Documentário “Transo” é finalista em festival nos EUA

O documentário Transo, que celebra a vida sexual da pessoa com deficiência, foi nomeado finalista no prestigioso The New York Festival, na categoria Documentário. A obra de 75 minutos, dirigida por Lucca Messer, mergulha sem censura nas vivências íntimas de 12 brasileiros, quebrando tabus históricos e abrindo espaço para um diálogo urgente sobre sexualidade e inclusão.
“Transo” dá voz a quem sempre foi silenciado
O ponto de partida do documentário Transo é direto: pessoas com deficiência sentem prazer, falam de sexo e querem transar. A produção reúne relatos reais de brasileiros de várias regiões do país, cada um oferecendo uma perspectiva única e poderosa sobre desejos, práticas, fantasias e afetos.
Sem pudor, os depoimentos tratam de masturbação, brinquedos eróticos, prazer e capacitismo. Para o diretor Lucca Messer, a proposta é simples e essencial: romper o silêncio. “Se começarmos a ver pessoas com deficiência em novelas, campanhas e filmes, os tabus cairão”, afirma.
Mona Rikumbi: ativismo, arte e representatividade
Entre as participantes, Mona Rikumbi se destaca. Ela é atriz, ativista, consultora e coprodutora do filme. Fez história ao ser a primeira mulher negra cadeirante a dançar no Theatro Municipal de São Paulo. Sua presença, ao lado de nomes como Siana Leão Guajajara, indígena ativista, e do influenciador cego Fernando Campos, torna o projeto ainda mais diverso e potente.
Produção com propósito e impacto social
A produção é assinada pelo Futura, canal da Fundação Roberto Marinho, reconhecido por sua atuação em comunicação para transformação social. A estreia do projeto ocorreu após anos de pesquisa iniciados em 2018. O roteiro é de Lucca Messer e Mariana Goulart, com consultoria de Mona Rikumbi.
“Transo é instigante, revelador e transformador”, diz André Libonati, produtor do documentário e líder de projetos no Futura.
Reconhecimento global e novo marco no audiovisual brasileiro
O fato de o documentário Transo ser finalista do The New York Festival, um dos prêmios mais relevantes da TV mundial, representa um avanço para a produção audiovisual inclusiva. O reconhecimento reforça a importância da representatividade e da presença de pessoas com deficiência como protagonistas de suas próprias histórias.
Como assistir ao Futura e ao conteúdo educativo
O canal Futura pode ser acessado gratuitamente via Globoplay, com transmissão ao vivo e catálogo com mais de 6.400 vídeos. Também está disponível em operadoras como:
Operadora | Canais HD e SD |
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Claro/Net | 534 HD / 34 |
Sky | 434 HD / 34 |
Vivo | 68 HD / 24 |
Oi TV | 35 |
Também há transmissão via TVs universitárias e parabólicas digitais, além de presença ativa nas redes sociais como Instagram, TikTok, Facebook e YouTube.
Sobre o diretor Lucca Messer
Lucca Messer nasceu no Reino Unido e vive em São Paulo há mais de 17 anos. Psicólogo de formação, ele fundou a ONG Assim Somos, voltada à criação de conteúdo com e para artistas com deficiência. Seu trabalho mistura pesquisa comportamental e narrativa audiovisual para promover impacto social genuíno.