Coletivo Soul Deep ocupa periferias com dança urbana

Coletivo Soul Deep ocupa periferias com dança urbana

O espetáculo “Da Quebra Brada: Uma Carta Aberta”, do Coletivo Soul Deep, leva dança urbana para espaços públicos das periferias de São Paulo. A circulação acontece de 14 de junho a 5 de julho de 2025, com apresentações gratuitas em praças e centros culturais da cidade. A proposta une arte e território periférico, estabelecendo uma ponte entre danças urbanas, arquitetura e estética da quebrada.

Dança urbana ocupa ruas e praças da capital

A dança urbana é o foco central do espetáculo, que se apresenta em regiões como Cohab II, São Mateus, Vila Curuçá, Itaim Paulista, Centro e Campo Limpo. A iniciativa faz parte do projeto “Di Quebrada”, contemplado pelo Programa Municipal de Fomento à Dança da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

Segundo Amanda Joazeiro, integrante do coletivo, o espetáculo é um desdobramento direto da pesquisa desenvolvida desde 2021. “A quebrada deixa de ser apenas um recorte geográfico para se tornar o conceito norteador e matriz criativa”, afirma.

Espetáculo articula dança, estética e arquitetura periférica

Criado inicialmente como um videodança durante a pandemia, o projeto cresceu e se firmou como uma obra híbrida, que transforma o espaço público em palco. A performance incorpora elementos como pixo, colagens, moda periférica e estilos como samba rock, funk e lagartixa. A arquitetura urbana atua como cenário e inspiração para os movimentos, criando um diálogo direto com o ambiente e o público.

“Da Quebra Brada” convida ao olhar atento e sensível

A obra não apenas apresenta uma coreografia, mas propõe uma reflexão sobre o que forma os territórios periféricos. A experiência estética busca revalorizar as vivências, relações e potências da quebrada, a partir de uma carta aberta – um convite ao diálogo por meio da arte.

As apresentações são democráticas e abertas, reafirmando o compromisso do Coletivo Soul Deep com o acesso à cultura e à valorização das expressões periféricas.

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