1. O que significa “Dengo” para vocês e como essa ideia se transformou em um álbum?
Dengo é o q a palavra em sua essência representa: afeto, afago,carinho e acolhimento. É como queremos que as pessoas se sintam ao nos ouvir. Abraçadas e acolhidas, pela musicalidade q transcende a palavra.
2. Como foi o processo de seleção das músicas para este álbum entre tantas composições disponíveis?
Foi um estudo de audições, experimentos. Depois seleção e pré- produção pra testar arranjos. Ao final imersão com a banda e então a gravação. Sempre um processo de muita entrega e dedicação. Sabendo o que a gente queria trazer neste novo álbum
3. Vocês mencionam a importância da ancestralidade em “Dengo”. Poderiam falar mais sobre como isso se reflete nas músicas?
Reflete desde o texto, quando literalmente cantamos sobre ancestralidade. Mas aparece na sonoridade dos tambores, na mistura do samba rock com o groove. Tudo isso remete à nossa ancestralidade, às nossas raízes.
4. Como a imersão e o formato de gravação “ao vivo” influenciaram o resultado final do álbum?
A imersão foi essencial para que pudéssemos por a banda toda ao vivo pra gravar juntos no estúdio, numa espécie de show. E isso muda toda a energia do som, da interação da banda. A cultura afro preza pelo coletivo, pela circularidade de energia e queríamos esta energia presente no trabalho e a imersão foi o caminho.
5. O que os fãs podem esperar dos shows da turnê nacional de “Dengo”?
Esperar um show com muita alegria, romantismo e também muito swing .Dengo vem trazendo a nossa essência e nossa característica de trazer temas fortes e necessários pras lutas que a gente acredita, mas sem perder a leveza e a alegria de quem sabe porque luta.
6. Como o apoio do Natura Musical influenciou a criação e promoção deste álbum?
A Natura musical foi essencial para que pudéssemos ter a tranquilidade de executar o trabalho, nossas ações de pré e produção. O artista precisa de suporte para desenvolver seu ladro criativo, para ter os seus momentos de estudo, de preparação. E sem o apoio da natura seria muito difícil esta caminhada.
7. Se vocês pudessem escolher qualquer lugar no mundo para fazer um show, onde seria?
Qualquer lugar que tenha um público pronto pra nos ouvir com o coração cheio de amor, é o lugar. O que faz um show ser mágico é o público e a energia que eles trocam. Obviamente, sonhamos em tocar em grandes palcos,em Festivais do Brasil afora, mas de imediato, tocar no palco da Casa natura levando um shwo autoral é um feito que nos orgulha e nos enfradece a alma.
8. Qual é a música mais divertida de cantar do novo álbum?
Amamos todas…mas Meus heróis tem o nosso coração.
9. Vocês acham que a indústria musical brasileira valoriza suficientemente a música negra e afro-brasileira?
Infelizmente não. Mas temos a característica de viver a resistência, por isso não desisitimos e seguimos na luta. Sabemos que não andamos só neste propósito
10. Como vocês veem o papel da música na luta contra o racismo e outras formas de discriminação?
Essencial. A música deixa a luta mais consistente, consciente, mais alegre. Quando tudo fica muito difícil é a música que reenergiza e revigora a alma de quem luta diariamente.
11. O que inspirou vocês a formarem a dupla 50 Tons de Pretas?
O amor pela música. A vontade de fazer algo q levasse a nossa voz e tudo que tínhamos pra contar com toda a musicalidade presente em nós.
12. Quais foram os momentos mais marcantes da carreira de vocês até agora?
Muitos…em especial os 3 prêmios Açorianos de musica em 2020 e o Prêmio de Melhor Banda de MPB do Brasil ( Profissionais da Música) em 2023
13. Como vocês veem o futuro da 50 Tons de Pretas nos próximos anos?
Uma carreira em evolução e ascensão, percorrendo muitos palcos do Brasil. Levando a nossa música com representatividade por vários espaços. E sobretudo, trazendo cada vez mais bons corações pro nosso Quilombo.