ANDAI cobra recursos para distribuição de filmes no MinC

Encontro com Margareth Menezes discute futuro do cinema nacional
A Associação Nacional das Distribuidoras Audiovisuais Independentes (ANDAI) se reuniu com a ministra da Cultura, Margareth Menezes, para debater a distribuição do cinema nacional. O encontro, realizado em Brasília, contou com a presença de representantes das principais distribuidoras do país. A entidade destacou que mais de 150 filmes brasileiros estão represados por falta de verba para lançamento.
Setor cobra liberação de recursos para comercialização
Durante a reunião, a ANDAI ressaltou a necessidade do Edital de Comercialização, já aprovado no PAI 2024, mas ainda não lançado. O setor reivindica que o governo garanta uma reserva de recursos para a distribuição de filmes nos próximos planos anuais de investimento.
A ministra Margareth Menezes afirmou que o Ministério da Cultura está buscando soluções para fortalecer a presença do cinema brasileiro nas telonas. Uma das medidas discutidas foi a inclusão da Chamada de Comercialização na pauta do Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).
Representantes do setor defendem urgência na liberação de verba
Para Felipe Lopes, presidente da ANDAI e diretor da Retrato Filmes, o encontro foi produtivo. Ele destacou o compromisso do governo em acelerar a convocação do Comitê Gestor do FSA.
“Foi uma reunião muito positiva. O governo entende a importância da distribuição e circulação do audiovisual brasileiro”, afirmou Lopes.
O vice-presidente da ANDAI, Igor Kupstas, da O2 Play, reforçou a necessidade urgente de apoio financeiro.
“Identificamos que mais de 150 filmes estão parados sem verba para chegar aos cinemas“, explicou Kupstas.
Falta de editais ameaça distribuição de filmes nacionais
Desde 2018, não há editais de comercialização no Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), segundo a ANDAI. Esse cenário ameaça o lançamento de diversos filmes brasileiros, limitando o acesso do público às produções nacionais.
A distribuidora O2 Play, liderada por Igor Kupstas, é uma das empresas afetadas. Fundada em 2013, a distribuidora já lançou mais de 80 filmes, incluindo obras premiadas como Sócrates e Chorão – Marginal Alado. Além do cinema, a O2 Play atua na TV, vendas internacionais e no mercado de Video on Demand (VOD), licenciando conteúdos para mais de 30 plataformas digitais.
Com a pressão do setor, a expectativa é que o governo acelere as medidas para garantir que os filmes brasileiros cheguem ao público e fortaleçam a indústria audiovisual nacional.