Amo e Me Esqueço’ e o principal deles é o álbum que queremos incluir sim, colaborações em algumas faixas.