Saiba mais sobre a famosa influenciadora que abriu sua própria produtora de vídeos e é um dos principais nomes na luta pelo fim da transfobia no Brasil
Agatha Lira, atriz e influenciadora de sucesso nas redes sociais, deu uma entrevista emocionante ao talk show Na Cama com Renato e falou tudo sobre sua carreira, criação de conteúdo e as dificuldades e preconceitos que enfrentou em sua vida.
Primeiramente, Agatha revelou o que a motivou a entrar na Privacy. De acordo com a estrela, ela achou na criação de conteúdo uma forma de abandonar sua antiga profissão como acompanhante.
“Comecei com 17, 18 anos e segui essa carreira por quase 10 anos. Nesse meio tempo, eu comecei a fazer vídeos, mas eu não ganhava dinheiro com isso, era mais pra divulgar o trabalho como acompanhante”, disse ela. “Conforme o tempo foi passando, começou a entrar dinheiro com esses vídeos e na pandemia eu virei influenciadora”.
“É bom falar disso porque muitas meninas que estão na criação de conteúdo usam isso para sair do meio de acompanhante”, adicionou. “Tem muitas meninas que, por meio dos vídeos, conseguiram realizar sonhos. A vida de acompanhante, só quem passa sabe o que é”.
Inclusive, foi isso o que a inspirou a abrir sua própria produtora de vídeos, onde ela faz uma tutoria para ajudar outras garotas a alcançarem sucesso com a produção de conteúdo, algo que não existia quando ela entrou na indústria.
“Quando comecei com o conteúdo adulto, eu tinha 18 anos e gravei para algumas produtoras profissionais bem famosas. Na época, já era um cachê muito baixo”, afirmou. “Você ganhava pouco para fazer uma cena e era só aquilo, não te davam direito a nada, nem um vídeo pra divulgar”.
“E comigo tem esse diferencial, eu produzo o vídeo delas e deixo elas serem divulgadas no Instagram da produtora e tudo o mais”, adicionou. “Como eu tenho essa visibilidade dentro das plataformas, eu deixo elas serem divulgadas lá e isso é muito bom, porque todo mundo ganha”.
Agatha também abriu o coração sobre a transfobia que enfrentou durante sua carreira, apontando o quanto é importante entendermos que a transexualidade engloba muito mais do que a aparência da pessoa – ela é um sentimento.
“Na minha transição, eu passei por muito preconceito”, comentou. “É muito além do hormônio. Tem pessoas que transicionam sem hormônio, e tudo bem. É muito mais sobre o que você sente dentro de você. Tem muita gente que tem esse tabu: ‘Só é trans depois que faz uma plástica’”.
No fim, a estrela – que diz ser melhor amiga de sua mãe – deu um conselho para quem se descobriu trans e está tendo dificuldades em se assumir para a família por causa de preconceito.
“O segredo é ter paciência”, revelou. “A pessoa que quer fazer a transição tem pressa. Ela não se vê mais naquele corpo, ela tem uma disforia de se olhar no espelho e quer mudar, às vezes cometendo a loucura até de sair de casa pra fazer tudo na raça. Mas tudo exige paciência, até porque a família muitas vezes é de outra época”.
Como exemplo, Lira falou sobre sua relação com a avó paterna, que deixou de falar com ela por 10 anos, mas retomou o contato recentemente.
“Olha quanto tempo passou e nada mudou. Ela vai ser minha avó para sempre”, confessou. “Ela pediu perdão, mas não tem o que perdoar. Ela fez o que podia com o que tinha, com a vivência que ela teve e foi isso. O importante é daqui para frente”.
Se você quiser saber mais sobre Agatha, que também lançará seu próprio podcast em breve, assista ao novo episódio de Na Cama com Renato, exclusivamente no perfil de @RenatoShippee na Privacy.